Brechando/Artigo / Você que se ridicularizou, D. Jaime

Você que se ridicularizou, D. Jaime

D. Jaime

Programas como Big Brother Brasil estão questionando sobre movimentos sociais e a personalidade dos membros. Muito antes disso, as pessoas questionaram a participação religiosa nos movimentos sociais, visto que há participação de diversos eventos históricos. O Em um ambiente católico, existe as pessoas de diversas personalidades, inclusive gente com orientação sexual diferente. Afinal, muitas pessoas…

Compartilhe:

Programas como Big Brother Brasil estão questionando sobre movimentos sociais e a personalidade dos membros. Muito antes disso, as pessoas questionaram a participação religiosa nos movimentos sociais, visto que há participação de diversos eventos históricos. O

Em um ambiente católico, existe as pessoas de diversas personalidades, inclusive gente com orientação sexual diferente. Afinal, muitas pessoas adentrarem na Igreja Católica por acreditar que Jesus Cristo era o único salvador de suas vidas. Muitos querem o conforto de Deus para não cair em tentação ou tem algum acalanto em que a vida às vezes não fornece.

Quando um líder da igreja católica no estado do Rio Grande do Norte lhe recusa entrevista por causa do seu jeito de ser é o motivo pra mostrar que a religião nem sempre está no caminho certo.

Recentemente, um vídeo do arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha recusou uma entrevista, sendo que internautas apontaram que a recusa era de que o repórter não apresentava comportamento heteronormativos. Ou seja, podendo ser LGBTfobia. Por causa disso, ele preferiu realizar o vídeo sozinho e outra pessoa da pastoral teve que falar em vídeo que não era brincadeira.

Para piorar tudo isso foi transmitido ao vivo no canal da paróquia da cidade do Espírito Santo. O foco não é falar se D. Jaime foi ou não foi homofóbico, mas sim a falta de sensibilidade com os seus colaboradores.

O vídeo viralizou e o bispo teve que se desculpar por sua atitude, no qual declarou na entrevista que “não queria ser ridicularizado”. No entanto, o garoto era da comunicação da paróquia e um dos integrantes assíduos, conforme visto nas suas redes sociais.

O Papa Francisco já havia comentado que a igreja tem que ser um espaço de abrigar pessoas e não rejeitar pessoas. E não estou falando apenas de LGBT, mas também aos negros, prostitutas, flagelados e imigrantes.  Portanto, segundo o Papa, qualquer pessoa pode colaborar com a Igreja.

Independente se fosse zoeira ou não do garoto, D. Jaime poderia responder educadamente. Afinal, ele é o representante da Igreja Católica no Rio Grande do Norte e qualquer erro poderia sujar a imagem do clero, que está cada vez menor.

Por causa deste acontecimento, eu fiquei revendo alguns textos sobre assessoria de imprensa, no qual a Arquidiocese de Natal conseguiu contornar, apesar de tardiamente. O responsável precisa estar preparado e sempre disponível para atender os jornalistas com agilidade, atenção e respeito, mesmo que o repórter esteja mal intencionado.

Uma entrevista dificilmente será o início do relacionamento da instituição com a mídia. Quantas vezes, ao trabalhar na assessoria de imprensa, tive que presenciar repórteres mal educados e tentar apaziguar os ânimos. Por isso, D. Jaime e a Pastoral da Comunicação da Paróquia erraram em não dialogar sobre o que deveria ser feito na entrevista.

Inclusive, seria a oportunidade para que a entidade máxima da Igreja Católica no RN falar com os fiéis do Espírito Santo, visto que nem são todos que podem ir à Natal assistir uma missa na Catedral Metropolitana.

Causando, assim, um ruído na comunicação e constrangimento tanto para o garoto como também para a Igreja Católica, no qual depois teve que se justificar na grande imprensa sobre o acontecimento.

A falta de aceitação de uma instituição que defende a irmandade e o acolhimento é uma munição para que as pessoas se afastem da religião ou piorar a saúde mental, uma vez que existe a importância da fé na ciência.

Para finalizar este artigo, eu finalizo o artigo com algo que vi no Observatório da Imprensa: “não há nada para impedir a liberdade de imprensa, de forma alguma, e sim, impedir que as pessoas sejam ridicularizadas gratuitamente.”. Ou seja, independente se você está fazendo assessoria de imprensa ou reportagem, o profissional da comunicação tem o poder de informar.

Comentários

Uma resposta para “Você que se ridicularizou, D. Jaime”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Brechando Vlog Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus