O exorcismo é considerado um tabu na Igreja Católica, menos para José Mário de Medeiros. Ele é conhecido como o único padre do RN autorizado a fazer o rito do exorcismo.
No ano de 2020, ele completou 50 anos de carreira como padre. Apesar de ter sido ordenado nos anos 70, ele ainda estava no seminário quando recebeu a ordem de ser exorcista.
Além disso, ele é professor do Departamento de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Por isso, vamos contar a sua história do padre do RN autorizado para fazer exorcismo a seguir.
Quem é José Mario
José Mario é natural da cidade de Caicó. José pensava ser soldado ou médico. Das suas primeiras lembranças da igreja, ele recorda ir à missa com a bisavó. Alguns anos depois, entrou no Seminário de Santo Cura D’ars, aos treze anos de idade, junto com um amigo de infância, o monsenhor Lucas Batista Neto. Os colegas nasceram em Caicó, moravam na mesma vizinhança, eram coroinhas na Catedral de Sant’Ana e os pais são compadres.
Dessa forma, o ingresso deles no Seminário de Caicó ocorreu no mesmo dia, em 4 de fevereiro de 1956. Em seguida, o cônego foi fazer o estudo Clássico em Natal, Filosofia em Olinda (PE), além de Teologia e Arqueologia na Bélgica, ordenando-se no dia 8 de dezembro de 1970.
Mas, foi ordenado exorcista enquanto estudava na Catedral de Tournay, na Bélgica. Só passou a fazer a atividade após a nomeação pelo então arcebispo Dom Heitor de Araújo Sales.
Nem todo mundo pode fazer, uma vez que o Concílio do Vaticano II, extinguiu as ordens menores e o exorcismo era uma delas. Logo, não é um espaço para divulgação e que seja evitado em fazer de ordem coletiva. Por muito tempo, ele era o único padre para essa atividade.
No entanto, ele é capelão da Igreja da UFRN há 25 anos e atua como cônego da Arquidiocese da Paraíba. O cônego José Mário faz parte da história da UFRN, visto que sua carreira na instituição teve início há 28 anos como docente no campus de Caicó, onde foi diretor e responsável pela criação do regimento da unidade acadêmica.
Além disso, atuou como professor do Departamento de Letras, ministrou diversas disciplinas, como Língua Latina; Língua e Literatura Grega; Língua e Literatura Francesa; Teoria e Estética da Arte; Filologia Românica; Filosofia da Educação; e Psicologia Geral.
Como faz o exorcismo
Em julho de 2012, quando ainda era pároco da Igreja Bom Jesus das Dores na Ribeira, ele começou a fazer missas para se libertar de doenças, pragas e perseguições através de orações ensinadas durante o exorcismo. Mas, sempre enfatizou para não confundir com transtornos psíquicos.
Em entrevista para a Tribuna do Norte, pelo repórter Valdir Julião, ele diz que que procura agir “com muita prudência”. Na maioria dos casos, perguntando quanto tempo a pessoa está endemoniada. Se a família responder dez ou 15 anos, ele diz pra ela que é caso de loucura ou esquizofrenia, porque “ninguém passa tantos anos com o diabo no corpo”.
Para fazer o ritual, precisa começar com a aspersão de água benta e ler salmos e leitura de trechos bíblicos. Põe as mãos sobre a pessoa e invoca o Espírito Santo, a cerimônia é encerrada com a apresentação da cruz e só pode fazer o ritual em recinto fechado.
Muitas vezes após o ritual, o cônego realiza uma missa, conforme esta publicação afirma:
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