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O que esse palacete da Deodoro em destaque se transformou

Palacete da Deodoro

A imagem acima mostra um belo palacete que ficava no cruzamento da Avenida Deodoro da Fonseca com a Rua João Pessoa e até hoje os nostálgicos natalenses amam destacar esta bela casa que não existe mais. Alguns chamavam de palacete e outros de castelo. No entanto, a casa surgiu na década de 20 e vamos…

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A imagem acima mostra um belo palacete que ficava no cruzamento da Avenida Deodoro da Fonseca com a Rua João Pessoa e até hoje os nostálgicos natalenses amam destacar esta bela casa que não existe mais. Alguns chamavam de palacete e outros de castelo. No entanto, a casa surgiu na década de 20 e vamos contar a sua história a seguir.

De acordo com a página Memória Viva, o Palacete tinha o estilo arquitetônico mourisco, inspirado na cultura árabe-hispânica. A casa foi construída em um pátio interno, e o interior da casa é protegido pelo muxarabiê, uma parede vazada colocado adiante de portas ou janelas. O estilo é facilmente identificável por suas torres e cúpulas ricamente entalhadas.

Foi construído pelo noivo da poetisa Palmyra Wanderley, Moisés Soares de Araújo, como ninho de amor.

Aqui está uma foto melhor do palacete.

A imagem acima, por exemplo, foi usada como capa para os livros “Natal que eu vi”, de Lauro Pinto, e “Neblina na Vidraça”, de Anna Maria Cascudo Barreto, como uma homenagem à Palmyra Wanderley.

Como Palmyra descrevia a casa

Erguida em torre, buscando o céu, como a esperança que se aninhará no coração; toda florida mesmo em jardim de lírios brancos, de rosas lindas. Banhada em cheio pelo sol nascente, fosse das primeiras a receber o beijo das manhãs e o bom dia da aurora matutina. Ao lado, num recanto do jardim, numa gruta enfeitada de plantas silvestres e conchas preciosas, um fio de água cristalina despencou, alongando-se entre os seus esconderijos, aumentando-lhe o encanto. Aqui e ali, os leques das palmeiras desatassem seus laços verdes. Rijas colunas entrelaçadas de trepadeiras, sustentando alpendres emaranhados de rosas bravas, fosse o descanso dos passarinhos, cantando salmos ao meio dia.

Casamento não deu certo

O casório nunca chegou a acontecer, uma vez que Moysés falecera de cirrose no dia que Palmyra completou 23 anos. Faleceu em agosto de 1922, deixando-a inconsolável, visto que havia morrido em seus braços. Tanto que ela somente casou apenas aos 46 anos, quando estava mais madura e foi com Raimundo França, Diretor Regional dos Correios e Telégrafos do RN, e não tiveram filhos.

A família não apoiara o matrimônio, uma vez que França era um homem negro e vendeu todo o patrimônio da escritora para pagar as dívidas dele.

Palmyra, no entanto, faleceu no dia 19 de novembro de 1978, pobre e esquecida, vítima de insuficiência cardiorrespiratória e vascular.

E o palacete se transformou em prédio

O Palacete da Deodoro ficou até a década de 70 ativo, veja na imagem acima a existência do local ao lado do prédio da Sesap.

Hoje, fica o edifício Cidade do Natal, cujo térreo por muito tempo foi sede de um banco, possuindo várias lojas e salas comerciais. Veja a seguir:

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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