As pessoas pensam que Escola de Samba são apenas no Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, quase todas as capitais do Brasil tem os seus desfiles. Em Natal, isto não foi diferente, são dezenas de escolas que se preparam o ano inteiro para desfilar numa avenida, com arquibancadas improvisadas na avenida Duque de Caxias e a criatividade tirada para transformar um pedaço de tnt, lanteloja e cola quente em adereço.
Há exatamente uma semana, fui ver os desfiles do Grupo B da Escola de Samba de Natal, no qual todas estavam com um só objetivo: lutar pelo baixíssimo prêmio de R$ 35 mil e subir para elite.
Das cinco escolas que desfilaram, quase todas resolveram homenagear artistas, mostrando a falsa ideia de que a periferia natalense, onde fica a maioria de suas sedes, desconhece de sua cultura.
É uma forma de lazer para as pessoas que não tem tempo e muito menos grana de ir ao Midway ou algo do tipo. Afinal, é muito mais barato sair da Rua do Motor, em Brasília Teimosa, e descer para Ribeira. Sem contar que é um momento de descontração com amigos e famílias.
Entre um carro e outro, havia um churrasquinho, uma caipirinha e confraternização questionando se a escola iria estourar o tempo ou se aquele carro alegórico realmente empenhou.
Pessoas com encanto da Escola de Samba, mesmo sendo Grupo B

Primeiramente, quando lemos “Desfiles das Escolas de Samba do Grupo de Acesso”, a gente erroneamente pensa: “Deve ser só as fantasias ruim, porque são as escolas mais lisas. Vou nada.”. Por mais que elas estejam na “segunda divisão”, elas precisam ainda ser mais criativas e chamativas.
Quando não é com a fantasia, eles criam um samba carismático que rapidamente as pessoas começam a cantar e fica doida para saber se tem o mp3 numa rede social.
Sem contar que o dinheiro da verba da Fundação Capitania das Artes (Funcarte) é muito pouco, há poucos patrocinadores e isto faz com que o desfile do Grupo B seja mais desafiante.
Por fim, todas as escolas conseguiram desfilar. Algumas com mais luxos, outras com fantasias mais simples e
Quais foram as escolas que vimos

Vimos a Imperatriz Alecrinense, que todos lembram do nome por conta de sua quase xará do Rio de Janeiro. A mesma está há algum tempo no acesso e já foi da elite natalense. Eles resolveram homenagear a artista Dodora Cardoso, no qual o enredo tentou contar de forma linear a história da cantora, mostrando sua vida em Caicó até o Beco da Lama.
Depois, veio o Confiança do Samba, que tentou criticar a corrupção. Mas, se destacou pelas fantasias bem elaboradas.
Ainda teve a União do Samba, que homenageou o Lula Belmont e as Kengas. Contamos a sua história na nossa série de reportagem sobre blocos de carnaval neste ano. Além disso, o desfile contou com a presença de artistas locais, do Lula e, claro, das Kengas de diferentes anos.
A noite encerrou com Imperatriz Alecrinense e Batuque Ancestral.
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