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E fui trevosa para assistir a Barbie e confira meu depoimento

Fomos assistir o filme do momento, live action da Barbie, e todo depoimento sobre como foi assistir a obra. Saiba mais no Brechando!

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Por trás de toda roqueira trevosa, eu fui assistir o filme da Barbie. A live-action causou diversas curiosidades pelo fato de como retratará a obra, visto que a maioria dos filmes da marca eram animações e voltada mais para o público infantil. No entanto, a produção mostra uma Barbie um pouco diferente do que habituamos ser e satirizando todos estereótipos que temos da boneca.

O objetivo deste texto era mostrar o que pensei ao assistir Barbie e todo meu depoimento.

Claro, que uma pessoa que cresceu com Susi e Barbie, resolveu assistir o filme. Tinha as bonecas para estimular a criatividade, personalizava do meu jeito (para desespero da minha mãe, no qual as mais caras cheguei a raspar a cabeça), botava nome, mordia os pés, fazia exercícios de flexibilidade com as mesmas e fazia histórias das mais diferentes.

Quando soube que o filme seria algo tratando uma autocrítica, minha curiosidade aumentou, sendo assim precisava assistir a Barbie e prestar depoimento por aqui. Agora, portanto, vou falar da curiosidade.

A origem da Barbie

A Barbie foi uma ideia da designer de brinquedos Ruth Handler, co-fundadora da Mattel, Inc., juntamente com seu marido, Elliot Handler. O casal percebeu que a sua filha, Bárbara, costumava brincar com bonecas de papel que representavam mulheres adultas. Além disso, eles perceberam que as bonecas disponíveis na época eram todas infantis ou figuras infantis.



Em 9 de março de 1959, a Mattel lançou oficialmente a boneca Barbie numa convenção em Nova York. Rapidamente, se tornou um enorme sucesso.

O que se tornou a Barbie revolucionária para a época foi sua aparência adulta e sua versatilidade. Ao contrário de outras bonecas disponíveis, a Barbie pode assumir vários papéis e profissões, desde modelo a médica, astronauta, advogada e muito mais.

Margot Robbie vestindo igual o primeiro modelo da boneca


Ao longo dos anos, a linha de produtos Barbie cresceu significativamente, incluindo diferentes etnias, tons de pele e estilos de cabelo para promover a diversidade e a inclusão. Barbie também ganhou amigos, familiares e namorados, como Ken, que foi lançado em 1961. A Mattel também lançou uma série de casas, carros, móveis e acessórios para complementar a experiência de brincar com a Barbie.

Mudanças na marca

Ao longo das décadas, a Barbie se tornou um ícone cultural e um reflexo das mudanças na sociedade. Ela se tornou uma influência na moda, na cultura pop e na forma como as meninas imaginavam suas próprias aspirações e potencialidades. No entanto, ao mesmo tempo em que a boneca recebeu elogios por sua capacidade de inspirar e capacitar as crianças, também sentiu críticas em relação a estereótipos de gênero e padrões de beleza irreais.

Em resposta a essas críticas, a Mattel iniciou esforços para tornar a Barbie mais inclusiva e representativa. Ela passou por mudanças, com uma variedade maior de corpos, tons de pele, estilos de cabelo e profissões para refletir melhor a diversidade do mundo real.

E essa campanha continuou com o filme cuja classificação era para maiores de 12 anos, devido às piadas de duplo sentido e referências às obras mais adultas.

Com quem eu fui ao filme da Barbie

Eu e a galera do trabalho

Após tentar participar de uma promoção onde fiz a Barbie Trevosa e perdi, eu fui convidada pelos meus colegas de trabalho para assistir a produção. A ideia era que todos vestissem de rosa, pois quem assistiu “Meninas Malvadas”: Nas quartas vestimos rosa. Spoiler: ninguém foi. Enquanto o mundo inteiro parecia que pintou de rosa. Mal sabia que o filme vai tirar sarro de todo estereótipo da boneca, inclusive da sua cor.

Entretanto, só fui eu de Barbie trevosa e fiquei brincando que era a versão live action da minha postagem.

A Barbie Trevosa estava on

Após catar todas as baganas para levar a sala de cinema do Cinepólis do Natal Shopping, estava na hora de assistir um dos filmes mais assistidos no Brasil neste ano.

Sobre o filme

Por mais que seja uma campanha de rebranding, a obra conseguiu trazer a personalidade da diretora Greta Gerwig em mostrar o que tinha em comum toda a infancia de meninas de classe média do mundo todo: ter uma Barbie para chamar de sua.

Mesmo que a boneca fosse loira e de olhos claros, muitas etnias as tiveram, no qual algumas personalizaram do seu jeito (ex: raspando a cabeça), outras desistiram de brincar por falta de identificação e ainda tinham pessoas, mesmo na idade adulta, que queriam brincar para trazer um resgate de algo que idealiza como algo bom, a famosa nostalgia.

É simplesmente uma forma de mostrar que vivemos numa geração em que adultos estão frustrados com as suas escolhas e querem voltar a infância e, por outro lado, estamos vendo um mundo que promete ser mais igualitário, porém os problemas são os mesmos.

Se assisti Power Rangers, tinha que ver Barbie. Primeiramente, a “lacração” (criticada pelos especialistas em cinema) é simplesmente uma forma de refazer a percepção da marca, visto que muitas vezes as mesmas eram vistas como “antifeminista”.

O argumento era de que seus comerciais que induzia a criança a querer ter a boneca mais os itens que vinham junto. Muitas vezes os críticos apontavam que a propaganda incentivava o consumismo e vaidade. Como resultado, criava uma percepção de irreal.

Fim dos estereótipos

O filme acertou em utilizar a Margot Robbie como elemento de contra argumento sobre a visão de que o brinquedo é fútil.

Durante mais de duas horas mostrou que Barbie não é apenas um ícone da indústria cultural, pois Ruth Handler a criou por um certo propósito: tirar o conceito de que brincar de boneca e casinha são a mesma coisa, além de que nem todas querem ser dona de casa. Depois, por conseguinte, virou um negócio lucrativo.

Portanto, é uma mea culpa da Mattel para falar de erros dos seus passado, acertos e também tirar sarro de si mesma acima de tudo.

Conclusão sobre assistir o filme da Barbie e meu depoimento sobre o assunto

Assistir a Barbie tenho como depoimento de que meus estudos sobre nostalgia e consumo avançam. Não é apenas comédia, mas para refletir sobre feminismo, velhice, as relações familiares, questionar o lado lúdico, as nostalgia e a distopia de um mundo igualitário. Em nenhum momento disse que as pessoas a estavam vendo errado e permitiu as inúmeras interpretações acerca da produção.

Por fim, eles reconhecem que ela sempre estará na indústria, mas sempre buscando em se modernizar para fornecer algum propósito.

Se a Mattel vai seguir o que propôs no filme, não sabemos. Entretanto, o tempo vai dizer.



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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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