O artista plástico Abraham Palatnik, de 92 anos, pioneiro na arte cinética, morreu neste sábado (9), vítima da Covid-19. Informação a princípio foi confirmada pelos familiares, o artista potiguar radicado no Rio de Janeiro estava internado em Copacabana, bairro nobre do Rio.
Semana passada, os noticiários nacionais informam que o artista potiguar estava internado desde 29 de abril.
Os exames confirmaram que ele estava com Covid-19 e está em estado grave, segundo familiares.
No Brasil, Palatnik é um dos pioneiros da arte cinética, que tem como a base de sua pesquisa.
As informações sobre velório, portanto, não foram confirmadas, uma vez que as regras da Organização Mundial de Saúde recomenda funerais com a menor aglomeração possível.
Sobre o Abraham Palatnik
Abraham nasceu em Natal e é descendentes de judeus que veio à Natal após a Segunda Guerra Mundial. Lá, os seus familiares moraram na Vila Palatnik, na Ulisses Caldas.
Ainda jovem viajou à Palestina para estudar pintura, desenho, história e filosofia da arte na mesma época em que fazia um curso de motores a explosão.
De volta ao Brasil, em 1948, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, integrou o primeiro núcleo de artistas abstratos do Rio de Janeiro.
No ano seguinte, iniciou suas pesquisas no campo da luz e do movimento, responsáveis por seu reconhecimento como um dos pioneiros da Arte cinética, após a menção especial do júri internacional, na I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.
Integrou o Grupo Frente, aproximando-se da poética visual dos concretos e neoconcretos.
Suas obras integram coleções particulares em importantes museus europeus e norteamericanos.
Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Apesar de distante de Natal há algum tempo, os natalenses não deixam de o homenagear, tanto que o mezanino do Mercado de Petrópolis, na Avenida Hermes da Fonseca, recebe o seu nome.
Além disso, algumas de suas obras estão no acervo da Pinacoteca do Estado.
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