Home/Curiosidades / Quando a Cosern foi privatizada?

Quando a Cosern foi privatizada?

Cosern Privatizada

Aqui vamos contar em que ano que a Cosern foi privatizada e todas as etapas para que isso acontecesse.

Compartilhe:

A distribuidora de energia elétrica do Rio Grande do Norte é a Cosern e sua principal característica deve-se ao fato de ser uma empresa de iniciativa privada, sob administração de um grupo europeu: Neoenergia. Mas, isto aconteceu durante o ano de 1997, quando o Governo do Estado, na época gerido por Garibaldi Alves Filho, vendeu por R$ 676,6 milhões de reais.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o ágio, outro nome para cotação, foi de 73,61% sobre o preço mínimo.

A compra foi feita pelo grupo Uptick Participações e Guaraniana, que na época administrava 52% do capital da Companhia de Eletricidade da Bahia. Sobre a Guaraiana era uma sociedade formada Iberdrola (39%), Previ (16%), Banco do Brasil (12%) e por fundos administrados pelo BB (33%).

Depois, a Guaraniana seria conhecida como Neoenergia. Já a Uptick é formada por oito fundos de pensão de empresas distribuidoras de energia elétrica do Nordeste. Além disso, era a primeira vez da Upstick em um consórcio vencedor de um leilão. Ela ficou com 4,61% do capital total da Cosern.

Outros grupos que queriam a Cosern


Três grupos apresentaram propostas em envelopes fechados no leilão de ontem. Houve uma grande disparidade entre o lance vencedor e os dos dois derrotados.

A CMS Rio Grande do Sul Ltda., subsidiária da operadora elétrica norte-americana CMS, ofereceu R$ 413,4 milhões (ágio de 6,11%). Já o consórcio formado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a norte-americana Houston Industries Energy ofereceu R$ 411,1 milhões (ágio de 5,52%).

E o dinheiro?


No mesmo jornal, o governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), disse que, do total apurado com a venda, o Estado ficará com aproximadamente R$ 520 milhões.

O objetivo, inicialmente, era para as obras de infraestrutura, especialmente abastecimento de água, em segurança, educação e saúde. A privatização fez, portanto, com que Alves Filho não tivesse um terceiro mandato de governador em 2006.


O restante do dinheiro pagou antecipadamente as receitas feitas pela Eletrobrás e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), incluindo a remuneração das duas estatais sobre a valorização das ações da Cosern.


O cálculo de Alves Filho sobre a parcela destinada ao Estado não leva em conta a resolução do Senado Federal que determina o uso de 50% das receitas de privatizações dos Estados para abatimento das suas dívidas com a União. A resolução virou caso de Justiça pela falta de transparência.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar Praia projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus