Natal, 1998.
Foi um ano atípico na capital potiguar, onde houve o começo da campanha dos 400 anos da cidade, as maiores chuvas da região e, ainda mais, o desaparecimento das crianças do Planalto. Além disso, infantes misteriosamente desapareceram entre 1 a 8 anos. Ninguém sabe o que aconteceu, a maior suspeita é de tráfico de órgãos.
O primeiro caso aconteceu com Moisés Alves da Silva, de 1 ano e 7 meses, levado de dentro da casa na qual morava enquanto a família estava dormindo. Como diz o G1, o inquérito passar pelas mãos de mais de 10 delegados ao longo de estes anos, a atual responsabilidade de dar um desfecho diferente. Atualmente, o caso está na Delegacia Especializada em Capturas (DECAP).
“Meu marido acordou para ele pegar para dar comida. Aí ele já não se encontrava mais na rede”, disse Francisca Nascimento, mãe de Moisés em uma entrevista para TV Universitária em 2016“.
A Francisca falou na mesma entrevista que tudo era repercussão, que a falta de respostas fez com que ela tivesse a saúde prejudicada e infeliz. Na época, Planalto era um dos bairros mais novos da Prefeitura do Natal e a visão dos outros bairros era de casas pobres, matérias sensacionalistas e seu lixão.
Repercussão da mídia sobre as crianças do Planalto
No início a repercussão do primeiro desaparecimento veio de uma forma tímida. Até começarem outras crianças a desapareceram. Houve o segundo desaparecimento quatro meses depois. A Joseane Pereira dos Santos, conhecida como Biba, tinha oito anos, desapareceu de modo parecido.
A terceira criança foi Yuri (às vezes escrito por Yure) desapareceu um ano após o primeiro caso e 10 meses do segundo.
O quarto foi Gilson Lima da Silva em abril de 2000 e Marília Silva Gomes, próximo do Natal de 2001. Ambos tinham dois anos. Por falar em Marília, a repercussão do caso foi mais forte, tanto que quando houve a morte de sua mãe, em 2010, após apartar uma briga de casal, a Tribuna do Norte mencionou a seguinte manchete:
Mãe de criança desaparecida no Planalto é morta a facadas
Tema de Podcast de True Crime
O caso das crianças tornou-se o foco do nosso podcast de crime real por diversas razões perturbadoras. Primeiramente, a magnitude do mistério intriga: como algo tão atroz pode acontecer a jovens inocentes?
A complexidade das investigações também desafia a compreensão, envolvendo reviravoltas e detalhes chocantes. Além disso, ao expor as falhas do sistema, buscamos conscientizar sobre a importância da justiça e da proteção infantil.
Ao compartilhar essas histórias, não apenas honrar as vítimas, mas também mobilizar a sociedade para a prevenção de futuros casos semelhantes. Um dos podcasts mais famosos do assunto, Café com Crime, em 2021, já colocou o assunto em pauta no ano de 2021. A matéria, no entanto, dividiu-se em dois episódios.
Confira, portanto, a seguir:
1ª parte:
2ª parte
Tráfico Humano?
O desaparecimento de crianças no bairro Planalto, que fica na periferia de Natal, aconteceu entre os anos de 1998 e 2001. A polícia do Rio Grande do Norte não conseguiu solucionar os casos e prender os criminosos. Em 2012, o Senado Federal realizou a oitiva com familiares das vítimas e autoridades policiais.
Durante o encontro, o relato de diferentes testemunhas fez referência a um casal de estrangeiros. Os mesmos estavam presentes no período dos desaparecimentos. Algo que também tem menção em entrevista com as mães na TVU em 2016.
Outras cinco crianças que sumiram neste período foram encontradas em São Paulo
Todos os sinais apontam para a possibilidade de que as crianças foram vítimas de rapto por uma quadrilha. O motivo é que no mesmo período mais cinco crianças desapareceram e encontraram em lares nas casas paulistanas.
“Os objetivos ainda são obscuros. Mas os indícios são fortíssimos. Até porque cinco crianças desapareceram, outras cinco foram levadas para São Paulo, sempre envolvendo as mesmas pessoas. As autoridades policiais estiveram presentes, O inquérito apresentou falhas em todo o percurso e de forma que há uma fragilidade da policia na investigação do caso” disse o então senador Paulo Davim, em entrevista a Rádio Senado.
Mas não há alguma resposta!
Deixe um comentário