Brechando/brechadas / Lampião realmente morreu em Angicos/RN?

Lampião realmente morreu em Angicos/RN?

Angicos

Virgulino Ferreira da Silva ficou conhecido como Rei do Cangaço, um dos maiores bandos que surgiram no Nordeste, no qual o Rio Grande do Norte conheceu o seu bando. Uma das confusões envolvendo o Rio Grande do Norte está relacionado com sua morte. Muitos sabem que Angicos foi o local onde Lampião morreu, mas se…

Compartilhe:

Virgulino Ferreira da Silva ficou conhecido como Rei do Cangaço, um dos maiores bandos que surgiram no Nordeste, no qual o Rio Grande do Norte conheceu o seu bando. Uma das confusões envolvendo o Rio Grande do Norte está relacionado com sua morte.

Muitos sabem que Angicos foi o local onde Lampião morreu, mas se acredita que foi a cidade de mesmo nome, onde ficava no Rio Grande do Norte, distante 171 km de Natal. Além disso, a cidade também fica o Pico do Cabugi. Mas, além de botar ele para correr em Mossoró, Lampião foi morto no RN?

Aqui vamos fornecer a resposta por conta da confusão do nome Angicos. Confira!

Ele morreu em Angicos, do Sergipe

Embora exista uma cidade potiguar chamada de Angicos e que Lampião tenha visitado o RN de forma nada agradável e fugiu do povo de Mossoró, ele não morreu por aqui. E a confusão, portanto, será desentendimento a seguir.

Lampião estava na fazenda Angicos no dia 27 de julho de 1938. Este local ficava no sertão de Sergipe, hoje fica a cidade de Poço Redondo, que faz fronteira com Alagoas e Bahia. Para os cangaceiros, o local era seguro por ficar numa região cheia de montanhas e todos dormiam em suas barracas.

Era de madrugada quando os policiais Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa. O ataque durou cerca de vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, os policiais mataram Maria Bonita.

Os policiais degolaram dos onze mortos. Além de Maria Bonita e Lampião, também morreram Quinta-Feira, Mergulhão, Luís Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a.

As cabeças foram usadas como troféus e estiveram em Piranhas, cidade vizinha de Poço Branco, onde foram arrumados cuidadosamente na escadaria da Prefeitura, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografados.

Depois, os corpos foram levados ao Sudeste do Brasil para estudos e agora, portanto, está na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Brechando Vlog Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus