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Sexta-Feira 13: lenda da coruja rasga-mortalha em Natal

Hoje é sexta-feira 13. O que vai mudar na sua vida? Em nada, porém alguns consideram um dia ruim. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do Zodíaco. Já o 13 é considerado um…

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Hoje é sexta-feira 13. O que vai mudar na sua vida? Em nada, porém alguns consideram um dia ruim. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar.

Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se pela tradição, o mais azarado dos dias. Por isso, um prato cheio para indústria cultural fazer diversos produtos midiáticos sobre o assunto. Como filme “Sexta-Feira 13”, que tem o ilustríssimo Jason.

Para complementar os dias assustadores, vamos falar de mais uma lenda urbana de Natal (achaca que já tinha falado de todas): a coruja na Igreja Matriz, também conhecida como a Catedral Velha/Antiga.

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Achei a história em vários blogs que falam a história do Rio Grande do Norte, como Ventos Nordeste e História do Rio Grande do Norte.  Vamos narrá-la a seguir:

Na mitologia grega, as corujas estão associadas à deusa Atena, ligada à sabedoria e hoje é símbolo do curso de Filosofia. Durante a Idade Média, as aves eram vistas como bruxas (agora, você entende quem entrega as cartas de Hogwarts era uma coruja). Já nas terras tupiniquins, principalmente na região Nordeste, elas eram tratadas como almas humanas que ainda não foram para o outro lado e estão castigadas pelo mal que fizeram.

Agora vamos chegar no Rio Grande do Norte, reza a lenda que era comum ver a noite na Igreja Matriz e em outros pontos da cidade uma coruja perambulando durante a noite e madrugada.

Também conhecida como Rasga Mortalha, a coruja (foto acima do título) reaparece e desaparece aleatoriamente e muitos acham que seu canto é de mau agouro, sendo sinal de morte. O próprio apelido veio como uma tiração de sarro do som do seu canto seria o som de corte de uma mortalha, tecido usado para vestir os mortes.

Quando ela passa em seu voo e canta sobre uma casa seria o sinal de que alguém morreria em breve. Para Luís da Câmara Cascudo, a Rasga-Mortalha é “uma pequena coruja alvacenta, de voo pesado e baixo”.

Há uma lenda que conta a história da filha de mais de 30 anos que era paga para chorar em velórios e cemitérios. Esta mulher muito inteligente e culta recebeu o apelido de coruja. Assassinada misteriosamente, seu pai, através das cartas de tarô, descobriu que a mandante do crime era uma mulher que não aceitava o namoro da falecida com o filho.

Então, o pai, que era feiticeiro, ordenou que o espírito da jovem ficasse dentro de uma coruja rasga-mortalha e enviou para casa da então mãe do namorado da filha, que morreu no dia seguinte.

A partir daí, sempre que alguém estava prestes a falecer, a coruja branca pousava na casa da vítima e fazia aquele som estranho. Por causa destas histórias, o animal recebeu o apelido de Rasga Mortalha.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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