A pedra se amassa no papel, que é cortada com a tesoura e a mesma se quebra pela pedra. Esta brincadeira é bastante comum na infância virou tema de um projeto de pesquisa da UFRN, que vou republicar a postagem da instituição de ensino. A equipe se chama RPS-Bio, sigla para Rock Paper Scissor Biodiversity, em inglês.
Os pesquisadores simplesmente desenvolveram um site reunindo um trabalho dos pesquisadores, coordenado pelo professor Josinaldo Menezes, da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT) da UFRN.
Mas, como funciona o projeto Pedra, Papel e Tesoura da UFRN?
A equipe busca compreender as dinâmicas populacionais estudadas por meio de simulações desenvolvidos por seus próprios membros, implementando um sistema que envolve as relações comportamentais biológicas dos indivíduos e como eles podem se adaptar a situações da natureza que tragam risco ou que possam ser benéficas.
Esse simulador utiliza da ideia do pedra, papel e tesoura. O objetivo é identifica como as espécies se interagem para obter recursos naturais. Boa parte delas tratam essa parte como se tivessem jogando entre si.
Logo, se um desses elementos se retira, os outros se destroem. Entendeu a relação com o jogo?
As linhas de pesquisa
O grupo possui seis projetos ou linhas de pesquisa e já conta com mais de uma dezena de artigos publicados em periódicos de grande relevância para a comunidade científica.
Junto ao professor Josinaldo estão quatro bolsistas de iniciação científica, sendo um deles o próprio Matheus Tenório, além de Sara Rodrigues e Ramylla Barbalho, do curso de Ciências e Tecnologia, e Enzo Rangel, formado em CeT e cursando atualmente Engenharia da Computação. Beatriz Moura, graduanda em Engenharia Biomédica (UFRN) e mestranda em Neuroengenharia no Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS) também integra o grupo.
Além desses, Bruna Ferreira (C&T) e Eloi Triaca (Engenharia Mecânica) e a professora Simone Batista participaram de alguns dos estudos publicados, mas deixaram o grupo recentemente.
Um ano de muitas publicações
A confiabilidade e relevância dos estudos realizados pelo RPS-Bio levou o grupo a publicar diversos artigos em revistas científicas de classificação Qualis A, a mais elevada no sistema de avaliação Capes, que contempla periódicos de alta relevância internacional. Foram 14 artigos disponíveis desde 2019, sendo 10 deles apenas em 2022, em revistas como Biosystems, Europhysics Letters, Journal of Physics: Complexity, entre outras.
Setembro de 2022, por exemplo, veio com a publicação Adaptive movement strategy in rock–paper–scissors models, na Chaos, Solitons & Fractals.
Embora a parte da escrita dos artigos seja feita pelo professor Josinaldo Menezes, ele ressalta que toda a pesquisa possui envolvimento dos alunos, que participam de tudo nos estudos, desde as simulações e discussão dos resultados à revisão dos artigos.
Segundo Josinaldo, em entrevista para UFRN, os artigos apresentam “uma tonelada” de resultados originais. “São muitas simulações para confirmar o que a gente está fazendo e isso dá uma veracidade muito alta. Então se alguém pegar o nosso artigo vai encontrar a mesma coisa que a gente está mostrando ali porque a nossa estatística é muito robusta. É impossível encontrar outra coisa”, reforça.
O número alto de simulações só é possível graças a um poderoso cluster que o professor adquiriu há mais de dez anos para a ECT por meio de financiamento da Fapern e do CNPq, no valor aproximado de R$ 300 mil. É nesse supercomputador, que pode ser acessado remotamente, que o grupo realiza as simulações.
Interessado em participar do grupo de Pedra, Papel e Tesoura da UFRN?
Os interessados em fazer parte do grupo podem entrar em contato com o professor Josinaldo Menezes pelo e-mail [email protected]
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