Vantagens de realizar caminhadas matinas: “brechar” o mais inesperado. No final da manhã desta terça-feira (4) resolvi caminhar no calçadão da Avenida Engenheiro Roberto Freire, no bairro de Capim Macio, zona Sul de Natal. Vale lembrar que a estrutura fica próxima de uma área de preservação ambiental protegida pelo Exército Brasileiro e faz parte do Parque das Dunas.
Para quem não sabe, isto é uma reserva de 1.172 hectares de Mata Atlântica, criada em 1977. Foi a primeira unidade de conservação ambiental implantada no estado do Rio Grande do Norte. É parte integrante da reserva da biosfera da Mata Atlântica reconhecida pela UNESCO e, por isso, declarada Patrimônio Ambiental da Humanidade.
O parque distribui-se por vários bairros da zona Sul e Leste da cidade, se estendendo ao longo da Via Costeira, onde abriga também o Centro de Convenções de Natal. Lá tem alguns animais nativos da Mata Atlântica e, algumas vezes, eles fogem para a via.
Neste caso, encontrei dois/duas iguanas que estavam caminhando tranquilamente sobre o calçadão, sem se preocupar com a presença dos humanos que praticavam os seus exercícios físicos. É comum ter répteis circulando dentro do Parque das Dunas.
Pelo que pesquisei na internet, alguns chamam erroneamente de camaleão. É um réptil pertencente à família Iguanidae, a qual possui atualmente mais de 35 espécies. É também popularmente conhecida como iguana-verde ou sinimbu. A palavra iguana tem origem no latim e significa “lagarto”.
A iguana-verde tem sua distribuição geográfica restrita a áreas tropicais e subtropicais da América, ocorrendo em grande parte deste continente, desde o México até o Brasil e o Paraguai. No Brasil estes animais podem ser encontrados em ecossistemas como a Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica nordestina.
A espécie apresenta atividade diurna e pode ser encontrada tanto na copa de árvores como no solo, geralmente próxima a corpos d’água (são animais que nadam com muita agilidade). Os jovens alimentam-se principalmente de insetos e os adultos são herbívoros generalistas (alimentam-se de folhas, brotos, flores e frutos). Apesar de serem predominantemente vegetarianos, existem relatos de que estes animais também comem ovos, filhotes de aves e até mesmo carniça. Quando ameaçados, podem utilizar a cauda como um chicote e desferir mordidas como comportamento de defesa.