Descendo a ladeira do Marpas, você encontra na Ribeira um prédio de cor de goiaba. É o Edifício Bila e considerado um dos mais charmosos do bairro e modernos para o bairro mais antigo da cidade, visto que lá é cheio de prédios da época do Brasil colonial. De acordo com especialistas, o prédio tem características de Art Déco e construído na década de 40. E a sua inauguração aconteceu em 1944. Por isso, a justificativa de chamá-lo de moderno ou novo.
Seu nome é Bila por conta do nome do seu idealizador, o Severino Alves Bila, que queria construir um prédio na região
Inicialmente era para ser um prédio apenas comercial
De acordo com a Tribuna do Norte, o edifício Bila tinha a função apenas de comércio, onde as lojas ficavam em baixo e na parte superior ficavam os mais diversos escritórios comerciais. Tudo isso funcionou até a década de 70. Neste período, houve a destruição do prédio, onde o espaço estava com janelas quebradas e sem alguma manutenção.
Revitalização do prédio
Nos anos 2000, a Prefeitura do Natal lançou um projeto de reabilitação na Ribeira, chamado de Rehabitar. Eles enviaram um dossiê para os donos dos prédios e mostravam sua proposta de reformar. A ideia era fazer com que tivesse duas lojas e quatro apartamentos por andar.
No caso do Edifício Bila, o dossiê foi utilizado para negociação com os seus proprietários e demais parceiros no processo de compra do imóvel pela Prefeitura do Natal e execução da proposta de reuso. O representante legal de seus proprietários optou pela venda do imóvel a um agente privado.
Único projeto do Rehabitar que terminou
A Prefeitura do Natal garantiu o acesso ao dossiê do imóvel pelo novo proprietário, por conseguinte, ao projeto de reutilização, prevendo o uso misto (manutenção dos usos de comércio, serviço no térreo e reforma dos pavimentos superiores, com adaptação ao uso residencial). Logo, um novo projeto arquitetônico veio um escritório particular, com autorização Semurb.
Naquela época, no entanto, um estrangeiro que comprou a edificação e contratou o arquiteto Haroldo Maranhão para desenvolver o projeto. Ambas as propostas apresentam o uso misto, cujo térreo conta com um restaurante e um salão café e os outros três pavimentos então destinados a apartamentos, no primeiro caso cada andar possuiria seis unidades, e no segundo quatro unidades por pavimento. Sem contar que entrou no projeto da Prefeitura do Natal com a perspectiva de rehabitar a Ribeira.
Na época, o prédio era parcialmente ocupado, tinha processos trabalhistas, risco de incêndio, entulhos, dívidas de IPTU e água e energia elétrica suspensa.
A ideia era fazer com que o bairro da zona Leste continuasse seu lado comercial na parte inferior e superior ficaria por conta dos apartamentos. Mas, nos últimos anos, apresentou uma grande deterioração. Os espaços comerciais estão com a placa de aluga-se, restando apenas a parte dos apartamento.
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