Na próxima quinta-feira (8), comemora-se o Dia Internacional da Mulher, onde manas do mundo todo vão protestar e marchar em vários lugares do mundo para mostrar que o machismo ainda está presente no âmbito familiar, escolar, acadêmico e também no trabalho. O que devemos fazer para a luta contra a sociedade patriarcal? Existem várias formas diferentes de fazer, achei algumas na internet e mostrarei a seguir.
Na próxima terça-feira (6), a Prefeitura do Natal, através da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Andreá Ramalho, que por sinal é a primeira-dama, da cidade vai falar sobre o assédio sexual no transporte público. Na ocasião, serão apresentados os resultados de uma pesquisa realizada em nível local sobre o assédio sexual nos transportes públicos na capital potiguar.
O resultado desta pesquisa será divulgado aqui no Brechando.
A ideia, com a divulgação da pesquisa e com a campanha, é que as mulheres sejam encorajadas a reagir e denunciar. O assédio é entendido como uma contravenção penal, e assim o sendo, é um crime. Alguns casos de assédio/importunação ofensivas se configuram como estupros e são tratados pela lei desta forma. A campanha também estará presente nas redes sociais com a hashtag #Natalcontraoassédio.
Serão realizadas abordagens aos passageiros e passageiras em pontos estratégicos nas quatro regiões da capital durante o mês de março: no dia 08, na zona sul a partir das 8h; no dia 15, na zona norte a partir das 16h; no dia 22 na zona oeste no mesmo horário e no dia 29, na zona leste, também às 16h. Além da distribuição de material informativo, também serão realizadas apresentações do teatro da STTU sobre o tema, para chamar a atenção de passageiros e passageiras.
Além disso, haverá cartazes no interior dos ônibus e busdoor. Os painéis luminosos da STTU também exibirão mensagens chamando atenção para o enfrentamento ao assédio sexual nos transportes públicos.
Segundo pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro de 2017 pelo jornal Folha de São Paulo, quatro em cada dez brasileiras já relataram ter sofrido assédio sexual.
Em números exatos, a pesquisa identificou que 42% das mulheres entrevistadas relataram ter sido vítima de algum tipo de assédio. Foram 1.427 brasileiras entrevistadas, com idade acima dos 16 anos. O índice de mulheres assediadas passa a ser maior, 45%, quando o público feminino tem entre 16 a 24 anos.
O assédio acontece com maior frequência na rua, 29%, e no transporte público, 22%, seguidos do ambiente de trabalho, 15%, o espaço escolar, 10%, e a própria residência, 6%.
A pesquisa também mostra variações conforme o tamanho da cidade: nos municípios com até 50 mil habitantes, 30% das mulheres se dizem vítimas de abuso; nos municípios com mais de 500 mil habitantes, o índice sobe para 57%.
Já a Livraria Saraiva, para incentivar a participação feminina no meio literário, vai oferecer 50% de desconto para itens de papelaria e também alguns dos livros mais vendidos. Para que todas possam participar, o Clube de Leitura Leia Mulheres preparou uma lista sugerindo títulos de algumas das autoras mais importantes da cena literária brasileira.
Marcam presença Carolina Maria de Jesus, a primeira escritora negra famosa do Brasil, autora do célebre Quarto de Despejo, a feminista negra Angela Davis, que recentemente lançou Mulheres, Raça e Classe, além da escritora e romancista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, responsável por sucessos como Americanah.
Por uma série de motivos, a leitura não é um dos hábitos mais populares do Brasil. Pesquisas dão conta que 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro. Ao fazer um recorte de gênero, é possível constatar um interesse maior das mulheres, que consomem 50% mais livros do que os homens, principalmente as entre 16 e 35 anos, responsáveis por 43% do total de compradoras.
Outro dado interessante destacado por Marcelo Ubríaco é a divisão por região. As mulheres que vivem no Sudeste comprar mais livros, seguidas pelas do Nordeste. Depois aparecem as dos Centro-Oeste e Norte.
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