Weaver é um protótipo de um produto que pode ajudar a recuperar o tecido de uma roupa após “aquele rombo”. Quem nunca perdeu uma camiseta por um furo debaixo das axilas? Este pequeno produto, arredondado e com um design clean promete acabar com todos estes problemas. E o melhor, este projeto vem de uma designer do Rio Grande do Norte, a jovem Larissa Trindade, de 25 anos.
Ela está concorrendo com estudantes de Design de diversos países. O vencedor vai ganhar um prêmio em dinheiro, além de um estágio de seis meses na empresa. “Fiquei sabendo do prêmio por um professor na universidade. Me identifiquei com o briefing do concurso, vi uma oportunidade de criar uma solução a um problema e mudar os hábitos das pessoas através do design”, afirmou a jovem.
O Weaver começou a ser desenvolvido em março deste ano e ela não esperava que chegasse entre os semifinalistas. “Não, realmente não esperava, ainda estou surpresa com o resultado”, comentou a designer, que não sabia qual profissão seguir na época do vestibular.
“Não sabia bem a profissão que iria seguir até a época do vestibular que foi quando descobri a área de design. O interesse por criar produtos veio junto com essa descoberta do Design, Estamos cercados por produtos que não funcionam e experiências frustrantes, e vejo que como designer é o meu dever notar esses problemas e melhorar a vida das pessoas”, garantiu.
Como funciona o Weaver? É uma bola que se divide e ela ajuda a recuperar aqueles tecidos que estão rasgados. A ideia do produto surgiu a partir de necessidades reais, de observações do cotidiano. “Meu primo tinha uma camiseta de super-herói, ele acreditava que essa camiseta o fazia ter superpoderes, quando a camiseta rasgou ele ficou muito triste, era como se tivesse perdido esses poderes. Foi ali que notei quantas vezes vivenciei essa mesma história, o vestido novo da minha mãe que havia rasgado, minha calça favorita que desbotou, notei que isso acontece todos os dias com várias pessoas, e percebi que algo poderia ser feito pra mudar essa realidade”, contou.
De acordo com Larissa, as crianças crescem com essa mentalidade, que tudo é descartável: rasgou, não presta, joga fora. “Temos ciência de que a industrial têxtil é uma das que mais polui e já enfrentamos inúmeros problemas ambientais, se nada for feito esses problemas serão ainda maiores no futuro”.
O concurso é composto de várias etapas. Primeiro, Larissa submeteu o projeto entre outros 1500 candidatos, a Electrolux selecionou os 100 melhores para a próxima etapa. O público, através da votação, ajudou na seleção dos 35 projetos que foram para a próxima fase.
Ela também recebeu um comunicado dos especialistas da Electrolux, sobre o que gostariam de saber do projeto e enviou um desenvolvimento do produto de acordo com o que foi solicitado pela empresa.
Agora no top 35, o público vai escolher apenas um vencedor que irá ganhar o prêmio do júri popular. Serão seis projetos que irão para a final, que acontecerá dia 15 de Outubro em Helsinki, Finlândia. Mas vale ressaltar que a votação termina dia 14 de setembro. O Weaver está em segundo lugar, atrás apenas de uma menina de Taiwan. Bora votar, galera!
Para votar é só acessar o site http://po.st/Weaver.