No coração de Cidade Alta, próximo ao icônico Grande Ponto, a artista Civone Medeiros deixou uma marca efêmera e inovadora ao colar seu fanzine experimental nas paredes do Cine Nordeste. Utilizando um papel que naturalmente se desgastaria com o tempo, Civone desafiou a arte urbana tradicional ao optar por uma forma de expressão que mudaria constantemente com o ambiente ao seu redor.
As páginas, cuidadosamente arranjadas, ofereciam uma narrativa visual única, capturando a atenção dos transeuntes curiosos. Sabendo que a exposição ao ar livre não era permanente, a artista antecipou isso ao integrar um QR Code acessível. Este código levava os espectadores a uma plataforma digital, onde podiam explorar a obra completa em detalhes.
Civone, conhecida por suas explorações artísticas que desafiam as convenções, não apenas transformou um espaço público urbano, mas também incentivou uma interação digital entre a cidade e seus habitantes. Sua obra não é apenas um testemunho da efemeridade do papel, mas também um convite para refletir sobre as formas inovadoras de arte e comunicação na era digital.
Como é o zine
O Zine se chama “Vulgata das Escrituras Sagradas” e alterna com artes do QR Code, onde mistura videoarte com outras manifestações artísticas presentes. Na imagem acima do título e escanear. Além disso, mescla entre o analógico e digital. Para quem não sabe, fanzine é uma publicação independente, geralmente de baixo custo, criada por entusiastas para compartilhar interesses específicos como arte, cultura ou hobbies.
Quem é Civone Mdeiros
Civone Medieros se considera Multiartista, uma verz que é poeta, perfomer, cyberativista, produtora cultural e curadora. Já fez publicações de livros e lançou produtos. De acordo com sua página no Linkedin, ela é integrante do Instituto Cultural Audiovisual Potiguar, o Coletivo Solares, e o Coletivo Autônomo Feminista Leila Diniz. Além disso, participa da Universidade Livre Feminista do Brasil, o Coletivo AME e a Casa Artística na Rua Jaguarari.