Quando participei de uma ação de “Aos olhos do farol“, eu conheci um espaço bacana. É moderno e tem uma ampla área de lazer aos moradores de Mãe Luíza. Estou falando da Arena do Morro, que fica na esquina do Farol de Mãe Luíza, e tem uma das belas paisagens das praias urbanas de Natal.
O projeto tem a autoria da empresa “Herzog & de Meuron”, que fica na Suíça e o foco é realizar eventualmente projetos voltados para educação e cultura. Além da Arena do Morro, eles recentemente construíram o Centro de Descoberta, do laboratório AstraZeneca, na Inglaterra.
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A ideia de construir a Arena veio em 2009 pelo Centro Sócio Pastoral Nossa Senhora da Conceição, que entrou em contato com os suíços, cuja ideia inicial era criar um complexo de edificações até a parte da praia para estimular oportunidades aos jovens do bairro, que ainda se encontram a margem da sociedade.
Antes do espaço, havia um ginásio com uma quadra de cimento envolvida por pilares e treliças, sem cobertura nem paredes, fazendo com que as pessoas não pudessem praticar exercícios físicos em dias de chuva.
A Arena do Morro, no entanto, ficou pronta apenas em 2014.
Estrutura da Arena do Morro
A intenção dos europeus não era simplesmente cobrir o ginásio. Mas, criar uma cobertura que pudesse trazer um novo sentido aos moradores, mas mantendo as qualidades físicas e típicas da região. Por isso, eles escolheram um piso de granilite e as arquibancadas são curvas para respeitar o nível do terreno. Além disso, eles construíram salas multifuncionais, com o objetivo de fornecer aulas de dança ou armazenar artigos para quadra.
Há uma única parede independente, de forma ondulada. Ela liga o contorno das arquibancadas em volta da quadra e as curvas dos volumes circulares que abrigam as áreas mais privadas. Esses elementos circulares salientam o caráter coletivo desses espaços e suas atividades.
A cobertura é feita de telhas de alumínio com ondulação, como se fossem uma pilha de painéis soltos. Eles ajudam não só na iluminação, mas também permite a privacidade, ventilado pela brisa do mar e a iluminação do local.
“A cobertura e a parede tornam-se membranas translúcidas e permeáveis que permitem que a brisa fresca do mar penetre e que o ar quente escape do edifício. Ao mesmo tempo filtrando a luz natural e animando todo o edifício num jogo de luz e sombra. De noite, o efeito é inverso, e o edifício se transforma numa lanterna gigante, brilhando e revelando as atividades internas”, disse o representante da empresa para revista britânica “Archdaily“.
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