No último Festival Ponto de Ebulição, realizado no Teatro Riachuelo e organizado pela Pinote Produções. As cantoras Tiquinha Rodrigues e Sarah Oliver abriram as apresentações protagonizaram um momento único. O evento, dedicado exclusivamente a artistas mulheres, destacou-se não apenas pela diversidade musical, mas também pelo poder transformador das vozes femininas.
A intenção é mostrar o que há de mais quente em Natal, afinal o Ponto de Ebulição é quando a água atinge 100ºC.
Como funcionava o Festival
O Festival começava assim, as pessoas se cadastravam para retirar os ingressos gratuitamente. Ao adentrar, você pode sentar em mais diferentes lugares e apreciar o artista.
Durante o intervalo de cada apresentação, você podia voltar ao lounge do teatro e curtir música eletrônica, uma vez que havia a DJ Marti lá. Tudo isso durante os dois dias de evento.
Além disso, você poderia ir na cantina comer uma comidinha, mas muito cara. Entretanto, você pode comer lá dentro da casa de espetáculo. Agora, vamos voltar ao show de Tiquinha e Sarah.
Emoção e Desafio no Palco
Para Tiquinha Rodrigues, participar do festival foi uma experiência profundamente gratificante. Ela enfatizou a importância de projetos como esse, que promovem a presença feminina nos espaços culturais. “Realizar um projeto assim é extremamente gratificante, é sagrado”, compartilhou Tiquinha, visivelmente emocionada. Sarah Oliver complementou, destacando o desafio e a empolgação de unir suas músicas em um show inédito, incluindo composições nunca antes lançadas. “Foi um desafio gostoso demais de fazer, e o show foi incrível. Estou muito contente, ainda energizada pelo evento”, afirmou Sarah.
A parceria entre Tiquinha e Sarah não é apenas musical, mas também uma conexão de longa data. Tiquinha revelou ser fã de Sarah desde os sete anos, e a relação profissional entre elas foi fortalecida através da produtora Carol Carvalho. “A vida colocou a gente em contato através da nossa produtora, Carol Carvalho. Aí a gente foi trocando figurinhas, fez uma participação, depois outra. Agora somos completas”, explicou Tiquinha.
“A arte, sendo bem aceita, cabe em todo canto. Que venham mais projetos como esse”.
Sarah Oliver
A Magia do Teatro Riachuelo
O Teatro Riachuelo, escolhido como palco para o festival, proporcionou uma experiência única para ambas as artistas. Tiquinha descreveu, no entanto, o palco como um “solo sagrado”, onde se sentiu acompanhada por uma banda que proporcionou o suporte necessário para a realização do espetáculo. Sarah, por sua vez, admitiu que a experiência foi nova e desafiadora, mas a presença de Tiquinha trouxe conforto e familiaridade ao ambiente. “Sempre que cantei com ela, parecia que estava cantando na sala de casa. Foi uma experiência muito nova”, compartilhou Sarah.
Promovendo Acessibilidade Cultural
Além de celebrar a música feminina, Tiquinha e Sarah enfatizaram a importância de levar a arte para espaços culturalmente diversos, como o Teatro Riachuelo. “É necessário que a gente consiga levar outros estilos musicais, outras linguagens, outras pessoas para esses espaços que são considerados elitistas”, refletiu Sarah. “A arte, sendo bem aceita, cabe em todo canto. Que venham mais projetos como esse”, acrescentou.
Futuro Promissor e Novos Projetos
Ambas as artistas já planejam futuras colaborações e projetos musicais. A parceria entre Tiquinha e Sarah, que começou com participações esporádicas, promete continuar rendendo novos shows e explorando novos estilos musicais. “Estamos pensando em coisinhas para o futuro. Acredito que há muitos caminhos abertos para nós”, disse Tiquinha.
Simona Talma: Uma História de Renovação e Resiliência
Além da apresentação de Tiquinha Rodrigues e Sarah Oliver, o Festival Ponto de Ebulição também contou com a presença marcante de Simona Talma. A cantora, que enfrentou desafios significativos nos últimos anos, incluindo uma batalha contra o câncer, descreveu o show como um momento de renovação em sua carreira.
“Vencer o câncer e estar aqui viva me mudou internamente”, compartilhou Simona. “Quando não podia cantar, percebi o quanto isso era importante para mim. É parte do meu ser.”
No palco, Simona revisitou seu primeiro disco solo, “A Moça Mais Vagabunda que Há”, lançado há 18 anos. A ideia de regravar o álbum surgiu de Natália Santana, responsável pelo festival, e Simona admitiu sentir medo ao embarcar nessa jornada. “A garota de 25 anos que eu era quando lancei esse álbum não está totalmente aqui, mas algumas coisas dela permanecem. Os arranjos, o estilo, tudo foi mudando e evoluindo.”
A reação do público jovem ao seu trabalho emocionou profundamente Simona. “Quando estou no palco e vejo as pessoas reagindo, sinto uma proximidade muito grande. É como se fossem meus amigos íntimos”, revelou a cantora.
Uma nova visão sobre a carreira
Com uma carreira marcada por diversos projetos e bandas, incluindo Talma e Gadelha, e o projeto Retrovisor, Simona continua a olhar para o futuro com entusiasmo. Recentemente, ela lançou um álbum com a banda Graeosa e tem planos de circular e tocar ao máximo.
Ao refletir sobre sua trajetória na música, Simona reconhece que amadureceu e se tornou mais exigente consigo mesma. “Sempre fui chata”, brinca. “Mas gosto dessa energia de trocar com as pessoas, mesmo que às vezes me sinta desiludida. Não desisto, continuo persistente.”
A garota de 25 anos que eu era quando lancei esse álbum não está totalmente aqui, mas algumas coisas dela permanecem. Os arranjos, o estilo, tudo foi mudando e evoluindo.”
Simona Talma
O show no Festival Ponto de Ebulição não foi apenas uma apresentação, mas uma celebração da resistência e paixão de Simona Talma pela música. “A Moça Mais Vagabunda que Há” marcou o início de sua carreira e, ao revisitar esse trabalho, ela se reconecta com suas raízes e compartilha sua evolução com o público.
Mais atrações
O Ponto de Ebulição teve dois dias de eventos que também ainda contou com Khrystal, Cami Santiz e Gracinha. Além disso, os ingressos nos dois dias esgotaram.
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