Walt Disney World surgiu do desejo de Walt Disney de criar um espaço ainda mais imersivo do que a Disneylândia da Califórnia, inaugurada em 1955. Após observar limitações de expansão no primeiro parque, ele buscou um vasto terreno onde pudesse desenvolver um “projeto experimental do futuro” e um complexo de entretenimento completo.
A escolha recaiu sobre a região de Orlando, na Flórida, devido ao clima favorável e à disponibilidade de áreas extensas e pouco povoadas. Assim, em 1965 foi anunciado o ambicioso empreendimento que, após a morte de Walt, foi concluído por seu irmão Roy O. Disney, culminando na inauguração de Walt Disney World em 1º de outubro de 1971. E quando surgiu o interesse dos natalenses para viajar?
Nos anos 70, devido ao tamanho do Aeroporto Augusto Severo, os natalenses (mais abastados) tinham que pegar um voo para Recife que tinha um voo direto para Miami, cidade que fica quatro horas de Orlando, cidade onde fica os parques temáticos da Walt Disney.
Neste período, a Varig tinha parcerias com as principais agências de turismo e também fazia anúncios nos principais jornais. A propaganda acima, por exemplo, achei no Diário de Natal. O voo através do Boeing 707, um dos aviões mais modernos da época.
O Boeing 707 foi um dos aviões mais importantes da história da aviação comercial, responsável por inaugurar a era dos jatos de passageiros no final da década de 1950. Com seu design elegante, quatro motores a jato e capacidade para voar longas distâncias em alta velocidade, o 707 revolucionou o transporte aéreo ao reduzir drasticamente o tempo de viagem entre continentes.
Na década de 70, a Varig em parceria com a Disney para divulgar as viagens faziam lançamento de filmes e estimulava a viagem. No ano de 1973, a coluna de Paulo Macedo divulgou o coquetel que aconteceu no Hotel Reis Magos com a presença dos personagens de “Se minha cama voasse”, o Urso e o Leão, além da presença de Miss Varig.
Somente nos anos 80 começou em Natal aparecer as primeiras agências que estavam fornecendo pacotes de viagem para os jovens conhecerem os parques e não tinha esse marketing para comemorar os 15 anos na Terra do Tio Sam.
Como o anúncio mostra, o poder de persuasão era mais voltado para levar as crianças nas férias. Enquanto isso, em Natal, a população que não tinha acesso à viagem internacional se contentava com a tradicional Cidade da Criança.
Somente quem iria para Disney era uma pessoa muito rica ou ganhasse numa promoção fornecida por uma instituição pública, ou privada.
Apenas o crescimento de duas agências de Natal, no final dos anos 80, que tinha voos saindo de Natal. Como? Por meio de promoções estimulantes, além de presença de famosos e participação de programas.