A Housaca decidiu não fazer mais a festa no Arpege. Após a repercussão mista pelo fato de fazer uma festa nas ruínas de um antigo cabaré, a organização percebeu a alta demanda de pessoas e isso fazia com que o evento ficasse inviável. Por isso, eles decidiram mudar para o Espaço Luz, na Praia do Meio.
História desta mudança
O objetivo era colocar música em qualquer lugar, a organização resolveu utilizar as ruínas do Arpege para ser o mais novo para as clubbers.
O evento contará com os mais diferentes DJs da capital potiguar, trazendo o melhor do estilo para dançar e se divertir. E, o mais importante, dá aquele close naquele visual bem apocalíptico que o antigo cabaré da cidade oferece.
Falando do Housaca
O evento existe há 7 anos, onde as apresentações aconteceram vários pontos da Ribeira e também em lugares em que música de qualidade é privilégio em poucos bairros. O Housaca fez tanto sucesso que impulsionou outros eventos, como o a quinta do Beco, Sabadaço do Synthpop e o bloco de carnaval “Acorda, Clubber”.
Sem contar que durante a pandemia eles criaram a Rádio Meladona. Veja o vídeo do Arpege, onde as clubbers vão dançar bastante, palco do Housaca.
O que foi o Arpege
Construído primeiramente no século XX por um família de alemães, tendo inicialmente funcionando como um “Secos e Molhados”. Em 1941, o empresário Nestor Galhardo adquire parte da edificação, pois o seu intuito de instalar sua própria gráfica. Como resultado, ele ocupou apenas o pavimento térreo, o que restou do prédio após o ano de 2020.
Em 1904, na esquina a Chile com a Venezuela, um prédio lindo, de três andares, foi erguido. Primeiro foi armazém, depois gráfica, e por décadas um cabaré.
— Adoro DJs! 🪩 (@PajuxFrank) August 3, 2022
Um século depois, só restaram as ruínas, testemunhas da amnésia que nossa cidade escolhe viver
Além disso, Galhardo decidiu abrir, portanto, um cabaré no pavimento superior, que seria administrado primeiramente por sua amante e entrada era feita através da Travessa Venezuela, próximo ao Cova da Onça.
No ano de 2010, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), contudo, tombou o prédio.
Após a morte do seu proprietário, o seu neto, que também se chama Nelson Galhardo, assume a administração dos negócios. Durante algum tempo, a gráfica permaneceu em atividade, porém fechou as portas. O local serviu como cenário aos filmes “For All- Trampolim da Vitória” e “O Homem que Desafiou o Diabo”.
No ano de 2020, toda a sua estrutura finalmente caiu, por conta das fortes chuvas, restando apenas a fachada do térreo.
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