Em toda cidade sempre tem uma história de um bandido que tocou terror em um determinado grupo social. Aqui em Natal não foi diferente, na década de 60, por exemplo, surgiu o João Baracho. Sua função? Assaltar os taxistas e os assassinar. Este crime foi bastante comum nos anos 60 por causa de João Rodrigues Baracho, que ficou mais conhecido pelo seu sobrenome. Sua história é quase um “Crime e Castigo”, de Dostoievski.
A única foto dele que existe é esta acima do título.
As noites em que ocorriam os ataques de Baracho fizeram Natal viver dias de medo. Os homens que se arriscavam a sair na rua portavam facas e armas na cintura, mas a maioria das famílias trancava-se dentro de casa e não abria as portas até que o dia amanhecesse.
Durante dois anos, seus crimes pararam nas páginas policiais. Chegou a ser preso, porém fugia e ficava em esconderijos localizados em cidades vizinhas de Natal.
A sua última fuga aconteceu no dia 29 de abril de 1962, quando serrou as grades de uma delegacia vigiada por seis homens. A polícia ficou alerta, pois sabia que nas próximas noites, após a fuga de Baracho, os roubos seguidos de assassinatos voltariam a ocorrer. Então, os oficiais fecharam o cerco em um bairro chamado Carrasco, onde sabiam que Baracho estava.
Reza a lenda que quando fugia da polícia, ele chegou a pedir ajuda de uma moradora e lá pediu água, porém a mulher lhe entregou para PM e ter negado um copo de água. Depois, ele foi morto com mais de 30 tiros, durante o confronto com policiais militares, e seu corpo foi enterrado no cemitério do Bom Pastor, alguns também apontam que foi no Cemitério do Alecrim.
Apesar de ser um criminoso, muitas pessoas o associam como santo. Lá são deixados flores, velas, pernas e braços de madeira e recipientes contendo água. Materiais simbólicos de supostos milagres atribuídos à Baracho.
A saga do bandido santo vem perdendo sua força, mas ainda existem aqueles que acreditam que o matador de taxistas conseguiu o direito no camarote do céu, pelo simples fato de ter morrido com sede.
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