O Bardallo’s está maior de idade, pois no final de abril completou 18 anos de atividade. Pouca gente sabe, que aquele simples bar, apesar de jovem, já presenciou muitas histórias e hoje é quase que um patrimônio histórico. Por isso, o post de hoje é para falar deste bar.
Frases que mais escuto quando vou ao Beco da Lama:
“Acabou o samba. Bora ao Bardallo’s, quero ir para casa não agora”.
“O Beco está lotado, bora ao Bardallo’s”.
“Quero jantar e sentar, bora ao Bardallo’s”.
“Ei, tá tendo lançamento no Bardallo’s, bora?”.
“Vamos ver a exposição no Bardallo’s”.
Na rua Vigário Bartolomeu com a Gonçalves Lêdo (Elas se misturam, principalmente quando a mesma é cortada pela Rua Heitor Carrilho) está o Bardallos. Mas lá você ver todo o tipo de gente, do médico ao sindicalista. Do estudante ao político com grandes culhões. De dia, ele funciona como um self-service para almoço. A noite, no entanto, está sempre lotado, onde sempre rola shows de artistas alternativos locais e lançamento de livros.
Além disso, em suas paredes tem obras de artistas potiguares dos mais diversos, transformando o espaço em uma verdadeira galeria de arte.
Mas, como tudo começou no Bardallo’s há 18 anos?
De acordo com o release de Comunica Ceci, o espaço integra o perímetro cultural do Beco da Lama. O Bardallo’s foi criado pelo empreendedor e carnavalesco Lula Belmont com o objetivo de ser um reduto das artes.
“A necessidade de criar o bar veio através do meu envolvimento com a arte e com a cultura. A ideia era ter um espaço que abraçasse a música, as artes plásticas, a literatura e outras expressões artísticas e chegar aos 18 anos de história é uma alegria muito grande, principalmente pela pluralidade da programação e do público que frequenta.”.
Lula Belmont
Lula também é o criador do tradicional bloco das Kengas, onde drags vão aos palcos desfilar no Centro Histórico lotado. Assim como o bloco, o Bardallo’s virou um local onde abraçasse as minorias de forma digna e também fosse um local que artistas locais, mesmo diante das dificuldades, mostrassem os seus respectivos talentos.
Minha primeira vez no Bardallo’s
A minha primeira vez neste simpático bar aconteceu durante o lançamento da antologia Blackout . Aqui vai um trecho da crônica que fiz durante esta visita.
Um corredor de luzes meio foscas, ladeado de mesas, quadros e detalhes minimalistas é a característica principal. Enquanto o lançamento rolava, a juventude e a antiga boemia se mistura. As pessoas sempre reclamam que a próxima geração sempre é a pior, mas as diferentes gerações estavam se cruzando, conversando sobre Nietzsche e Balzac como se fossem velhos irmãos enquanto Luan Bates, banda nova na cena alternativa de cidade, tocando ao fundo. Não discutira sobre boletos e trabalho. Deixava isso para semana. Bardallos é um evento de cultura. E cultura falaremos.
O artigo pode ser lido na íntegra aqui.
Fiquei apaixonada pelo lugar, quando o Beco da Lama virou um point cultural, o local várias vezes virou meu refúgio para aqueles que são inimigos do fim.
O bar está disponível tanto para a música, arte e também para abrir espaços para discussões dos mais diferentes tipos. Tanto que é comum ver nos posts do Instagram colocarem posts falando de importância de movimentos sociais.
Esperamos que mais 18 anos para manter a cultura da Cidade Alta cada vez mais viva.
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