1º de dezembro é considerado o Dia Mundial de Combate à AIDS, sigla traduzida do inglês, significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A doença se manifesta após a infecção do organismo humano pelo HIV, ou Vírus da Imunodeficiência Humana, também traduzido da sigla em inglês.
Diferente dos anos 80, hoje ela não é considerada a “doença gay”. São considerados comportamentos de risco as ações que podem vir a doença: Ter uma relação sexual (homo ou heterossexual) com pessoa infectada, sem o uso de preservativos. Compartilhar seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. Transfusão de sangue contaminado pelo HIV. Reutilização de objetos cortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV.
Infeções por HIV
De acordo com o Ministério da Saúde, de 2007 até junho de 2016 foram notificados 136.945 casos de infecção por HIV no Brasil, sendo 71.396 no Sudeste (52,1%), 28.879 no Sul (21,1%), 18.840 no Nordeste (13,8%), 9.152 no Centro Oeste (6,7%) e 6.868 na Região Norte (6,3%).
A maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se nas faixas de 20 a 34 anos, com percentual de 52,3% dos
casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, observou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,0%), o que dificulta uma melhor avaliação dos casos de infecção pelo HIV relativos a esse item.
Com relação à raça/cor da pele autodeclarada, 44,0% são entre brancos e 54,8% em pretos e pardos. No sexo masculino, 46,1% são entre brancos e 52,8% em pretos e pardos; entre as mulheres, 39,2% dos casos são entre brancas e 59,6% em pretas e pardas.
Entre os homens, em 2015, verifica-se que 50,4% dos casos tiveram exposição homossexual, 36,8% heterossexual e 9,0% bissexual; entre as mulheres, nessa mesma faixa etária, observa-se que 96,4% dos casos se inserem na categoria de exposição heterossexual.
Já o número de grávidas com AIDS, foram notificadas ao Ministério da Saúde, 99.804 gestantes infectadas com HIV. 39,8% das gestantes residiam na região Sudeste (39,8%), seguida pelas regiões Sul (30,8%), Nordeste (16,2%), Norte (7,4%) e Centro-Oeste (5,7%). Em 2015, foram identificadas 7.901 gestantes no Brasil, sendo 31,9% na região Sudeste, 29,6% no Sul, 20,9% no Nordeste, 11,8% no Norte e 5,8% no Centro-Oeste.
A taxa de detecção de gestantes com HIV no Brasil vem apresentando tendência de aumento nos últimos dez anos; em 2006, a taxa observada foi de 2,1 casos/mil nascidos vivos, a qual passou para 2,7 em 2015, indicando um aumento de 28,6%. A tendência de crescimento também é observada em todas as regiões do Brasil, exceto na região Sudeste, que permaneceu estável, com taxa de 2,2 casos/mil nascidos vivos em 2006 e 2,1 em 2015. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maiores incrementos na taxa; ambas apresentavam taxa de 1,2 em 2006, passando para 2,9 e 2,0 casos/mil nascidos vivos em 2015, respectivamente.
AIDS é diferente de HIV?
Sabia que existe a diferença entre ser transmitido por HIV e ter AIDS? O Vírus da Imunodeficiência Adquirida é o vírus causador da Aids. Ao entrar no organismo humano, ele se instala nas células do sistema imunológico, responsáveis pela defesa do corpo. Instalado dentro das células, o vírus consegue se multiplicar e se espalhar pela corrente sanguínea, contaminando outras células. Com a defesa do corpo prejudicada pelo vírus, a pessoa infectada fica sujeita ao aparecimento de vários tipos de doença. Por isso, ser portador do vírus HIV é diferente de ter Aids.
Uma pessoa que tem AIDS apresenta estes seguintes sintomas: febre alta persistente, tosse seca prolongada; suor noturno, edema dos gânglios linfáticos por mais de 3 meses; dor de cabeça; dor em todo o corpo; cansaço fácil; rápido emagrecimento. Perder 10% do peso corporal num mês, sem dieta e exercício; candidíase oral ou genital persistente; diarreia que dura mais de 1 mês; e manchas avermelhadas ou pequenas erupções na pele (Sarcoma de Kaposi).
Sobre a AIDS
O Brasil tem registrado, anualmente, uma média de 41,1 mil casos de aids nos últimos cinco anos. A taxa de detecção de aids no Brasil tem apresentado estabilização nos últimos dez anos, com uma média de 20,7 casos/100 mil habitantes.
O Nordeste, no entanto, apresenta um crescimento na taxa de detecção. No ano de 2006, os casos eram de 11 para cada 100 mil habitantes, sendo que 10 anos depois, em 2016, esse número foi de 15 para 100 mil. Representando um aumento de 37,2%. Já a região Norte foi registrado o crescimento de 61,4%.
No Rio Grande do Norte cresceu os números de casos. Em 2015, registrou um aumento de 54%, comparado com o ano de 2006. Das 100 cidades brasileiras que apresentam os maiores casos da doença, a única cidade do Rio Grande do Norte que está na lista é Parnamirim.
Mortalidade pela AIDS
Antigamente muitas pessoas consideravam que ter AIDS era uma sentença de morte. No entanto, fazendo o tratamento correto, você pode até chegar na terceira idade com a doença.
Do início da epidemia de aids (1980) até dezembro de 2015, foram identificados 303.353 óbitos cuja causa básica foi a AIDS, sendo a maioria na região Sudeste (60,3%), seguida das regiões Sul (17,5%), Nordeste (12,6%), Centro-Oeste (5,1%) e Norte (4,4%). Em 2015, a distribuição proporcional dos 12.298 óbitos foi de 42,8% no Sudeste, 21,1% no Nordeste, 20,1% no Sul, 9,5% no Norte e 6,5% no Centro-Oeste.
Apesar da redução, houve um crescimento da mortalidade na região Nordeste, que aumentou 34,3%, passando de 3,4 para 4,6 óbitos/100 mil habitantes; e na região Centro-Oeste, passou de 4,8 em 2006 para 4,9 em 2015.
Onde fazer tratamento de AIDS no RN?
Na capital potiguar, são vários casos diagnosticados por dia no Hospital Giselda Trigueiro, no bairro das Quintas, referência no tratamento de Aids no Rio Grande do Norte. Além da unidade hospitalar, existe o Serviço de Assistência Especializado em HIV/Aids e Hepatites virais (SAE), órgão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que fica no bairro do Alecrim.
Criado em abril de 2011, o SAE tem o intuito de promover o atendimento às infecções de AIDS e Hepatites virais. Hoje em dia o serviço conta com cerca de 1.700 usuários cadastrados, os quais são atendidos por uma equipe multidisciplinar entre médicos, nutricionista, técnicos em enfermagem, psicólogos, farmacêuticos entre outros profissionais, com treinamento em atendimento específico para os usuários.
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