A minha geração, os milennials, ou também conhecida como Geração X, nunca conheceu este momento, principalmente aqueles que moram no Nordeste. Ainda mais era o tempo em que nossos pais compravam roupas e acessórios nas Lojas Pernambucanas, bastante popular em Natal, mas que fechou.
Era numa época em que a Avenida Rio Branco com a Rua Princesa Isabel era recheada de lojas de Departamento. De um lado, tinha as Pernambucanas, depois, a Rio Center e ainda mais tinha Lojas Brasileiras e a Richuelo, além das Americanas que veio no início dos anos 80.
As Casas Pernambucanas estavam na cidade há um tempo, sua primeira sede foi na rua Ulisses Caldas, próxima onde hoje é o Beco da Lama.
A rede varejista Pernambucanas foi fundada no dia 25 de setembro de 1908 na cidade do Recife, em Pernambuco, pelo sueco Herman Theodor Lundgren, que tinha adquirido pouco tempo antes de falecer uma unidade de produção têxtil, a Companhia de Tecidos Paulista, no município de Paulista, Região Metropolitana do Recife
Seu nome inicial era Casas Paulista, que em Natal sua sede ficava na Rua Doutor Barata. Veja o anúncio a seguir do jornal A Ordem de 1943:
Surgimento das Casas Pernambucanas em Natal
Vocês viram acima que a família Lundgren tinha nomes diferentes da loja para cada região. Somente na década de 50 o nome Casas Pernambucanas virou uma mesma rede e isso fez que torna-se uma rede só e era comum ver o anúncio nos jornais locais, vendendo as ofertas e produtos da região.
A mudança para a Rio Branco aconteceu no ano de 1973, conforme consta o jornal O Poti, no qual a inauguração contou com a presença do então prefeito de Natal, Jorge Ivan Cascudo. Como mencionamos logo acima, eles saíram da Ribeira, depois foram ao bairro de Cidade Alta para rua Ulisses Caldas, onde fica próximo de uma das entradas do Beco da Lama, e por fim a sua última sede.
Veja um trecho sobre a inauguração do estabelecimento.
Depois, eles abriram uma loja na unidade do Alecrim, mais precisamente na Praça Gentil Ferreira. E ainda abriu na cidade de Mossoró e Caicó.
Na foto que está acima do título, a loja ficava na sede do antigo Cine Rex, que depois virou outras lojas.
Por que fechou?
Após uma disputa entre os herdeiros nas décadas de 1970 a 1990, as operações do Nordeste desapareceram. Além disso, os negócios no Rio de Janeiro foram à falência (Lundgren Irmãos Tecidos Indústria e Comércio S/A). Apenas a Arthur Lundgren Tecidos, com operações em São Paulo, prosperou e hoje compete com os grandes concorrentes do segmento de varejo no país.
Apesar dos problemas, ainda apresentou um faturamento de R$ 6 bilhões em 2013, é a maior varejista de vestuário do Brasil. Atualmente, está presente em quinze estados, com 470 lojas e 16 mil funcionários.
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