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Hotel Atlântico Norte: abandonado como o Reis Magos na Redinha

Muitos exemplificam o Hotel Reis Magos para dizer os fracassos do turismo no Rio Grande do Norte. Entretanto, alguns se esqueceram do investimento na região da Redinha Nova, no qual tentaram crescer a vinda de turistas, uma vez que era próxima de Genipabu, um dos principais pontos turísticos. Uma destas “vítimas” foi o Hotel Atlântico…

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Muitos exemplificam o Hotel Reis Magos para dizer os fracassos do turismo no Rio Grande do Norte. Entretanto, alguns se esqueceram do investimento na região da Redinha Nova, no qual tentaram crescer a vinda de turistas, uma vez que era próxima de Genipabu, um dos principais pontos turísticos.

Uma destas “vítimas” foi o Hotel Atlântico Norte. Um luxuoso hotel na região que atualmente se encontra abandonado, tornando-se um grande elefante branco. A foto acima mostra, por conseguinte, que o hotel era bastante luxuoso e não deixava para trás grandes empreendimentos na Via Costeira.

Por isso, a matéria vai comentar sobre este hotel, que até hoje questionam o que deveriam fazer naquela região, uma vez que existem processos na justiça

O que foi o Hotel Atlântico Norte

O Atlântico Norte era um dos poucos hotéis de luxo que existiam na praia da Redinha. Um dos seus proprietários era o Francisco de Souza Rêgo e tinha como sócios o ex-político João Faustino. A construção começou em 1987, mas somente houve a inauguração em 1989.  Foi a segunda unidade hoteleira da Redinha Nova.

Uma de suas vantagens era ficar na estrada que liga a Redinha e mais outras duas principais praias do litoral Norte, Santa Rita e Genipabu.  O local surgiu inicialmente em meados dos anos 80 e o objetivo era impulsionar o turismo na região, visto que a maioria dos hotéis ficava nas praias do Meio e Ponta Negra.

Anúncio do Hotel Atlântico Norte no Diário de Natal em 1989

Estrutura do Hotel e o que foi a Redinha Nova

O hotel tinha 150 apartamentos e uma das hóspedes mais famosas era a apresentadora Xuxa, que sempre quando vinha para Natal preferia ficar no estabelecimento.  Ainda mais contava com restaurante, dois bares (Porto do Atlântico, com vista panorâmica, e Ginga Bar), Playground, quiosques, sala de leitura, loja de artesanato, campo de futebol, transfer para Natal, Xerox, piscina, vôlei, estacionamento, salão de festas e convenções e sistema de telefone.

Além disso, ele ficava na famosa Redinha Nova, trecho que liga Natal e Extremoz, que administrativamente pertence a segunda cidade mencionada.

Alguns dizem que é a versão Redinha do Hotel Internacional Reis Magos, no qual está há mais de 20 anos abandonado e está causando um grande desconforto na vizinhança, conforme o Agora RN publicou há cinco anos. Hoje, no entanto, um caseiro, contratado pela empresa, cuida do estabelecimento e recebe móveis antigos de outras unidades.

Pesquisando na internet, os herdeiros de Francisco Rêgo têm processos por dívidas com o Poder Público e ainda tem a divisão da partilha com os herdeiros. Rêgo faleceu em meados dos anos 2000.

Um dos filhos do empresário, Klauss Rêgo, foi prefeito de Extremoz entre os anos de 2009 e 2016.

Hotel Atlântico Norte e sua parte interna

Aqui tem um vídeo de uma família do Rio Grande do Sul gravou as suas viagens à Natal nos anos 90. E, como resultado, eles se hospedaram no Hotel Atlântico Norte, mostrando como era por dentro e podemos dizer que era um hotel bastante luxuoso, com uma vasta piscina e, o mais importante, uma bela vista ao mar.

Para assistir o vídeo completo, dê o play, portanto, a seguir (A partir dos 6 minutos dá para ver melhor):

Sobre o Hotel Reis Magos que falamos acima

O Hotel Internacional dos Reis Magos era considerado um símbolo do turismo potiguar, uma vez que foi o primeiro empreendimento turístico de alto padrão no Rio Grande do Norte. Sua arquitetura era modernista, cheio de cobogós e curvas.

O hotel foi construído por iniciativa do governador Aluísio Alves que, para isto, contou com recursos da Aliança para o Progresso. Além disso, o projeto foi elaborado pelos arquitetos pernambucanos Waldecy Pinto, Antônio Didier e Renato Torres. Ressaltando que foi o estado de Pernambuco que estimulou a produção de prédios modernistas no Nordeste.

O local era bastante luxuoso, tinha 63 apartamentos, uma suíte presidencial, recepção, salões nobres, elevadores, parque aquático, sauna, playground, restaurante, estacionamento, boate, salão de beleza, áreas de lazer, lojas, serviço médico, e um saguão abrigado para embarque e desembarque. A ambientação ficou por conta de Janete Costa e o paisagismo por Gilda Pina.

Para saber mais o que foi, acesse, portanto, o link aqui.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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