O escritor potiguar, radicado em Fortaleza, Thiago de Góes lançará o seu mais novo livro “Cavalo Negro e outras histórias fabulosas”, que retrata sonhos misteriosos, viagens no tempo, mundos paralelos, comunicações espirituais e reminiscências infantis. Por isso, ele fará uma atividade especial neste sábado (26), seu lançamento acontecerá no Colégio Nossa Senhora das Neves, no Alecrim, das 14 às 18 horas, onde os jovens alunos vão lhe entrevistar, acompanhado dos professores e membros da Academia de Leitores da instituição de ensino.
Alguns contos do livro foram, inclusive, trabalhados em sala de aula e esta será uma oportunidade para que os estudantes troquem ideias sobre as narrativas, diretamente com o escritor. São sete narrativas surreais que compõe o livro Cavalo Negro e outras histórias fabulosas.
Cavalo Negro é um mergulho na literatura fantástica, trafegando entre os símbolos inconscientes da linguagem onírica e as emoções subjacentes ao universo infantil. Nela, o mundo real é subvertido por meio do pensamento intuitivo e do acesso ao sobrenatural. “Nada é banal”, explica Thiago.
Em suas histórias, a imaginação é a força motriz que liberta ou aprisiona os personagens. Em doces e perigosas viagens no tempo e no espaço, a narrativa flui nos mais inusitados seres, “reais” ou mitológicos: bonecos, medusas, unicórnios, centauros, ou simplesmente humanos abismados com uma realidade absurda que teima em se apresentar aos olhos incrédulos. Por fim, a literatura de Thiago de Góes é uma forma de subverter a banalidade do cotidiano.
Um dos contos foi inspirado no poema “E agora, José?”, do poeta Carlos Drummond de Andrade, no qual Góes apontou que seu processo criativo para escrever esta série, que chama carinhosamente de “contão”, foi bastante intuitivo. Cada uma das sete histórias foi pensada separadamente. Variam inclusive no estilo. De fato, elas podem ser lidas de forma independente umas das outras. Fazem sentido tanto isoladas como no conjunto. “Isso foi muito divertido para mim. Ao término de um conto, eu não sabia como seria o outro, e assim por diante”, diz.
Ele também revela que decidiu escrever um conto inspirado no poema de Carlos Drummond de Andrade, quando ouvia a versão musicada de “E agora, José?”, na voz do cantor Paulo Diniz. Sua primeira dúvida foi: o eu lírico está com pena de José ou, muito pelo contrário, está se deliciando com sua desgraça? “Lembro que, na minha adolescência, minha interpretação pendia para a primeira hipótese. Mas agora tenho certeza que caçoaram do pobre José. Imaginei até risadas de escárnio entremeando a voz do cantor. Como disse um amigo, toda releitura é diferente da anterior”.
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