Primeiramente, veja o clipe do Leozinho do BA:
Leozinho, ou Leandro, como diz o nome de batismo, nasceu no Rio de Janeiro, mas se considera natalense de coração. Por falar em Natal, a sua carreira no funk começou quando tinha 15 anos e hoje ele luta para ser reconhecido no meio, apesar de ser um dos percusores do funk natalense. Uma coincidência é que Leozinho é neto do João do Vale, importante compositor da música “Carcará”, que muitos lembram pela interpretação da cantora Maria Bethania.
Se você ouviu o verso “Carcará…Pega, mata e come”, você agora sabe que foi o voinho do Leozinho do BA.
A origem do João do Vale e seu Carcará
João Batista do Vale nasceu no interior do Maranhão e aos 13 anos se mudou para São Luís onde foi trabalhar. Assim como Leozinho, começou na cultura ainda adolescente e participando das rodas de bumba meu boi. Aos 15 anos, começou sua viagem para o sul, pegando um trem para Teresina, e depois sempre em boleias de caminhões.
Passou a frequentar programas de rádio para conhecer os artistas e apresentar suas composições, na maioria baiões. Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou, em disco, Estrela miúda, que também teve êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então músicas de sua autoria.
Em 1954, participou como figurante do filme “Mãos Sangrentas”, dirigido por Carlos Hugo Christensen. João do Vale conheceu Roberto Farias – na época assistente de direção, – que, ao se transformar em diretor, convidou o compositor para musicar alguns de seus filmes, como No Mundo da Luz, de 1958. Além disso, em 1969, ele comporia a trilha sonora de “Meu Nome é Lampião”, de Mozael Silveira.
Outra coisa em comum que o avô e neto têm em comum é a Comunicação Social, visto que Leozinho se formou em jornalismo na UFRN.
Carreira reconhecida nos anos 60
Em 1964, estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a ideia do Show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa. Apresentou no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Dele participou, ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com a participação de José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora, que substituiu Nara no espetáculo.
Como compositor, em 1969, fez a trilha sonora de Meu nome é Lampião (de Mozael Silveira).
Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale Convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros.
No final dos anos 1980, o artista sofreu um derrame cerebral, que deixou sequelas. entre 1987 e 1990, precisando ficar em uma cadeira de rodas, e com capacidade de comunicação também reduzida. Foi neste período que Leozinho nasceu, mas João faleceu quando o funkeiro tinha apenas quatro anos.
Leozinho do BA e o funk
O Leozinho foi criado no bairro do Alecrim, por isso a origem do seu nome artístico. O artista tem uma extensa discografia, lançou primeiramente o “Aonde o sonho em levar” (2013) e “A voz do silêncio” (2017), no qual considera o seu primeiro álbum. Dentre alguns de seus shows de maior destaque, estão as apresentações do no Fifa Fan Fest e no Rio Parada Funk, o maior baile funk do mundo.
Mas, o seu trabalho mais recente é o segundo álbum lançou “Helena – O amor morreu, mas ainda está vivo”, que é um disco conceitual que conta a história de Helena de Tróia numa versão moderna. Para ouvir o álbum na íntegra, escute a seguir:
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