A incrível ideia de marketing do Discol

A incrível ideia de marketing do Discol

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Estava eu andando pela Cidade Alta, procurando algo para me divertir. Foi nesse período, então, que minha irmã disse que tava no São Julhão do Discol. Primeiramente, normal agora ter festas juninas também em julho. Afinal, diferentemente do Carnaval, São João ou Festas Juninas demoram para terminar. Mas, as festas do Discol estão ajudando fazer com que a loja tenha um novo respiro e um frescor, fazendo com que pessoas que nasceram nos anos 90 ou nos anos 2000 estão indo para a Cidade Alta. Inicialmente, para curtir a festa e somente depois vão a loja. Posteriormente, ainda, os DJs ficam na entrada do espaço, como se fosse um convite para ir. Enfim, precisamos falar do Discol e seu novo marketing.

O espaço trabalhou muito bem na teoria da cauda longa. Para quem não sabe, é sobre como muitas coisas produtos menos populares podem somar mais do que os produtos carro-chefe. Por exemplo, a Discol vende discos, desde CDs até os tradicionais vinis. Mas, ao mesmo tempo, eles promovem festas, vendem acessórios, ecobag, pulseiras e camisetas de banda.

Além disso, eles lançaram camisetas e uma linha própria para mostrar a personalidade natalense na loja e sempre enfatizando as suas origens. A, seguir, algumas fotos do São Julhão.

Mantendo o charme vintage, introduziram uma seleção eclética de vinis raros e lançamentos contemporâneos, transformando o local em um ponto de encontro vibrante para amantes de música de todas as gerações.

Sobre o Discol

Um dos ramos do antigo Grande Ponto, a rua João Pessoa no bairro de Cidade Alta é dividido entre coisas novas e antigas, entre as grandes redes de magazines e os tradicionais. Os edifícios Ducal e Sisal ainda estão lado a lado dos casarões que foram vulgarmente modificados. No piso inferior da loja maçônica da loja 21 de março (um dos primeiros registros da Maçonaria na cidade) está uma resistência da venda de LPs na capital potiguar. 

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A Discol até hoje vende os produtos oferecidos quando a mesma veio eventualmente para capital potiguar no ano de 1975.

Em um espaço mais reduzido, os discos de vinil ainda estão lá utilizados como objetos de decoração ou custando entre 10 a 20 reais, dependendo se o mesmo é raro ou não, além de vender camisetas de bandas de rock e heavy metal, shape de skate, pendrive com música e fornece o serviço de converter VHS em DVD e transformar músicas de vinil e cassete para CD.

“Me lembro que comecei como olheiro na Discol de Campina Grande (PB), a matriz da loja, era bem novinho e tinha 14 anos. Quando eles quiseram se instalar em Natal, eles me chamaram para trabalhar, quase fui na mala do fusca (risos)”, disse Luiz Brás, que trabalha há 43 anos no local e hoje é o proprietário.

A história do Disco e do Luiz se confunde, tanto que o seu nome no Facebook é Luiz Discol. “Quando você se envolve tanto com a loja, as pessoas colocam o nome dela junto com o meu de batismo. Amo trabalhar por aqui, passei por todas as áreas e só vai fechar quando morrer.”. 

Luiz começou como olheiro, depois passou para o balcão e finalmente chegou a gerência. “Fiquei 18 anos na gerência, segundo a minha carteira de trabalho. Somente quando a loja de Campina Grande fechou no início dos anos 2000, resolvi comprar o ponto e administrar a Discol”. 

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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