No coração do bairro da Ribeira, em Natal, aconteceu a primeira edição do Arraía Frango Frito, evento que rapidamente se tornou um marco no calendário junino da capital potiguar. O festival, que teve como palco o clube Frisson, um espaço gerido por um coletivo de artistas apaixonados por música eletrônica, trouxe uma fusão única de tradição e modernidade. Sempre quis fazer matéria sobre a Frisson, hora de falar um pouco desta festa que ajudou a movimentar a Ribeira, que tanto tempo não ficava agitada.
Primeiramente, um pouco mais perto, a Rampa estava recebendo o Festival Afronte e o after foi de muitos shows. Ademais, no dia anterior, teve uma festa junina, que lotou a Rua Chile, próximo da Rosas do Cartola. Por fim, no antigo Galpão 29, havia um show beneficente de reggae em prol as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Se ficasse morgado, o Yolla Bar, antigo Bar do Reggae, estava reunindo a galera que queria só beber ao som de Luiz Gonzaga.
Santo Uber
A Frisson fica mais perto da Avenida Tavares de Lira do que do Largo da Rua Chile. Por isso, era normal os fãs da Frisson pedir para parar no primeiro cruzamento. Quando viram que só havia uma única entrada, o desespero de andar a pé até o largo foi grande. Primeiramente, era longe, independente se fosse para rua Frei Miguelinho ou andar pela Avenida Duque de Caxias.
Na Frei Miguelinho, ainda tinha que enfrentar o Beco da Quarentena. E esse perrengue chique não aconteceu apenas comigo, mas também por um casal chamado Kimberly e Camila. Quando descemos, a gente se uniu para conquistar o objetivo final. A sorte é que a Uber que peguei deu carona de graça para deixar a gente com segurança. Fazendo natalenses felizes e prontos para aproveitar o último dia de festa junina.
Não é só de música eletrônica se vive a clubber
O Arraía Frango Frito destacou-se por não se limitar apenas à música eletrônica. Em um gesto inovador, o evento apresentou remixagens de forró e brega funk, proporcionando uma experiência sonora que encantou o público. Além das remixagens, o festival contou com apresentações de bandas ao vivo, que mantiveram a tradição do forró e garantiram que ninguém ficasse parado.
Ô povo doido que foi! O público, que se reuniu em centenas, trouxe a alegria e a energia que são características do São João. Alguns chegaram a se passar, como dançar até o chão. Vestidos com camisas de xadrez, parecendo que foi ao show do Nirvana, os participantes dançaram até o chão, beijos triplos, gente bebendo água de esgoto (fiquei em choque porque depois ele beijou uma menina), muita gente com menos de 30 anos e os que estão na categoria millennial (+30) se sentido velho para dançar.
E você podia estar usando camiseta de rock, mas tinha certeza que ficou imitando Joelma quanto tocou “A Lua me traiu”.
Sem contar que tem as músicas, criando um clima de confraternização e celebração. A atmosfera festiva do Arraía Frango Frito proporcionou momentos especiais, especialmente para aqueles que estavam acompanhados de seus crushes, tornando a noite ainda mais memorável.
O Frango Frito teve rango?
A gastronomia também teve um papel de destaque no Arraía Frango Frito. Comidas típicas juninas foram cuidadosamente preparadas e organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e seus parceiros, oferecendo uma variedade de pratos tradicionais que agradaram a todos os paladares. Pamonha, canjica, milho cozido e outras delícias típicas estavam disponíveis, criando uma verdadeira festa para os sentidos.
O Arraía Frango Frito conseguiu, em sua primeira edição, criar uma conexão entre o tradicional e o contemporâneo, promovendo uma celebração junina única e inclusiva. A diversidade musical, a deliciosa comida típica e a animação do público garantiram o sucesso do evento, que já deixa expectativas elevadas para as próximas edições. Com certeza, o Arraía Frango Frito chegou para ficar, enriquecendo ainda mais as tradições do São João na Ribeira.
Vídeo do Arraía do Frango Frito
Ainda diz um vídeo mostrando um pouco de como foi o espaço. Dê o play, portanto, logo abaixo: