Era uma tarde de uma segunda-feira qualquer, mais ou menos 10 minutos para 16 horas, quando percebi algo que nunca chamou a minha atenção. Há quase uma década, um prédio deveria habitar alguns moradores do bairro de Capim Macio, zona Sul de Natal.
O edifício, que só está com a estrutura pronta, fica na Rua Desembargador José Gomes da Costa e ao lado de uma igreja católica.
Ao invés de moradores de famílias de classe média alta ou sem-tetos ocupando, o local abriga 10 cachorros (sendo que um era filhote com alguns meses de vida), alguns gatos e pombos circulando no terreno. Não sabemos se os animais foram abandonados ou estão por acaso.
Se olhar no Google Maps, mais precisamente na parte do Street View, o prédio continua do mesmo jeito desde outubro de 2011.
Por que o prédio foi abandonado? A empresa faliu? Aconteceu algum problema? Vários pensamentos apareceram: “Há uns 10 anos, um apê em Capim Macio custava, em média, 400 mil reais, principalmente por estar mais perto de Ponta Negra. Os moradores tiveram prejuízo de quantos reais?”, “Será que os moradores botaram a empresa na Justiça?”, “Algum sem-teto invadiu aquele lugar uma vez?” ou “O que a vizinhança acha disso?”.
Alguns questionamentos, claro, não foram respondidos, pois não havia um muro identificando nome da obra ou construtora que pertencia este serviço. Havia apenas um cercado. As únicas coisas identificáveis que restaram foram as pichações próximas do que seria a garagem do condomínio, vistas ao longe.
Os cachorros eram bonitos, aparentemente saudáveis e bastante receptivos. Quando lhes fotografei, rapidamente apareceram em minha direção e começaram a latir fortemente. Parecia um sinal de me deixar agoniada ou com medo, mas rapidamente simpatizaram comigo e tentaram pular em cima de mim para lamber, apesar da cerca ter impedido que isso acontecesse. Um deles era filhote e estava sendo amamentado pela mãe.
Depois, analisei melhor o prédio, que aparentemente tinha 15 andares (sou péssima em contas). Observando melhor, eu olhei que pombos estavam na varanda, sendo usados como ninhos. Ao fundo, eu consegui ver alguns gatos. Todos vivendo em harmonia.
Tentei pesquisar uma matéria se tinha algo relacionado à este prédio. Até o momento, não tinha nada. Só achei um comentário numa reportagem publicada na Tribuna do Norte, no dia 22 de setembro de 2013, no qual uma pessoa, identificada como “Lauro_Foto” reclamava da presença dos animais na vizinhança. Vide o comentário a seguir:
Realmente, eu tentei procurar se tinha algum vigia rodando por aquele terreno. Ao longe, eu vi um senhor sentando, próximo de um outro cachorro. Era a única “presença humana” naquele local. É algo diferente em relação às outras matérias sobre prédios abandonados, que mostram os problemas da vizinhança com pessoas abrigando o local para servir como ponto de venda de drogas, além de proliferação de doenças, como dengue.
Os cachorros e gatos são bem cuidados? Aparentemente sim. É um local adequado para morar? Não. Ninguém sabe se existe animais peçonhentos que lhes fizeram contrair algo como a doença do carrapato ou pulgas. Além disso, os pombos urbanos é hospedeiro de diversos seres que podem ser prejudiciais à saúde humana.
O que fazer com eles? Existe uma forma de amenizar o problema do prédio? Os moradores daquele prédio tomam alguma providência?