Era uma noite de sexta-feira, 2 de junho, resolvi sobre embarcar em uma jornada artística e cultural visitando a Pinacoteca do Rio Grande do Norte. Localizada no coração da cidade, a Pinacoteca, que já foi o antigo prédio do Governo, é conhecida por exibir obras de vários artistas.
A nossa finalidade era visitar duas exposições temporários, sendo que uma estava tendo seu lançamento naquela noite, o “Modos de viver e ser vistos“. Ainda mais que este trabalho teve o apoio do Banco do Nordeste, além de contar com a participação dos artistas
Ao entrarmos no edifício da Pinacoteca, recebemos a informação que haveria um guia com os artistas explicando as ações de cada obra. Algo raro de acontecer. Sobre os trabalhos, todavia, as artes misturavam-se primeiramente entre pinturas, esculturas e fotografias que retratavam a identidade do RN.
Sem contar que trabalharam as diferentes visualidades articuladas a partir de suas geografias, existências e posicionamentos políticos, questões de gênero, políticas identitárias, entendimentos sobre racialidade, feminismo, políticas de subjetivação, as (in)visibilidades que constituem as cidades e, inclusive, as questões ecológicas.
Os artistas que tiveram suas artes disponíveis foi Maria, Everson de Andrade, Sunsara, Renato de Melo Medeiros, Ilanna Thalma, André Barros, Nivaldo do Vale e Verônica Eulália.
Outra exposição fala sobre a especulação imobiliária
Numa outra sala teve uma exposição da artista Jéssica Bittencourt, intitulada de “Entre-Lugares”. Muitas pessoas reclamam da arte contemporânea, mas ela explicou muito bem como foi a sensação de ver um hotel abaixo, visto que o empreendimento já foi de cinco estrelas e recebeu inúmeras celebridades.
Lá exibia-se os tijolos que caíram durante a demolição do Hotel Reis Magos. Além disso, haviam fotos da ruína do hotel em seu último dia e, por fim, o áudio mostrando o barulho das máquinas enquanto as pessoas circulavam pela Praia dos Artistas.
Na sala em frente mostra a contradição da especulação imobiliária, uma vez que exibem fotos de pessoas que construíram lares nos pilares da Ponte Newton Navarro. Além disso, mostra o cotidiano dessas pessoas, mostrando o descumprimento de algo garantido na Constituição Federal de 1988
Estudantes de Artes Visuais da UFRN também expuseram na noite da Pinacoteca
Além disso, havia uma sala dedicada aos artistas que estão na graduação de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Nessa seção, podemos apreciar obras de artistas proeminentes mostrando as suas vivências de viver em Natal, o bairro onde moram e entre outros sentimentos relacionados à vida urbana.
A sensação de estar imerso na arte foi intensificada pela ausência de barulhos externos, proporcionando uma experiência mais imersiva e, por fim, contemplativa.
Além disso, a visita Pinacoteca do Rio Grande do Norte em uma noite de sexta-feira foi uma experiência enriquecedora. Através das diversas exposições, pudemos apreciar a riqueza e diversidade da arte local, nacional e internacional.
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