Hoje vemos outdoors nas principais avenidas de Natal e também em importantes prédios comerciais. Além disso, muitos utilizam esses espaços para pedir em namoro, criticar alguma ação política e entre outras funções. Mas, você sabia que o jeito que conhecemos esses anúncios na capital potiguar apenas na década de 70?
Origem do Outdoor
Outdoor surgiu há milênios, mais precisamente na Mesopotâmia, na terra do Código de Hamurabi, onde hoje fica o Iraque. Lá, os vinhos anunciaram em pedras talhadas em relevo.
Com o surgimento da impressão em papel, o uso de cartazes se viabilizou e tornou-se lucrativo, despertando o interesse da Igreja e do Estado. As mais diversas mensagens eram veiculadas nos cartazes: feiras, festas públicas, convocação de soldados para guerras.
De 1480 até 1820, o cartaz era apenas um texto tipográfico com uma vinheta. Em 28 de julho de 1791, foi determinado pelo governo francês que a impressão em preto e branco seria exclusiva para mensagens oficiais. Em 1793, com a invenção da litografia, por Alois Senefelder, as impressões dos cartazes foram aperfeiçoadas e tornaram-se de interesse dos artistas plásticos da época.
Arte e propaganda ao ar livre se uniram e depois disso transformaram as ruas de Paris em verdadeiras galerias a céu aberto, numa mistura de pintura e cartazes multicoloridos. A relação entre arte e propaganda tornava-se cada vez mais forte, inclusive com o pintor Toulose-Lautrec, ilustrador dos cartazes de divulgação do espetáculo Moulin Rouge.
Primeiro outdoor no Brasil
No Brasil, a história da mídia outdoor está atrelada à chegada da Família Real, em 1808. Além disso, inauguraram as primeiras tipografias do país. Assim, no início do século XX, já era possível avistar os primeiros anúncios externos veiculados nos bondes.
Porém, a mídia especializada apareceu apenas em 1930, quando foi fundada a Publix por Marta Paturan de Oliveira, Ernesto Emílio De Feo e Nicola Citadini. O responsável por trazer para a empresa os conhecimentos sobre cartazes e painéis foi Amadeo Guiliermo.
Os anúncios eram pintados a mão, por isso foi possível o desenvolvimento de uma grande uma escola de letristas e ilustradores de cartazes, que em sua maioria eram de meia folha, instalados nas plataformas e paradas de bondes através da Companhia de Cartazes de Bonde.
Até a da década de 50 ainda era possível ver nas grandes cidades os cartazes de quatro folhas, no qual uma imagem surgia a partir de quatro pedaços. Porém, não havia critérios de padronização entre as empresas exibidoras e existiam cartazes de 8,16, 32 folhas e até de 64.
Primeiros outdoors em Natal
A história dos outdoors surgiu de forma similar com outras cidades brasileiras. Entretanto, este tipo de anúncio ganhou mais força na década de 70, onde empresários colocavam os seus anúncios em painéis de madeira por contra própria. Um exemplo pode ser visto, portanto, a seguir:
Ao mesmo tempo, os jornais da época criticavam esses anúncios, alegando que os outdoors eram irregulares atrapalhavam a vista em Natal.
Somente no ano de 1978, uma empresa de outdoor se instalou na cidade, era a empresa Bandeirantes, no qual os colunistas da época seu anúncio comemoraram com bastante entusiasmo.
Um dos primeiros outdoors que a Bandeirantes instalou na entrada de Natal, no sentido Parnamirim-Cidade Alta, que existe até hoje em Natal e virou um marco de boas vindas na capital potiguar. Entretanto, a empresa Pitú resolveu colocar um anúncio naquela plataforma, uma vez que a cachaça tinha uma forte presença no Rio Grande do Norte e estava presente nos principais jornais da cidade. O outdoor, no entanto, mais famoso é da imagem acima. Numa imagem de maior qualidade, clique, portanto, para ampliar.
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