Stephen Hawking deixa a vida terrena, mas seu legado é para sempre. Ele nasceu justamente no aniversário de 300 anos da morte de Galileu, 8 de Janeiro de 19 e morreu justamente no dia do aniversário de Albert Einstein 14 de março de 2018. Dois outros ícones da Ciências.
Hawkings era o cientista mais famoso do mundo na atualidade, que além de por seus trabalhos e descobertas no campo da ciência pura, cosmologia e gravidade quântica. Além disso, era portador da ELA, doença genética degenerativa que paralisa os músculos do corpo.
No ano de 1985 adquiriu uma pneumonia e teve com isso que se submeter a uma traqueostomia, com isso tendo que usar um sintetizador de voz para se comunicar. Com o passar dos anos foi perdendo o movimento das pernas como também o resto da musculatura e passou a se movimentar graças uma cadeira de roda elétrica e usava-se dos movimentos dos músculos da bochecha para controlar o sintetizador e poder se comunicar.
Com tudo isso, até a sua superação de viver em uma cadeira de roda quase sem total movimento e ainda sua fala dependendo de auxílio de aparato eletroeletrônico, além dos seus trabalhos científico, ficou conhecido mundialmente pelo seu trabalho de divulgação científica e depois aparições no mundo pop.
Por falar em ser popular, nos últimos anos era acusado de ser mais estrela pop do que se dedicar ao seu trabalho de cientistas. Mas nos dias de hoje, relembrando outro grande nome das ciências, principalmente como divulgado científico, Carl Sagan, que um anos antes da sua morte (1995) publicou o “Mundo Assombrado por Demônios”, onde lamentava em meados dos anos 90 do século XX, a invasão da pseudociências novamente dentro do senso comum popular em plena era que cada vez mais dependíamos de um meio criado para ciência para viver, o que tornaria perigosa nossa existência bem como o padrão que conhecíamos atualmente.
O que quero dizer com isso? A perda desses divulgadores científicos, me coloca na posição que hoje quanto mais cientistas que divulguem e expliquem a ciência de forma didática e simples melhor para humanidade.
Lembro-me de ainda adolescente folear e ler um dos best-sellers escritos por Sephen Hawkings, “O Universo em uma Casca de Noz”, de como achei interessante e fez despertar mais ainda a paixão pela ciência que a tinha despertado por outros livros paradidáticos de ciência desde da infância.
De como precisamos de pessoas que saibam explicar a ciência, o mundo e até fazer críticas sobre elas de uma forma objetiva, simples e direta.
Já que hoje até dentro da academia há quem louve o obscurantismo e pseudociência, fugindo de um debate real, causando mais intolerância e distorção da realidade e da ciência, tudo isso por interesses escusos de política e poder.
As universidades, que deveria ser um lugar para um discurso livre e aberto, não é mais permitido como antes. Inclusive me faz lembrar uma das frases de Hawking:
“O grande inimigo do conhecimento não é a ignorância, e a ilusão do conhecimento”.
Não sou muito de ter ídolos, em verdade como cético e racionalista, acabo sendo crítico dos meus próprios ícones, mas sei reconhecer os méritos de quem fez muito mais para humanidade de forma positiva de qualquer desleixe ou ato negativo, e Hawkings foi um desses, apesar do que considero um dos erros, dizer que “filosofia está morta”, visto aqui em conferência a Caltech:
“Muitos de nós não nos preocupamos mais com essas perguntas, entretanto, questões como ‘de onde viemos?’ ou ‘para onde vamos’, que eram tradicionalmente questões filosóficas, hoje são recorrentes exclusivamente para a ciência. Os filósofos atuais não têm estudado de acordo com as descobertas mais recentes da física, e por isso, a filosofia está morta hoje.”
O que considero um erro, mas que deve ser considerado ao debate aberto de ideias, até porque erros é também do vive o conhecimento.
Isaac Asimov e sua relatividade do erro que o diga: para relembrar outro grande ícone divulgador da ciências e ficção científica, e assim que deve ser o ambiente acadêmico, e com intercalação de discussão entre a filosofia e a ciência, que outro problema que parece ter fugido pelo já postado aqui, do problema da pseudociência na academia e não só pseudociência mas também da pseudofilosofia.
Stephen Hawking fará muita falta pelos seus trabalhos e descobertas de uma mente genial. Ainda sabendo superar todos os empecilhos que à vida e à natureza lhe colocou, de uma doença que limitou seus movimento e vida de uma pessoa comum, mas que acabou sendo por si só e genialidade e também carismas demonstrado na sua popularização, que não seria comum de qualquer jeito.
Por isso tudo é de lamentar, que em um era de tanta intolerância, e muito pela falta de dialogo vindo da academia, política e mídia e justamente muito pela fuga da racionalidade perdemos alguém como Hawking.
Apesar de muitos jovens o conhecerem por conta do filme “A Teoria de Tudo”. Entrou para University College em Oxford em 1959, onde decidiu estudar matemática, se formando três anos depois, contrariando o pai que queria que ele estudasse medicina.
O físico trabalho bastante nos campos da cosmologia teórica e gravidade quântica, em 1971, em colaboração com Roger Penrose, no qual consegue provar um dos muitos teoremas da singularidade, que fornecem condições suficientes para a existência em uma singularidade no espaço-tempo, que demonstra serem uma característica geral da relatividade geral.
Junto ainda com Bardeen e Carter, ele ainda postulou as quatro leis da mecânica de buraco negro, com uma analogia à termodinâmica. Em 1974 calculou que buracos negros deveriam, termicamente, criar ou emitir partículas subatômicas, no que ficaram conhecidas como radiação Hawking, também demonstrando a possibilidade existência de miniburacos negros.
Já no âmbito da vida pessoal casou-se a primeira vez em 1965 com Jane Hawking, mãe de seus três filhos, se separando em 1991. Casou-se novamente com sua enfermeira Elaine Mason em 1995 qual foi se separar em 2006.
Infelizmente, em uma madrugada na Inglaterra, o Stephen Hawking se transformou em uma poeira cósmica, deixando a missão aos filhos em emitir este recado para os outros integrantes do Globo. “Foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado perdurarão por muitos anos”.
Fontes:
http://socientifica.com.br/2017/11/em-1995-carl-sagan-previu-nossa-distopia-tecnologica-atual/
https://hypescience.com/fisicos-criam-buraco-negro-em-laboratorio-para-provar-radiacao-hawking/
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