O RN em 2023 patenteou uma máquina que ajuda a obter a diatomita. Este, por sua vez, é um composto cerâmico onde pode se usar em inúmeras funções. Um maquinário sob a criação de cientistas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ajudará o minério para resistir a maiores atritos e carga.
Ismar Paulo Siqueira de Andrade, um dos participantes do projeto, explicou para o portal da UFRN, que os materiais cerâmicos podem ser classificados como tradicionais e como cerâmicas avançadas, as que são mais resistentes, garantindo a qualidade e a confiabilidade.
Diatomita é uma matéria-prima mineral de origem sedimentar e biogênica, constituída a partir do acúmulo de carapaças de algas diatomáceas que foram se fossilizando, desde o período pré-cambriano, pelo depósito de sílica sobre a sua estrutura.
Por causa disso, esses compósitos utilizam na criação de peças e sensores especiais, equipamentos médicos, motores e turbinas para sistemas de energia, materiais de corte e componentes eletrônicos.
“80% da produção nacional deste minério está no Nordeste, sobretudo nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte. Portanto, temos também um benefício social direto à região”, destaca Ismar de Andrade.
Atualmente, Ismar é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). O pesquisador concluiu seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) da UFRN. Assim, nada mais natural que o resultado da tese seja um indicativo de retorno para agregar valor a um mineral da região.
O que faz esse minério mais comum no RN?
O diatomito é comum ver em inseticidas, pomadas, forma de pincel, polimento de metais, pigmentos, cascos de navio e dentre outros. Ainda mais começou o uso há dois mil anos atrás pelos gregos em cerâmica. Hoje é componente de centenas de produtos e vital na fabricação de milhares de outros.
Orientador do estudo, Carlos Alberto Paskocimas relata que a Diatomita é um mineral proveniente da fossilização de pequenos organismos.
O professor do PPGCEM realça que, ao fazer essa “manipulação” do material, implementa-se mais uma utilização para esse mineral.
Dentro da máquina utiliza-se concentrações mais altas de diatomita e desenvolvidos 18 ciclos de sinterização. Posteriormente, o minério irá se submeter a temperaturas elevadas, situação que propicia alterar a estrutura microscópica.
Os dois cientistas contam que os ciclos aconteceram com variação de temperatura entre 1350 °C e 1600 °C, permitindo fazer com que o minério fosse mais resistente.
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