Sérgio Sampaio é um dos malditos da música brasileira, principalmente a MPB, no qual ficou conhecido como o “Maldito”. Nascido em 1947, o capixaba é filho de Raul Gonçalves Sampaio, maestro de banda e compositor, e de Maria de Lourdes Moraes, professora primária, Sérgio Sampaio recebeu do pai as primeiras influências musicais, tendo curtido na adolescência grande paixão pelo repertório seresteiro de Orlando Silva, Sílvio Caldas e Nelson Gonçalves. Em 1967, enamorado da ebulição cultural do Rio de Janeiro, foi para lá em busca de um lugar no céu estrelado da MPB.
Nos anos 1970, foi descoberto acidentalmente pelo produtor Raul Seixas, quando acompanhava ao violão um aspirante a cantor, num teste na gravadora CBS.
Foi lá que surgiu o polêmico disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez”, que contou com a participação de Raul, Sérgio e o roqueiro Edy Star e Míriam Batucada. Depois do disco, veio Festival Internacional da Canção, onde cantou “Eu quero botar é meu bloco na rua”. Por conseguinte, o seu primeiro LP, que levou o título de seu maior sucesso.
Nos anos 80 caiu em um completo ostracismo, conforme falamos por aqui. Em 1994 acerta com a gravadora Baratos Afins o lançamento de um disco com músicas inéditas, mas por consequência da vida desregrada, falece de pancreatite antes de concretizar o projeto.
As imagens foram gravadas por Florizel Bicão, dois anos antes da morte de Sampaio, no ano de 1992. Era uma apresentação intimista, apenas voz e violão, com duração de 25 minutos. Ele cantou Velho Bandido, Cala a Boca Zebedeu, Sua Estupidez e dentre outras canções. Veja a apresentação completa, portanto, a seguir:
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