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Cinco fatos sobre a seca que assola quase todo o Rio Grande do Norte

A seca do Nordeste, muitas vezes, é citadas em livros e filmes. Mas, poucas pessoas possuem informações de verdade sobre o que está passando. O Rio Grande do Norte é uma das cidades que quase uma década está apresentando fortes índices de seca. Quase todas as cidades do estado estão em situação de emergência. A…

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A seca do Nordeste, muitas vezes, é citadas em livros e filmes. Mas, poucas pessoas possuem informações de verdade sobre o que está passando. O Rio Grande do Norte é uma das cidades que quase uma década está apresentando fortes índices de seca. Quase todas as cidades do estado estão em situação de emergência. A seguir cinco dados sobre a seca:

1) 93% dos municípios do Rio Grande do Norte estão em situação de seca

Esse número pode parecer exagerado, mas não é. Dos 163 municípios do estado, apenas 10 não estão em situação de emergência, que são: Natal, Parnamirim, Goianinha, Ares, Extremoz, Rio do Fogo, Tibau do Sul, Baía Formosa, Senador Georgino Avelino e Vila Flor. Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, por ficar na região do semiárido está em uma das cidades que está na lista de que sofrem com a seca. Da Região Metropolitana, apenas Natal e Parnamirim não estão na lista.

Nesta foto a seguir mostra a cidade de Sítio Novo, região do Trairi, com seu açude extremamente seco:

Se ampliar a foto na parte inferior e esquerda a gente consegue ver o chão rachado e cardumes mortos (Fotos: Hermano França)

2) Em setembro, o Governo do Estado decretou situação de emergência para as cidades que sofrem com a seca

O decreto pede a prorrogação do estado de emergência por mais 180 dias (seis meses). Esta é a nona vez seguida de decretação de emergência devido à estiagem que já dura pelo menos seis anos consecutivos, segundo o Governo.

3) Problemas na agropecuária, principal economia de quase todas as cidades

De acordo com a publicação, estima-se que o setor agropecuário, incluindo-se a pesca do Rio Grande do Norte, venha sofrendo uma perda de receita da ordem de mais de R$ 4 bilhões (72,30% na agricultura; 27,70% da pecuária) ao ano por causa da estiagem.

4) A tendência da seca é piorar cada vez mais

Ainda falando sobre o mesmo decreto, ele ressalta que as principais fontes hídricas para o combate à seca também apresenta problemas. Dos 47 reservatórios monitorados no primeiro semestre de 2017, 11 estão secos e 18 estão em volume morto. Inclusive a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado, que ajuda abastecer as principais cidades da Região Oeste. A cidade antiga de São Rafael, que ficou submersa para construir esta mesma barragem, já voltou a aparecer.

5) Algumas cidades apresentam rodízio de água

Cidades relativamente grandes, como Caicó, já apresenta rodízio da distribuição de água por conta dos açudes e barragens estarem secos. Atualmente, 76 cidades estão com algum tipo de rodízio de abastecimento e 18, em colapso hídrico – quando a Companhia que fornece água admite que não tem condições de manter o abastecimento e as cidades passar a ser fornecimento por caminhões-pipa. Estão em colapso: Almino Afonso, Antônio Martins, Francisco Dantas, João Dias, José da Penha, Luís Gomes, Marcelino Vieira, Paraná, Pilões, Rafael Fernandes, São Miguel, Serrinha dos Pintos, Tenente Ananias, Venha-Ver, Bodó, Cruzeta, Lagoa Nova e Tenente Laurentino Cruz.

A pior cidade que apresenta colapso no abastecimento é Luís Gomes, que faz fronteira com o Ceará. A barragem Dona Lindu está há mais de cinco anos sem receber água da chuva.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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