“Ei, Luan Bates é por causa do Norman Bates de Psicose (filme de Alfred Hitchcock que tem a icônica cena do chuveiro) ?”, a última pergunta que faço para o cantor após a 1911917191811 tentativa de fazer uma entrevista desde o início do ano.
“(Risos) Pior que não. Foi uma homenagem a uma amiga que tinha no Orkut chamada Alana e ela tinha esse sobrenome Bates. Até hoje nem sei se ela existe ou era uma fake, mas a gente se conheceu em uma comunidade. Um belo dia, ela casou e trocou este sobrenome. Mas achava tão legal o Bates, combinava tanto com ela e resolvi fazer essa homenagem.”.
Essa é a vida do cantor Luan Bates, que adotou como seu projeto após a saída do Seu Ninguém. Como diz no Nordeste, ele começou na música sendo muito “atrevido”. Colocando a própria cara a tapa para conseguir ser reconhecido como músico e também como produtor. Mas a sua trajetória começou bem antes.
O jovem de 24 anos começou a tocar e gostar de música para valer aos 14 anos e somente em 2014 ingressou em bandas. “Só comecei a inserir na cena foi através no final do ano de 2014, quando lancei um EP com um nome bem tosco”, disse o cantor em meio da correria da edição natalense do Nightbird Festival, que falaremos logo mais na frente.
Segundo o Luan, o lançamento do EP era meio que uma forma de mostrar seu trabalho, mas não necessariamente ser famoso mundialmente. “No entanto, as pessoas chegaram a comentar e elogiar o meu trabalho. Nesse período veio o Seu Ninguém e a partir deste momento foi quando virei oficialmente um músico”, comentou.
Mas foi durante o Seu Ninguém que Luan Bates criou sua própria forma. “Eu já escrevia as músicas como Luan Bates enquanto Seu Ninguém estava em atividade e as coisas foram modificando, agora essa é minha vida, consolidando o selo, a música e a faculdade”, comentou.
Ainda em 2016, Luan lançou seu primeiro EP “apropriadamente” solo, “Listen Up, Mates”, com três faixas que elaboram o início de uma autobiografia entre o final de sua adolescência e o início de sua vida adulta. Seu trabalho seguinte, “Distant Minutes” dá continuidade a essa biografia, compartilhando observações sobre o início da vida noturna de Bates em sua cidade. O primeiro álbum do músico está previsto para o segundo semestre de 2018, bem como produções audiovisuais para divulgação do disco.
Ao mesmo tempo que lançava a sua carreira solo surgiu a ideia de criar o selo Nightbird.
“Quando a gente manda uma música para um empresário, para contratar em um show, e falamos que não pertencemos a algum selo, muitas vezes não passa credibilidade. Então, criar uma gravadora foi uma ideia de mostrar mais seriedade no meu trabalho. Queria mostrar o meu trabalho e de outras bandas que não são tão marginalizadas”, explicou.
Com o crescimento da gravadora, outras bandas do estado começaram a ingressar e para divulgar o seu som, ele resolveu criar um Festival, o Nightbird, que está em sua segunda edição e tocou não só bandas potiguares, mas também contou com a participação de uma do Ceará.
“O mais legal de trabalhar com música é a teoria do caos, tem dias que você tá com ódio, por conta das dificuldades, e outros dias você ama e assim vai a vida. A gente quer mostrar que a arte resiste”, finalizou.
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