No aniversário de 96 anos, a romanceira dona Militana Salustino, natural de São Gonçalo do Amarante, recebeu uma homenagem do Google. Nesta sexta-feira (19), quem pesquisar primeiramente no Google, vai ver a homenagem a artista potiguar, que deixou a vida terrena em 2010.
E agora a cultura de dona Militana está esterna nas páginas de pesquisa. O primeiro Doodle surgiu em 1998, em homenagem ao festival Burning Man. Além disso, o Google nem era uma empresa consolidada ainda, mas os fundadores trocaram a letra “O” da marca por dois bonecos palitos, como uma forma divertida de mostrar para quem acessasse o site que eles estavam “fora do escritório”.
A partir deste momento, no entanto, se consolidou a ideia de trocar o logo sempre que houvesse um evento notável no mundo.
Afinal, o que é Doodle?
oodle é uma palavra inglesa para referir um tipo de esboço ou desenho realizado ao acaso, quando uma pessoa está distraída ou ocupada. No caso do Google, são essas versões diferentes da marca que utilizam em feriados, eventos importantes e aniversários de pessoas famosas como artistas, escritores, cientistas, etc.
Em suma, os Doodles é como Google faz sua homenagem e se posicionar diante de algum acontecimento marcante.
Quem foi Dona Militana
Quando pensamos em São Gonçalo do Amarante nós pensamos rapidamente na Dona Militana, a maior romancista potiguar. E o Brechando vamos contar a história desta grande artista potiguar nesta postagem. Veja, portanto, um dos versos, que estão recitando por ela:
Militana Salustina do Nascimento nasceu na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros. Seu pai é o Mestre do Fandango, Atanásio Salustino do Nascimento, e a mãe, por sua vez, é Maria Militana. Sua vida, entretanto, nem sempre foi apenas de arte.
Quando criança, no entanto, trabalhou na roça, no qual plantara mandioca e feijão. Apesar de analfabeta e seu pai a proibir de cantar, ela memorizou os romances, sendo considerado por muitos, como a maior romanceira do Brasil.
Foi Deífilo Gurgel que descobriu a Dona Militana
Na década de 1990, entretanto, o folclorista Deífilo Gurgel conheceu os cantos de Dona Militana e fez questão com que o país inteiro conhecesse o talento dela. Além disso, gravou os seus registros de sua memória para a vida inteira. Por falar em Deífilo, foi ele quem descobriu os Congos de Saiote da mesma cidade.
Por isso, a romanceira chegou a gravar um CD triplo sob o nome de “Cantares”. O melhor que este álbum está disponível na íntegra no You Tube.
O Brechando falou de Dona Militana
Sua memória guardava, por tradição oral, um considerável acervo, uma vez que ela fez dela uma enciclopédia viva da cultura popular. Eram romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narravam os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas.
Além de romances, Militana cantava modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos. Todas essas cantigas ela aprendeu, contudo, ouvindo sua família.
Para saber mais sobre dona Militana, portanto, o Brechando já fez um post sobre ela, clique aqui.
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