Por conta da aprovação do decreto que libera passagens gratuitas interestaduais, veio a ideia de lembrar como eram essas viagens antigamente. A rodoviária teve a sua primeira sede no bairro da Ribeira. Apesar do prédio parecer muito antigo, ele é novo, fundado em 1963, em comparado aos outros prédios históricos da Ribeira. Ele ficava bem no coração do bairro, próximo à Praça Augusto Severo, do Teatro Alberto Maranhão e colégio Salesiano São José. Atualmente o prédio abriga o Museu Cultural Djalma Maranhão, mas as pessoas ainda chamam o lugar de “Antiga Rodoviária”.
Nos anos posteriores, a movimentação no lugar intensificou-se, por conta da forte migração do interior para a capital, principalmente por conta da seca. Neste período, muitos chegavam na capital potiguar por lá. Além disso, muitos retirantes criaram um grande comércio ao redor da rodoviária com a venda dos mais diversos produtos.
A foto acima mostra o cotidiano da rodoviária que era comum ver pessoas entrando e saindo para o interior da cidade. Eles estacionavam e esperavam o embarque e desembarque de passageiros.
Foi aí que houve um entrave
Havia um sério problema de alagamento nas proximidades da rodoviária e do Teatro Alberto Maranhão, causando sérios transtornos aos moradores e ao comércio. O entorno da Praça Augusto Severo era área pantanosa e para os moradores e frequentadores na época de chuvas, principalmente, tornava-se necessário tirar os sapatos e levantar as bainhas das calças ou as saias, para poder caminhar sem molhar suas vestes.
Quatro anos depois da inauguração, o local se encontrava abandonado. Por isso, o prefeito Marcos César Formiga resolveu restaurar a Praça Augusto Severo e ao lado direito da antiga Estação Rodoviária a prefeitura construiu quatro quiosques, cada um com quatro boxes, destinados à venda de alimentos. A área próxima a estes quiosques, chamada largo Dom Bosco, foi calçada e ganhou alguns bancos de madeira.
Surgimento da Rodoviária de Cidade da Esperança
No ano de 1981, porém, a Rodoviária de Natal saiu da Ribeira para o bairro de Cidade da Esperança, mais precisamente na Avenida Capitão-Mor Gouveia, numa estrutura que é bem maior que o terminal antigo. Desde 2008 a “Rodoviária Nova” é administrada por uma empresa privada.
Depois, a “Rodoviária Velha” passou por outras reformas para fazer o transporte entre cidades do RN ou terminal dos ônibus de Natal e hoje se transformou em museu em uma das tentativas de transformação para revitalizar a Ribeira.
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