Tentando limpar meus inúmeros e-mails de assessoria de imprensa, eu descobri um projeto chamado Samuzinho. É um Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) só para baixinhos? Praticamente sim, porém ensina as crianças a se proteger ou enfrentar situações de perigos, no qual muitos adultos não sabem direito ainda como fazer uma pessoa parar de engasgar. Apesar do nome parecer lúdico e divertido, o público-alvo não atinge apenas as crianças, mas também adolescentes, no qual neste período faz muita besteira, no qual dentre elas está a realização de trotes para o 192, telefone oficial do serviço. O foco são jovens que estão no Ensino Fundamental, de 07 a 14 anos, e as atividades para o projeto de 2018 já começaram.
O projeto se propõe a sensibilizar crianças e adolescentes em idade escolar e seus professores sobre a importância do SAMU 192 RN para a população, desenvolvendo, nesses jovens, habilidades técnicas e comportamentais para atuar diante de situações de urgência como primeiros respondentes, além de minimizar os índices de trotes no SAMU 192 RN.
Os seis encontros, sendo um por mês, irão acontecer em horário contrário ao da sala de aula normal, para não haver prejuízo no ano letivo da criança. Alguns dos temas abordados durantes os encontros serão reanimação cardiopulmonar, manobras de desengasgo, acidentes domésticos e de trânsito, pequenos traumas, queimaduras, choque elétrico, desmaio, crise convulsiva. É como se fosse o Proerd, o programa de combate às drogas da Polícia Militar.
O Projeto Samuzinho surgiu em 2007, no Distrito Federal (DF), diante de um contexto de chamadas ineficientes geradas pelos trotes, que apontavam uma variação de 10% a 30%. Organizado de diferentes formatos e metodologias, hoje, o projeto segue em outros municípios e estados onde existe o SAMU 192 implantado, com a mesma missão educativa de divulgar informações sobre o trabalho do SAMU, noções de primeiros socorros e formação de agentes multiplicadores, tendo como público alvo crianças em idade escolar, considerados os principais responsáveis pelos trotes ao serviço.
Serão realizadas várias atividades, como aulas teóricas e práticas, oficinas, gincanas de reconhecimento de materiais, simulação realísticas (teatros), aprendizado baseado em equipes, problematizações, bem como visitas das estruturas físicas do SAMU 192 RN, assim como à ambulância de suporte básico e as de suporte avançado, de acordo com cronograma pré- estabelecido. Os temas são abordados de maneira lúdica com ênfase em metodologias ativas do processo de ensino-aprendizagem.
O problema é que o projeto não é focado em cidades do interior e periferias, visto que as escolas participantes devem ter no mínimo nota 06 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e numa sala com 25 jovens, sendo que a média no RN é 3,9 no Ensino Fundamental I e 5,8 no Ensino Fundamental II.
O primeiro SAMU 192 criado foi em Campinas em junho de 1995, pelo médico José Roberto Hanse obedecendo claramente as características de Regulação Médica clínica, traumática, obstétrica e psiquiátrica. Em 2003, o Governo Federal cria o Plano Nacional de Atenção às Urgências, iniciando um projeto tripartite (Governo Federal, Estadual e Municipal) com custeio financeiro no Sistema de Urgência e Emergência, mas iniciando pelo Sistema SAMU 192.
A portaria nº 1 864/GM em 29 de setembro de 2003 tenta dimensionar o número de viaturas e equipes,relacionado a população da cidade.
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