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História do Educandário Oswaldo Cruz em Natal

Em Natal tem um prédio bonito no meio da Avenida Hermes da Fonseca, se chama Educandário Oswaldo Cruz. Além disso, o local traz uma história sobre o tratamento de pacientes com hanseníase, popularmente conhecido como lepra. Vamos contar a história nesta postagem. O Educandário foi uma ideia do médico Manoel Varela Santiago, pouco depois da…

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Em Natal tem um prédio bonito no meio da Avenida Hermes da Fonseca, se chama Educandário Oswaldo Cruz. Além disso, o local traz uma história sobre o tratamento de pacientes com hanseníase, popularmente conhecido como lepra. Vamos contar a história nesta postagem.

O Educandário foi uma ideia do médico Manoel Varela Santiago, pouco depois da construção do prédio do Hospital Infantil do Instituto de Proteção e Assistência à Infância, que hoje é o Hospital Varela Santiago. Ainda mais o objetivo do educandário era propor educação aos filhos de leprosos pobres, no qual estavam internados no Leprosário que ficara no bairro de Felipe Camarão.

A obra começou em 1939, com o apoio da população local e do Governo Federal. Já a sua inauguração aconteceu em 1 de maio de 1942.

O hospital, por sua vez, foi construído nos anos 20, quando o Rio Grande do Norte passou por uma forte campanha de higienização. No período de 1922 a 1927, 89 casos de lepra foram notificados, desses 80 resultaram em falecimento do doente. Diante dos registros, o Diretor de Saúde Pública, o médico Varela Santiago, inicia o processo de construção do Leprosário São Francisco de Assis.

Apesar de se conhecer o agente causador da lepra, não existia conhecimento especifico sobre o seu tratamento e principalmente sobre a sua transmissão. Assim, a forma de tratamento encontrada foi o isolamento compulsório dos doentes, em asilos e colônias. Neste período, várias famílias surgiram dentro do leoprosários e os filhos eram, portanto, separados para o educandário.

Fim do Educandário Oswaldo Cruz

A revogação da lei “compulsória” aconteceu em 1962, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso. O motivo era a pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos. Sem contar que nos anos 60 e 70  o espaço para abrigou órfãos e menores abandonados, como se fosse um orfanato. Além disso, o Leprosário de Natal desativou em 1990, no qual o prédio foi destruído e parte do terreno foi loteado para aqueles que ainda estavam em isolamento.

A unidade hospitalar tinha como destino o tratamento de câncer, com capacidade de até 150 leitos. Em 1991, a obra, que estava 48% pronta, paralisou, no qual alegaram que houve uma invasão de sem-tetos ao terreno, Na época, havia sido investido mais de 25 milhões de reais. Entretanto, o prédio nunca ficou pronto.

Hoje, o educandário mantido pela Sociedade Eunice Weaver, onde é uma escola pública durante a noite. Existem Sociedades Eunice Weaver em 22 estados e ainda mais tem seis ambulatórios que cuidas de pacientes com lepra. Além disso, o prédio é a sede da Escola Freinet, nome é homenagem ao educador Célestin Freinet e é particular, mantida pela Cooperativa os Professores do Rio Grande do Norte (Coopern).

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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