Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decretou deterioração da região chamada Costa Branca, principalmente na parte de geossítios no semiárido. Além disso, o estudo, publicado na revista Water, é fruto do trabalho de Thiara Rabelo. A pesquisadora fez durante seu estágio pós-doutoral no programa de Pós-graduação em Geografia (Geoceres).
Os resultados mostraram que as intervenções humanas associadas às mudanças climáticas contribuem para um cenário de risco de desastres na região da Costa Branca. A mesma fica na região Oeste do RN e parte do Ceará. Primeiramente, eles visitaram várias cidades que compõe a região. Logo, constataram que todas as cidades que visitaram apresentam sinais claros de impactos antrópicos.
Ao todo analisaram 12 geossítios que compõem a Costa Branca. O território abrange áreas protegidas. No RN a pesquisa aconteceu nos seguintes pontos: Estuarino Ponta do Tubarão; Falésias do Rosado; Dunas do Rosado; e Falésias da Ponta do Mel.
Como resultado, a intervenção humana por meio da energia eólica, turismo, exploração salina e uso da área para construção de residências e prédios comerciais.
O que o estudo recomenda para Costa Branca no RN e CE?
O estudo alerta a população acerca da necessidade de repensar a gestão de um geopatrimônio em Unidades de Conservação (UC), nomenclatura referente às áreas protegidas no Brasil. Além disso, o trabalho busca contribuir com maneiras de amenizar problemas, provocando ameaças as mudanças climáticas.
Em entrevista para UFRN, para Thiara Rabelo, a formação da equipe foi essencial para a obtenção de resultados relevantes em relação à situação do geopatrimonial da costa semiárida.
“A minha contribuição no estudo aconteceu de maneira mais direta e intensa para a discussão dos resultados, visto que minha área de atuação nos últimos anos é relacionada ao risco de degradação do geopatrimônio em áreas costeiras”, salienta.
A pesquisadora ainda pontua que, durante a pesquisa, contribuiu nas correlações entre os dados obtidos e a degradação dos geossítios estudados, bem como no que diz respeito aos usos humanos e a relação com os efeitos das mudanças climáticas na área.
A análise visitou os locais e comparou o avanço das marés nos últimos anos
A análise do risco de degradação geopatrimonial foi avaliada por um método quantitativo, com o uso de tabelas, associado a um mapeamento do perigo de inundação por marés, tendo como base os cenários de mudanças climáticas.
Os pesquisadores realizaram trabalhos de campo, além de desenvolverem inventários das regiões como forma de aprimorar as análises dos 12 geossítios para que futuramente possa mapear os possíveis danos nos próximos anos.
Deixe um comentário