Foto: Agência Fotec
Muitos deficientes lutam para que tenham diversos mecanismos e possam voltar a se locomover sem dificuldades ou em atravessar sem problema em lugares que desobedecem as regras de acessibilidade.
O cientista Miguel Nicolelis é um dos neurocientistas que desenvolve um exoesqueleto que ficou famoso na Copa do Mundo. Entretanto, um grupo de pessoas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mais precisamente do Instituto Metrópole Digital (IMD), conseguiu desenvolver um similar, sendo apenas para paraplégico, e está na fase de prototipagem.
O nome do exoesqueleto é “Ortholeg” e surgiu a partir de um projeto do Laboratório de Robótica do Departamento de Engenharia de Computação e Automação. O projeto, que vem sendo desenvolvido há 9 anos a partir de um trabalho de mestrado do professor Márcio Valério.
O Ortholeg pretende dar mais acessibilidade e mobilidade a pessoas que perderam os movimentos das pernas.
O laboratório tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de pesquisas, produtos tecnológicos e formação de recursos humanos, visando os sistemas robóticos autônomos e sistemas em tempo real dedicados a usos específicos.
A ideia não é que o usuário se adapte à órtese e sim que ela se adapte ao usuário. Aí o tempo de treinamento e o consumo metabólico do usuário são menores. Quer dizer, a máquina se adaptará de acordo com as características físicas de quem for usá-la. Para o usuário mover a órtese através de comandos simples, os pesquisadores trabalham em parceria com o Departamento de Fisioterapia, que conta com o Laboratório de Análise do Movimento Humano.
O protótipo tem um conjunto de motores ligados em um sistema de processadores, presentes na parte de trás do equipamento. O exoesqueleto é acionado via Wi-Fi, com botões instalados nas muletas. Apesar de colocar muletas, o equipamento é mais simples e de fácil utilização em comparação com os existentes do mercado.
“As muletas têm a função de fornecer o equilíbrio ao usuário. Se não fosse as mesmas, ele poderia cair”, comentou o doutorando Nicholas Bastos, participante do projeto e ajuda na programação da órtese.
“A órtese ficou muito tempo parada pela falta de alunos em ajudar na programação”, lamentou.
De acordo com Nicholas, o projeto já testou em algumas pessoas saudáveis, mas ainda serão testados em pessoas paraplégicas e precisa ter aprovação do Conselho de Ética de Fisioterapia para começar os testes para pessoas deficientes.
Além do exoesqueleto, as principais áreas de atuação do Laboratório de Robótica são: navegação autônoma, manipulação e visão robótica, arquiteturas de software/hardware embarcadas, sistemas em tempo real, protocolos de comunicação, controle de movimento, arquiteturas de controle, sensoriamento e fusão de sensores e de sinais de controle.
Deixe um comentário