Na madrugada desta quinta-feira (14) estreou mais um filme da saga de Guerra Nas Estrelas e o segundo da nova trilogia. Claro que o Brechando acompanhou de perto, após a decepção de ter visto pouca gente fantasiada em Rogue One.
Primeiramente, eu evitei ler tudo que é crítica da imprensa especializada, porque nem sempre o que eu gosto é o mesmo que esses jornalistas veneram e tenho bastante apreço à cultura trash. Sharknado é o que o diga, os meus amigos estão cansados da minha pessoa venerar o filme do tornado de tubarões, no qual considero o melhor pior filme do mundo. Mas, os algoritmos das redes de Mark Zuckerberg, sabendo dos meus gostos e personalidade a partir dos meus dados cadastrais, já colocou logo uma foto de um dos portais que sigo dizendo a seguinte mensagem: “Críticos de Filmes consideram ‘Os Últimos Jedi’ como o melhor filme da saga Star Wars”.
Ainda assim, eu pensara: “Todo filme de Star Wars dizem que é bom, se chegar ao nível do Episódio V: O Império Contra-Ataca (meu favorito da Saga, pois os personagens estão mais desenvolvidos e mostra uma história mais robusta, com ação do início ao fim e o melhor plot twist da história: ‘Luke, I’m Your Father’) já está de bom tamanho.”.
A dúvida se ia ou não para o cinema pairava. Eu havia comprado os ingressos, na sala 2 , poltrona B15, mas dois dias antes da pré-estreia fiquei com a garganta inflamada, pensava que era apenas uma crise alérgica devido à chegada do verão, mas os sintomas de dores no corpo e febre chegaram. Falando em febre, eu estava com 38 graus quando cheguei do trabalho. Resolvi me deitar após tomar o paracetamol. Acordei às 21 horas, um pouco melhor e resolvi ir, mesmo minha mãe dizendo: “Lara! Está doida, menina? Você precisa descansar, está gripada”.
Peguei minha camiseta comprada na CCXP, amarrei meus cabelos com os totós da Princesa Leia e pedi um Uber, pois saberia que iria ficar bem zumbi se sair com um veículo às 03 da manhã. Por sinal, os carros da empresa estavam bastante disputados pela vizinhança, acredito que os usuários do app também seguiram o mesmo pensamento. Chega de digressão!
Faltavam cinco minutos para o shopping fechar, enquanto corria, as lojas fechavam e precisava urgentemente pegar o primeiro restaurante aberto para comer algo, porque estava com uma fome de leão. A única solução foi pedir uma pizza e guaraná super gelado, dá uma refrescada na garganta. Deu certo! Momento exato de encontrar meus amigos, que ficaram tirando sarro da minha voz ter ficado um pouco mais baixa e lenta por conta da minha rouquidão e tive, todavia, tempo de defender Rogue One para meu amigo João Neto, alegando que ele é uma ótima introdução para quem quiser conhecer a saga Star Wars e finalmente criar uma exata ponte entre as duas trilogias.
“O Rogue One só valeu a pena, porque mostrou como Darth Vader era realmente um filho da puta com as pessoas”, alegava o amigo João em meio aos outros dizendo: “Ah, não, boy…”. Neste período, o João admitiu que era um hater, enquanto a namorada de um amigo dele estava com a camiseta do último trabalho de Star Wars antes d’Os Últimos Jedi.
O relógio batia 22h30 e a organização do shopping começou a apagar as luzes da praça de alimentação para que o povo ficasse esperando o filme no cinema. No Cinépolis estava acontecendo um mini-Saga/Yujô em seu saguão principal, onde tinha tecladista tocando as trilhas sonoras dos trabalhos anteriores (praticamente um Zezo Nerd, sem a parte de cantar), gente jogando videogame e vários cosplayers espalhados. Sua chance de tirar aquela foto de fã, sabia? Ainda tinha pais e filhos vestidos de jedi e gente com BB-8, andróide fofo do Episódio VI: Uma Nova Esperança.
Além disso, havia várias pessoas como eu que estavam com as suas camisetas, sabres de luz e, até mesmo, a mochilinha do Yoda.
E o João? Ainda estava debatendo sobre Rogue One e numa coisa que concordamos é que “Uma Nova Esperança é meio que uma cópia do Episódio IV”. Depois, outros amigos entraram na roda e debateram sobre qual era o melhor filme de Star Wars.
Quando faltava 20 minutos para estreia uma enorme fila surgiu com pessoas ansiosas e os seus sabres de luzes apostos para qualquer emergência. Neste momento, os atendentes do cinema já entregavam os óculos 3D e ainda ajudava o cliente a comprar os caríssimos lanches. Um dos vendedores conseguiu me convencer em comprar o balde de pipoca com o BB-8, que agora está em casa para exposição da minha coleção de nerdice.
Sentei na sala do cinema, poltrona confortável e muitos gritos quando começou o filme, para cada plot twist e os créditos finais. A única coisa que falava era: “Puta que pariu, que filme foi esse?”. A discussão sobre o trabalho não parou nem um minuto sequer, inclusive na carona de volta para casa. O João, citado várias vezes neste texto, repetia dizendo “melhor filme da saga de todos os tempos”, quase uma oração. Foram as quatro horas de sono mais bem aproveitadas de 2017!
Termino este texto com o argumento do poeta Gonzaga Neto que resume bastante sobre a obra:
Veja mais fotos a seguir:
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