A partir desta quarta-feira (8), a Ribeira, mais precisamente na Praça Augusto Severo, apresentará diversas atividades. Além do Festival Cine Sol, também será o palco do Festival Literário de Natal, que reúne artistas locais e nacionais que contribuem com a literatura, além de shows musicais gratuitos. Neste ano, o evento homenageará Henfil, Ariano Suassuna e Zuenir Ventura. Os três, com muito humor e ironia, ajudaram a sociedade a pensar politicamente, principalmente na década de 60, quando a Ditadura Militar insistia que os brasileiros ficassem em silêncio.
Serão novos debates e intelectuais de grande contribuição para a cultura brasileira. Seu conteúdo engloba as muitas vertentes do fazer literário, mas vai além ao refletir sobre trajetórias relevantes, localmente ou em âmbito nacional, como é o caso das mesas sobre Veríssimo de Melo, Nísia Floresta, Manoel Dantas, Frei Miguelinho e Woden Madruga.
E de emblemáticos como Tom Zé e José Carlos Capinan, que representam contribuições reais para a música, poesia e vanguardas brasileiras, assim como Marcelo Rubens Paiva (“Feliz Ano Velho”, “Bala na Agulha”, “Blecaute”, “Malu de Bicicleta”, “Não és tu, Brasil”) e Carla Camurati (“Carlota Joaquina”, “Irma Vap – o retorno”, “Copacabana”) se tornaram divisores de águas para a literatura e o cinema. E o cartunista Henfil, o artista que revolucionou com seu traço único e o humor, que agora será revisitado por Jaguar, André Dahmer, Claudio Oliveira e Ivan Cosenza, filho de Henfil.
Por falar em Tom Zé, o primeiro dia de Flin é encerado com uma apresentação musical na noite desta quarta (8). O tropicalista rebelde iria se apresentar no Natal de 2014, porém teve que adiar o show por problemas de saúde.
Já sobre o Zuenir Ventura, o único homenageado vivo, o mesmo participará com Cassiano Arruda Câmara e Mauro Ventura, diretor de teatro e cinema e jornalista. Será o grande momento de pontuar a carreira e o caminhar deste autor militante na vida, no jornalismo e na literatura. Zuenir escreveu obras que misturam ficção e realidade, como “Não verás País Nenhum” (Global) que chegou a 27ª edição, “1968 – O Ano que Não Terminou”, “Cidade Partida”, “Inveja – Mal Secreto”, “Sagrada Família”, entre outros.
O mossoroense recém-empossado na Academia Brasileira de Letras, João Almino (“Enigmas da Primavera”, “Ideias para onde passar o fim do mundo” e “Entre Facas, Algodão”) estará pela primeira vez em uma mesa literária no FLIN, ao lado do também potiguar Humberto Hermenegildo (“Rastejo”, “Argueirinha”). Eles falarão sobre suas escritas e a relação entre ficção e memória.
O poeta e ensaísta Antônio Cícero está de volta para falar sobre o “vale tudo da poesia”, ao lado de Nelson Ascher, tradutor e crítico literário e cinematográfico.
A cantora e compositora Zélia Ducan participará sobre um bate-papo sobre a autora Hilda Hilst e também fará uma apresentação musical na quinta-feira (9).
O evento ainda terá a presença das irmãs Ana Miranda e Marlui Miranda abordaram temáticas mais recentes em seus trabalhos. Recém diplomada com o 2º lugar no Prêmio Jabuti 2017 pela biografia “Xica da Silva, a Cinderela Negra” (Ed. Record), Ana Miranda tem sua carreira calcada em biografias e romances históricos, como “Boca do Inferno” (sobre Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira), “Dias e Dias” (sobre Gonçalves Dias) e “A Última Quimera” (Sobre Augusto dos Anjos).
Neste bate-papo falará sobre sua pesquisa que nos transporta para o Brasil do século 18: uma realidade de fidalgos e pés-rapados, de cantos africanos e rezas católicas, um quadro vivo e riquíssimo de detalhes do violento ciclo do diamante, por meio do qual Ana Miranda reconstrói a biografia de Xica da Silva, uma personagem que nos fascina há gerações.
Também haverá atividades dentro do Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão. Confira a programação completa a seguir:
08/11 (Quarta-Feira)
18h – Tenda Moacy Cirne
‘O Literário em Veríssimo de Melo’ – Por Diógenes da Cunha Lima e Michelle Paulista
Veríssimo de Melo (Natal, 1921-1996) escritor, cronista, folclorista e advogado, professor de Etnografia do Brasil da Faculdade de Filosofia de Natal e de Antropologia Cultural da UFRN. Além de grande cronista, publicou livros sobre etnografia e cultura popular. Entre as obras publicadas estão Adivinhas (1948), Acalantos (1949), Parlendas (1949), Rondas Infantis Brasileiras, Jogos populares do Brasil (1956)), Cantador de viola (1961), Ensaios de Antropologia Brasileira (1973), O conto folclórico no Brasil (1976), Medicina popular no mundo em transformação (1996). Veríssimo conhecia muitos poetas e escritores e se correspondia com muitos deles. Suas cartas trocadas com o poeta pernambucano Ascenso Ferreira estão em uma plaquete editada pelo Sebo Vermelho.
Diógenes da Cunha Lima – Nova Cruz, 1937, Advogado, foi Presidente da Fundação José Augusto e hoje é Presidente da Academia Norte-Riograndense de Letras. Educador e intelectual, sempre atuou na literatura, tendo publicado, “Lua 4 vezes Sol”, “Câmara Cascudo – Um Brasileiro Feliz”, “Instrumento Dúctil”, “Corpo Breve”, “O Homem que Pintava Cavalos Azuis” – uma biografia de Djalma Marinho; “Os Pássaros da Memória”; “Livro das Respostas” (face ao “Libro de las preguntas”, de Pablo Neruda) 2ª edição; “Solidão, Solidões, Uma Biografia de Dinarte Mariz”, “A Avó e o Disco Voador”, entre outros.
Michelle Paulista – É advogada, escritora e diretora da Escola do Legislativo Miguel Arraes, instituição pertencente à Câmara Municipal do Natal.
19h – Tenda dos autores
MESA 1: ‘Tropicália Lixo Lógico’
Com Tom Zé | André Vallias
Tom Zé ( Irará- Bahia, 1936). Cantor, compositor, escritor e arranjador, é um dos ícones do movimento conhecido como Tropicália. Compôs “2001”,em parceria com Rita Lee; e “São São Paulo, meu amor”, vencedora do IV Festival de MPB da TV Record, em 1968..Nesse tempo grava seu primeiro disco, “Tom Zé – Grande Liquidação”, que tematiza a vida urbana brasileira. A inovação musical não foi compreendida na época e isso fez com que sumisse da cena musical. Retornou nos anos 80 quando o norte-americano David Byrne, líder do grupo Talking Heads, o descobriu em ‘Estudando o samba’. A compilação ‘The Best of Tom Zé”, da gravadora de Byrne, foi o único álbum brasileiro a figurar entre os dez discos mais importantes da década nos E.U.A. Desde então, Tom Zé vêm sendo crescentemente prestigiados pelas novas gerações. No fim dos anos 90 lançou Com defeito de fabricação, logo seguido por Post modern Pilatos, um CD de remixes, feito por bandas internacionais. Em 2000, com Jogos de armar (faça você mesmo), inovou a ideia de autoria nas composições. Em 2006, lançou dois discos igualmente inovadores: Estudando o pagode e Danç-Êh-Sá. O mais recente é Canções eróticas de ninar.
André Vallias – (São Paulo em 1963) é formado em direito, poeta visual, designer gráfico. Na década de 80 desenvolveu uma série de desenhos com composições matemáticas. Começou a criar poemas visuais em 1985. Viveu de 1987 a 1994 na Alemanha, onde, movido pelas ideias do filósofo Vilém Flusser, orientou suas atividades para a mídia digital. Em 1990 foi co-curador (com Friedrich W. Block e Valeri Scherstjanoi) da exposição “Transfutur – poesia visual da União Soviética, Brasil e Países de língua alemã” (Kassel e Berlin). Voltou ao Brasil em 1994 para atuar como produtor de multimídia e designer gráfico. Vive atualmente no Rio de Janeiro, onde dirige a produtora de web site Refazenda. Publicou A poesia dos números (Errática), Arte, tecnologia e poesia.
20h – Tenda dos autores
Mesa 2: Tropicalismo: inserção & desdobramentos
José Carlos Capinan | Carlos de Souza
Participação Gereba Barreto
José Carlos Capinan (Esplanada BA 1941). Letrista, poeta, escritor, jornalista, publicitário, médico. Em 1960 começa a marcar seu nome na música popular brasileira com letras politizadas, porém não panfletárias. A preocupação formal e a postura inquieta perante a realidade aproximam Capinan de Caetano Veloso e Gilberto Gil, principais nomes do movimento tropicalista. Estreou como cancionista em Ladainha, parceria com Gil, gravada por Nara Leão em 1966. Nesse ano, compõe Canção para Maria, musicada por Paulinho da Viola, que fica em terceiro lugar no 2º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, interpretada por Jair Rodrigues. Publica o primeiro livro de poemas, Inquisitorial, retorna a Salvador e se forma em medicina. Vence o 3º Festival da Música Popular Brasileira, com Ponteio, parceria com Edu Lobo, com quem também assina Canto de Despedida, Cirandeiro, Corrida de Jangada. Compõe em parceria com Gilberto Gil Água de Meninos e Aboio. Em 1968 compõe Clarice, com Caetano Veloso, e Soy Loco por Ti, América, com Gilberto Gil. Participa do disco Tropicália: ou Panis et Circensis. Entre 1973 e 1975 compõe com Fagner e Edu Lobo. Em 1977, lança o livro de poesia Ciclo de Navegação, Bahia e Gente. Dois anos mais tarde, compõe com Mirabô Dantas Não Posso Crer, gravada por Terezinha de Jesus, e Pitanga, por Marlui Miranda. Terezinha interpreta outra canção de Capinan e Mirabô Dantas, Caso de Amor; Amelinha canta Gemedeira, de Capinan e Robertinho de Recife, em 1980. No ano seguinte, da parceria com Geraldo Azevedo resulta Moça Bonita.
Carlos de Souza – Natural de Areia Branca-RN. É jornalista e escritor. Lançou Crônica da Banalidade” (romance), que agora completa 30 anos. Depois veio “Cachorro Magro” (Sebo Vermelho), “É tudo fogo de palha” (peça teatral/Sebo Vermelho), “Cidade dos reis” (romance) e “Urbi” (coletânea de contos).
Gereba Barreto – Natural de Monte Santo-BA. É compositor, violonista, arranjador e produtor. Tem uma vasta carreira como solista, cantor e compositor. Lançou seu primeiro disco solo em 1973 pela gravadora Fontana, intitulado Bendegó.
21h -Mesa 3 – O Escritor Militante
Com Zuenir Ventura | Mauro Ventura | Cassiano Arruda Câmara
Zuenir Ventura é escritor e jornalista há mais de quarenta anos. Nascido em Além Paraíba (MG), em 1931, trabalhou nos principais veículos de comunicação do país, como cronista e redator. A reflexão sobre as desigualdades da cidade e do país onde vive tem sido um eixo constante de seu trabalho. Com Cidade partida (1994), livro-reportagem que retrata as tensões sociais e da dinâmica da violência no Rio. Venceu o Prêmio Jabuti na categoria Reportagem. Em 2008, lançou 1968, o que fizemos de nós, que retoma uma de suas obras mais conhecidas, 1968, o ano que não terminou (38ª edição), que inspirou a minissérie Anos Rebeldes. Uma reflexão sobre o impacto humano no meio ambiente dá o tom de Não verás país Nenhum (lançado em 1981, que chegou a 27ª edição pela Global). Também escreveu o livro-reportagem Chico Mendes, crime e castigo (2003).
Mauro Ventura – (Rio de Janeiro, 1963) É jornalista, repórter do jornal O Globo e assina a coluna Dois Cafés e a Conta, na Revista O Globo. Filho de Zuenir Ventura e Mary Ventura, venceu em 2008, o prêmio Esso e o prêmio Embratel pela reportagem “Tribunal do tráfico”, quando acompanhou numa favela o julgamento de um bandido por traficantes. Venceu o Jabuti em 2012 com o livro ‘Espetáculo Mais Triste da Terra’ sobre o incêndio do Gran Circo Norte-Americano. que tem entre seus heróis médicos, escoteiros, religiosos e até uma elefanta, que salvou dezenas de espectadores ao abrir um rasgo na lona.
22h – Palco – Show musical de Tom Zé “Canções Eróticas de Ninar”
09/11 (Quinta-Feira)
8h – Abertura do Espaço Sesc/Flin
8h às 9h – Contação de Histórias com Ivan Zigg- RJ
. Em 2004 recebeu o Prêmio Jabuti de Ilustração Para Livro Infantil. Considerada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil como Altamente Recomendável, sua obra inclui livros como “Todos os Meus Sonhos”, “Quando os Tam-Tans Fazem Tum-Tum”, “O Livro do Rex”, “O Elefante Caiu”, “Segredo e Só um Minutinho”.
9h às 10h – Contação de Histórias de O Tapete Voador- PE
O grupo O Tapete Voador é formado pela carioca Mila Puntel (atriz e contadora de histórias) & a pernambucana Bruna Peixoto (musicista e contadora de histórias). O Tapete Voador propõe um diálogo entre a contação de histórias, a música e a arte de interpretar. O repertório é repleto de lendas, mitos e contos do mundo todo.
10h às 11h – Um livro para cada leitor: Kalliny Moura e Márcio Benjamin Mediação da jornalista e poeta Michele Ferret
Kalliny Moura é advogada e escritora. Em 2016, sua primeira personagem no mundo virtual, a Eduarda Miudinha. Lançou em 2017 seu primeiro livro ‘Miga, querem roubar meu crush: Eduarda Miudinha e suas aventuras amorosas’.
Marcio Benjamin é advogado e escritor. Participou de antologias de terror (Noctâmbulos, Caminhos do Medo, pela Editora Andross), escreveu peças de teatro (Hippie-Drive, Flores de Plástico, Ultraje) e lançou o livro de contos Maldito Sertão (Jovens Escribas). A obra foi quadrinizada pelo coletivo Quadro 9. Michele Ferret é jornalista, poeta e
13h às 14h – Contação de Histórias- Ivan Zigg- RJ
14h às 15h – Contação de Histórias- O Tapete Voador- PE
15h às 16h – Traço e rabisco, o que é isso?
Luiza de Souza-RN e Aureliano Medeiros-RN. Mediação de Michele Ferret RN
Aureliano Medeiros é jornalista por formação, ilustrador de quadrinhos autobiográficos sobre saúde mental, cotidiano. Publica-os em sua página no facebook e instagram “Oi, Aure”.
Luiza de Souza formou-se em Comunicação mas escolheu trabalhar com ilustração. Publicou a HQ Contos Rabiscados para Corações Maltrapilhos (2014) Marcela, Mulher, Melhore! (2015), iniciou a web-comic Os Cool Kids (2016) e lançou o zine O Inventário Amoroso de Marcela (2017).
18h – Tenda Moacy Cirne
“Nísia Floresta”, por Diva Cunha e Nivaldete Ferreira
Nísia Floresta Brasileira Augusta era o pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nascida em Papari- hoje Nísia Floresta, em 1810. De origem burguesa, casou-se aos 14 anos contra sua vontade. Abandonou o marido meses depois e retornou à casa de seus pais, que logo se mudaram para Pernambuco. Lá, conheceu seu segundo marido, o bacharel em Direito Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem teve duas filhas e de quem ficou viúva aos 23 anos de idade. Fundou colégios para meninas no Recife, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Escreveu vários livros sobre a temática feminina. Como educadora, defendeu suas posições revolucionárias em obras e ensaios, enfatizando a temática feminina, e sendo considerada a primeira mulher a romper barreiras entre o público e o privado. Morou na Europa por cerca de 28 anos e onde conheceu e conviveu com grandes escritores e intelectuais, como Almeida Garret, Alexandre Herculano, Alexandre Dumas (pai), Victor Hugo e Auguste Comte, de quem foi amiga e grande admiradora.
Diva Cunha – Natural de Natal. É poeta, professora universitária e acadêmica da Academia Norte-rio-Grandense de Letras. Publicou mais de dez livros, entre ensaios e poesia: “Dom Sebastião, a metáfora de uma espera”, “Palavra Estampada”, “Coração de lata”, “Armadilha de vidro”. Foi professora de literatura portuguesa na UFRN. Seu campo de interesse está a literatura do Rio Grande do Norte, em especial autoras mulheres. Nesta área publicou “Literatura feminina no Rio grande do Norte, de Nísia Floresta à Zila Mamede”, “Revista Via Láctea, de Palmira e Carolina Vanderley”, entre outros.
Nivaldete Ferreira – Paraibana de Nova Palmira, como Zila Mamede. Estudou em Natal e formou-se em Letras na UFRN, onde é professora do Departamento de Artes. Publicou Sertania, de 1979 e só retornou a escrever mais de uma década depois, com Trapézio e outros movimentos, livro de poesia. Em 1997, recebeu uma importante Menção Especial da União Brasileira de Escritores /RJ, pelo conto “Descanso das sílabas” e pelo texto infantil “Psilinha Cosmo de Caramelo”. Recebeu 1º Lugar no concurso Jesiel Figueredo de Textos Teatrais Inéditos, da Prefeitura Municipal de Natal- 2004, com a peça “No Reino dos Distraídos” (inédito), e Menção Honrosa no Concurso Câmara Cascudo-2005, da mesma Prefeitura, com o romance “Memórias de Bárbara Cabarrús”. Em 2007, publicou “Entre o Carrossel e a Lei” (teatro), pela Editora UFRN. Lançou ainda o Cantando e Aprendendo, CD com músicas para criança, tendo por tema a água.
19h – Tenda dos Autores
Tema: ‘A poesia de Hilda Hilst”
Com Zélia Duncan e Marize Castro
Zélia Duncan – (Niterói, 1964), Zélia Cristina Duncan é cantora e compositora. Formada em Teatro pela Faculdade Dulcina de Moraes de Brasília, onde começou a carreira, com Oswaldo Montenegro na Oficina dos Menestréis, como Zélia Cristina. A música Catedral, do álbum Zélia Duncan, foi seu primeiro grande sucesso radiofônico, ficando entre as dez melhores músicas de 1994. Além do trabalho autoral, entravam em seu repertório Rita Lee, Alice Ruiz e Itamar Assumpção. Como compositora e intérprete, lançou Acesso, Eu me transformo em outras, Intimidade, Sortimento, entre outros álbuns. Em 2007, além da carreira solo, substitui Rita Lee na turnê de Os Mutantes. Em 2009 lança Pelo Sabor do Gesto, eleito o melhor álbum em sua categoria, no Grammy Latino. Depois lançou “Zélia Duncan canta Itamar Assumpção: Tudo Esclarecido”. Estudiosa de literatura, a cantora destaca sua paixão pela obra de Hilda Hilst. Foi essa paixão responsável pela amizade com Zeca Baleiro e participação no disco ‘Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé – De Ariana para Dionísio’, produzido e musicado por Baleiro a partir da obra de Hilda.
Marize Castro – (Natal, 1962). Poeta, jornalista e editora. Estreou em 1984 com o livro Marrons Crepons Marfins, o qual antecipa um diálogo com Ana Cristina Cesar. Seu segundo livro, Rito (1993), dá continuidade à busca por novas formas de falar, novos experimentos, aliando à sua voz, desta vez, a ecos de Orides Fontela. Depois lançou Poço. Festim. Mosaico. (1996), Esperado Ouro (2005), Lábios-espelho (2009), Habitar teu nome (2011) e A Mesma Fome (2016). Também publicou o livro de entrevistas Além do Nome e dissertação O silencioso exercício de semear bibliotecas (2011), sobre Zila Mamede. Editou o Jornal Cultural O Galo, da Fundação José Augusto e a revista Odisséia (CCHLA/UFRN).
20h – Festival da viola
Apresentações de Sebastião Dias e Zé Carlos do Pajéu | Oliveira de panelas e Zé Viola | Ivanildo Vila nova e Raimundo Caetano | Valdir Teles e Severino Feito | Ismael pereira e Jonas Bezerra | .Aboiador Amâncio Sobrinho
Participação especial: Jessier Quirino – pocket show
22h – Show musical de Zélia Duncan
10/11 (Sexta-Feira)
8h às 9h – Contação de histórias Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare-RN
As caçadoras de Histórias, nova produção do grupo de teatro Clowns de Shakespeare, é uma obra híbrida, mescla de contação de histórias e de espetáculo teatral dirigido ao público infantil. Se por um lado a obra é composta pela narração e interpretação de histórias da literatura infantil, essas histórias são apresentadas ao público por meio de duas personagens clownescas, que através de suas intervenções e improvisações criam uma dramaturgia paralela àquela das histórias narradas.
9h as 10h – Contação de histórias Companhia Pé de Baobá- PB
A Narração da Companhia baseia-se em três contos do romanceiro popular. Em cena vemos Joãozinho transformar suas perdas em ganho; O Rei Mandão que encontra a sabedoria através das histórias de matuto; e, por fim, Mariazinha, que se perde da mãe, mas para voltar para casa precisará da esperteza de sua mãe.Concepção, Direção e Narração: Cris Leandro.
10h as 11h – Nerd e Otaku: diálogos de força:
Gabriel Andrade-RN, Giovana Leandro-RN e Paulo Morais-RN. Mediação de Milena Azevedo
Gabriel Andrade Jr nasceu em Macau-RN. É músico, Ilustrador, artista e roteirista de quadrinhos. Seu primeiro trabalho publicado foram ilustrações para o livro A Ordem da Rosa Branca, de Daniel Nasser, no ano de 2005. Desde 2009, tem trabalhos requisitados por editoras norte-americanas, como Kingstone Comics (The Last Convert of John Harper), Dark Horse (Aliens), BOOM! Studios (Die Hard: Year One), Sea Lion Books (adaptação do livro O Alquimista, de Paulo Coelho) e Avatar Press (Lady Death, Feral, Uber, Crossed). Atualmente desenvolve uma série de títulos de horror e suspense com o escritor inglês Alam Moore (V de Vingança, Watchmen), com quem foi co-autor da série internacional Crossed One Hundred.
Giovana Leatro (Ilustradora e quadrinista) tem, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior (Japão, Dinamarca, Emirados Árabes, Estados Unidos e Reino Unido). Nos quadrinhos trabalha para “Revolt” dos Emirados Árabes e desenha quadrinhos sob encomenda. no Brasil, participou recentemente da coletânia “Dracomics” da Editora Draco e junto com a Editora Jambô dois quadrinhos da saga de RPG Brigada Ligeira Estelar.
Paulo Morais (roteirista e editor) – Nasceu em Mossoró. Juntamente a Giovana foi um dos campeões do Silent Manga Audition 3 e grande campeão do 7. Também publicou a one-shot Physics na coletânea Dracomics Shonen da editora Draco.
Intervalo
13h as 14h – Contação de histórias Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare-RN
14h as 15h – Contação de histórias Companhia Pé de Baobá- PB
15h as 16h – Mistura de versos: poesia, cordel e rap: Manoel Cavalcante-RN, Regina Azevedo-RN e Fábio Brazza- SP.
Mediação de Carlos Fialho-RN
Manoel Cavalcante de Souza Castro. Nasceu em Pau dos Ferros- RN. Possui 5 livros lançados, 21 títulos de cordel publicados, mais de 100 premiações em concursos literários no Brasil e no exterior.
Regina Azevedo – É poeta. Nasceu em Natal (RN) em 2000. Autora dos livros de poesia “Das vezes que morri em você”, “Por isso eu amo em azul intenso” e “Pirueta”, além de alguns fanzines, entre eles “Carcaça”.
Fabio Brazza – Nasceu em São Paulo. Neto do poeta concreto Ronaldo Azeredo, é poeta, músico e improvisador e já conta com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. Atualmente lançou seu terceiro álbum e vem preparando 3 livros de poesia pro ano que vem.
18h – Tenda Moacy Cirne
“Conversas com Woden Madruga – 60 anos de jornalismo”
Com Tácito Costa, Franklin Jorge e Beatriz Madruga
Woden Madruga – Jornalista e cronista norte-rio-grandense. Um dos maiores nomes da crônica jornalística potiguar, completou, este ano, 80 anos de idade e mais de 60 anos de jornalismo. Desde 1964, ele escreve diariamente uma coluna para Tribuna do Norte, Jornal de WM, página 2. Seus temas favoritos são literatura, memórias, cultura popular, cotidiano e política. Foi presidente da Fundação José Augusto por três vezes e professor do curso de Comunicação Social da UFRN. Em 2016, foi eleito na Academia Norte-rio-grandense de Letras.
Franklin Jorge – Franklin Jorge nasceu no Ceará-Mirim em 1952 e criou-se no Vale do Açu. Jornalista de renome, viveu durante três anos na Amazônia, onde dirigiu o Complexo Rio Branco de Comunicação (jornal e emissora de TV). De volta a Natal, em 1993, editou o caderno semanal DN Revista e assumiu a chefia da Sucursal do Diário de Natal o Poti, em Mossoró. Foi um dos três editores que implantaram, em 1997,o Jornal de Hoje. Em 1998 obteve por unanimidade o Prêmio de Literatura Luis Câmara Cascudo, atribuído pela Prefeitura Municipal de Natal. Autor de 11 livros publicados, entre os mais conhecidos estão O Spleen de Natal, O Livro dos Afiguraves, O Ouro de Goiás, e de quarenta ainda inéditos.
Tácito Costa – Jornalista formado em 1984 pela UFRN. Criador do portal cultural Substantivo Plural, Tácito trabalhou nos principais veículos de comunicação e assessorias de imprensa do RN. Foi professor da UNP, editou a revista PREÁ e coordenou o Concurso de Poesia Luís Carlos Guimarães.
Beatriz Madruga – Filha do homenageado Woden Madruga, escolheu primeiro a Psicologia, não sabe bem por quê. Hoje, cursa Letras. Escreve à esmo desde os treze, e compulsivamente desde os dezenove. Como contista publicou “Aos Pedaços, com tudo” e o livro de contos “Em fim, Nós”.
19h – Tenda dos Autores
MESA 1: ‘Romance: Ficção e Memória
Com João Almino e Humberto Hermenegildo
João Almino – Escritor e diplomata, João Almino nasceu em Mossoró, no RN, em 1950. É autor do Quinteto de Brasília, composto pelos romances Idéias para Onde Passar o Fim do Mundo (indicado para o Prêmio Jabuti, ganhador de Prêmio do Instituto Nacional do Livro e do Prêmio Candango de Literatura), Samba-Enredo, As Cinco Estações do Amor (Prêmio Casa de las Américas 2003), O Livro das Emoções (Record, 2008; finalista do 7º Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009 e finalista do 6º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura 2009); Cidade Livre (Record, 2010; Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura 2011 de melhor romance publicado no Brasil entre 2009 e 2011; finalista do Jabuti e do Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2011) e Enigmas da Primavera (Record, 2015; finalista do Prêmio Rio de Literatura 2016 e finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2016). Em 2017, foi conduzido para a Academia Brasileira de Letras.
Humberto Hermenegildo – Escritor, professor e poeta potiguar. Nasceu em Acari, é mestre e doutor em Letras, Hermenegildo ocupa a cadeira número 2 da ANL, cuja patronesse é Nísia Floresta. Enquanto escritor, publicou recentemente o elogiado romance “Rastejo” e o livro de poesia “Argueirinha”. Em 2015 foi vencedor do Prêmio de Poesia do concurso “Coleção Vertentes” da Universidade Federal de Goiás, com o livro Argueirinho/Visão. Também é autor de livros que tratam do modernismo no Rio Grande do Norte, com ênfase no poeta Jorge Fernandes e Câmara Cascudo. Atualmente também é colaborador do Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-rio-grandenses, daquela universidade.
20h – Tenda dos Autores
MESA 2: ‘Vale Tudo em Poesia?’
Antônio Cícero, Nelson Ascher e Vicente Serejo
Antonio Cicero – ( Rio de Janeiro em 1945). Filósofo e poeta, compositor, publicou dois livros de ensaios – O mundo desde o fim (1995) e Finalidades sem fim (2005) – e os livros de poemas Guardar (1996) e A cidade e os livros (2002). Nos anos 1990, coordenou os cursos de Estética e Teoria das Artes do Galpão do Museu de Arte Moderna (MAM-RJ). Em colaboração com Eucanaã Ferraz, editou a Nova antologia poética de Vinícius de Moraes (2003); e com Waly Salomão, organizou O relativismo enquanto visão do mundo (1994). Seus poemas figuram em importantes antologias, entre elas Os cem melhores poemas brasileiros do século 20 (2001), compilação proposta por Ítalo Moriconi. É autor de inúmeras e importantes letras de canção em parceria com a irmã Marina Lima, Adriana Calcanhotto e João Bosco, para citar alguns.
Nelson Ascher (São Paulo SP 1958). Poeta, ensaísta, jornalista e tradutor. Filho de pais judeus húngaros emigrados para Israel e posteriormente para o Brasil. Iniciou o curso de Medicina, ao qual abandonou após o primeiro ano. Formou-se em Administração na Fundação Getúlio Vargas, e se especializou em Comunicação e Semiótica. No final dos anos de 1970 publica sua primeira resenha na Folha da Tarde, passando, desde o início da década de 1980, a escrever para a Folha de S.Paulo, da qual se tornaria um dos principais editores culturais, onde foi um dos editores do Folhetim. Em 1983 publica seu primeiro livro de poesia Ponta da língua e em 88/89 criou a Revista da USP e se tornou seu editor, permanecendo na função até 1994. Foi finalista do Prêmio Portugal Telecom 2006, por Parte Alguma.
Vicente Serejo – Jornalista, cronista, professor aposentado do curso de Comunicação Social da UFRN. Nos anos 1970 estreou na coluna “Cena Urbana” do Diário de Natal, onde escrevia crônicas. Algumas foram reunidas em seu primeiro livro “Cena Urbana” (Editora da UFRN, 1982). Em 1984, transformou um veraneio na praia da Redinha em fonte de inspiração para escrever uma série de cartas endereçadas ao ‘Sr Editor’, na mesma coluna Cena Urbana. Publicou também “Canção da Noite Lilás – Crônicas” (Lidador, 2000).
21h – Lançamento de “Entre Facas, Algodão”, de João Almino
(Local: Estande da Cooperativa Cultural no FLIN)
21h – Tenda dos Autores
Mesa 3: Literatura e Cinema
Por Marcelo Rubens Paiva e Carla Camurati
Marcelo Rubens Paiva (São Paulo, 1959). Jornalista, romancista e dramaturgo. Vitimado por um acidente que o deixou paraplégico em 1979, escreveu uma autobiografia, Feliz ano velho (1982), que virou filme, marcou a geração de 1980 e o projetou como escritor de sucesso editorial. Não parou de escrever – Blecaute (1986), Ua Brari (1990), Bala na agulha (1992), As fêmeas (1994) – até 1996, quando publicou Não és tu, Brasil? Se no primeiro livro a autobiografia é explícita, nesse último mistura ficção e memória ao fazer um acerto de contas com o passado, relembrando fatos dolorosos vividos por seu pai, Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura em 1971. Em 1999 estreou como dramaturgo com a peça E aí, comeu?. Em 2003 lançou o romance Malu de bicicleta, e em 2008 lançou A segunda vez que te conheci.
Carla Camurati (Rio de Janeiro, 1960). Diretora, produtora, roteirista, atriz. No final dos anos 1970, abandona graduação em biologia e matricula-se em um curso de férias de teatro. O curso é oferecido pelos atores Gilda Guilhon e Buza Ferraz (1950-2010), atuando na peça Parabéns pra Você (1978) ao lado de Cazuza (1958-1990) e Pedro Cardoso (1961). Foi convidada pela Rede Globo para atuar na minissérie Amizade Colorida (1981). Inicia uma série de participações em filmes do chamado novo cinema paulista, tais como O Olho Mágico do Amor (1981) e Eternamente Pagu (1988). Começa carreira como diretora com os curtas A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (1987) e Bastidores (1991). Em 1994 lança o longa Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, seguidos por La Serva Padrona (1998), Copacabana (2001) e Irma Vap – O Retorno (2006). No teatro, dirige as óperas La Serva Padrona (1996), Madama Butterfly (1999/2002), Carmem (2001) e O Barbeiro de Sevilha (2003).
22h – Palco
Show musical de “Os Nonatos”
11/11 (Sábado)
18h – Tenda Moacy Cirne
“Frei Miguelinho e Manuel Dantas”
Com Edgar Dantas e Gustavo Sobral
18h50 – Lançamento da Revista cultural digital #Brouhaha – 2017/01
19h – Tenda dos Autores
MESA 1: “Políticas Públicas para a Cultura Popular ”
Antônio Nobrega
Antonio Carlos Nóbrega (Recife, 1952). Dançarino, músico, cantor e instrumentista. Aos 12 anos dá início aos estudos de música erudita na Escola de Belas Artes do Recife, onde aprende a tocar violino e estuda canto lírico. Em 1970, em Recife, integra o Quinteto Armorial como instrumentista e compositor, a convite do escritor Ariano Suassuna. É nesse grupo, cuja base está enraizada na música erudita em comunhão com as tradições populares, que Nóbrega afirma seu interesse e intensifica os estudos sobre a cultura popular brasileira. Com Maracatu Maravilhoso (1982), Nóbrega fixa residência em São Paulo.. A música ganha relevância nas obras do artista em 1996. Fazem parte de sua discografia Na Pancada do Ganzá (1995), Madeira que Cupim Não Rói (1997), Pernambuco Falando para o Mundo (1998), O Marco do Meio Dia (2000), Lunário Perpétuo (2002) e Nove de Frevereiro (2006). O espetáculo Lunário Perpétuo ganha, em 2003, versão em registro cinematográfico sob a direção do fotógrafo e cineasta Walter Carvalho. Ao longo da carreira recebe importantes prêmios na área da música e da dança, entre eles o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 1989, 1996 e 2009; Shell (1994); e Sharp (1996). Sua carreira de artista multidisciplinar cuja pesquisa, alicerçada em matrizes populares brasileiras, articula a fusão entre o erudito e o popular resultando na codificação de um gestual próprio .
20h – Tenda dos Autores
MESA 2: “O Rebelde do Traço & Outros Traços”
Jaguar | André Dahmer | Claudio Oliveira | Ivan Cosenza
Henfil (1944-1988). Henrique de Souza Filho, o Henfil, foi um dos maiores cartunistas do Brasil. Colaborou com jornais e revistas como O Pasquim, Jornal do Brasil, Realidade, O Cruzeiro e Isto É. Expoente da renovação do desenho humorístico nacional numa época de grande distribuição de quadrinhos americanos, Henfil se popularizou pelas tirinhas e cartuns de humor crítico, com forte cunho político-social, representados por personagens icônicos como os fradinhos Baixim e Cumprido, a ave Graúna, o bode Orellana, o Capitão Zeferino e o “Ubaldo, o paranoico”. Assim como os irmãos Herbert de Souza, o Betinho, e Francisco Mário, Henfil era hemofílico. Em 1976, depois de dois anos nos Estados Unidos, onde passou por um tratamento de saúde, o cartunista retorna ao Rio de Janeiro e, de supetão, resolve ir morar em Natal. Em entrevista ao jornal O Povo, de Fortaleza, ele chegou a explicar a escolha: “Foi uma decisão relâmpago, depois de um ano no Rio, escolhi Natal por ser um lugar que eu tinha uma pessoa conhecida, por ser um lugar muito bonito e também por causa do número de habitantes, na época trezentos mil. Chego a Natal e descubro que o dia tem vinte e quatro horas, proporcionando-me criar outras coisas”. Em pouco mais de dois anos na cidade, Henfil vivenciou a dinâmica local, fez boas amizades e produziu intensamente, seja desenhos ou textos.cartunista, jornalista e escritor brasileiro. Como escritor, publicou sete livros entre 1976 e 1984: “Hiroxima, Meu Humor”, “Diário de Um Cucaracha”, “Dez em Humor” (coletiva), “Diretas Já”, “Henfil na China”, “Fradim de Libertação” e “Como se Faz Humor Político”. .
Jaguar (Rio, 1932) está entre os maiores destaques da geração – “com o seu talento”, escreveria Millôr Fernandes, “Jaguar não estaria aqui. Estaria em cana, nos Estados Unidos”. Atuou nas revistas Senhor e no Pif Paf de Millôr antes de fundar O Pasquim, em 1969. Permaneceria até o final da publicação, em 1991. Seu livro mais recente, Ninguém é perfeito, foi lançado em 2008.
André Dahmer (Rio de Janeiro, 1974). Cartunista e desenhista brasileiro, autor das tiras dos Malvados, que têm como personagens dois seres indefinidos de estilo minimalista. As tirinhas são uma crítica politicamente incorreta aos costumes e prisões do dia-a-dia. A carreira de cartunista teve início em 2001, quando o então bacharel em Desenho Industrial pela PUC-RJ resolveu publicar algumas de suas tirinhas em um blog. O traço simples, o estilo minimalista eo humor corrosivo de Malvados logo conquistaram admiradores –alguns deles famosos, como Ziraldo, que definiu Dahmer como “cartunista machadiano” – e o transformaram em um dos mais influentes da web. Suas criações já apareceram no Jornal do Brasil, no portal de internet G1, no jornal O Globo, na Folha de S. Paulo, nas revistas Sexy Premium, Piauí e Caros Amigos.. E também foi usada no tema da redação do Enem de 2011.
Cláudio Oliveira. Nasceu em Natal-RN. Cartunista, trabalha com charge política desde 1977, quando começou a desenhar no jornal O Pasquim. Estudou Artes Gráficas em Praga, na República Tcheca, entre 1989 e 1992. Em 1999, ganhou o 11º Troféu HQ Mix na categoria “Livro de charges” com a publicação Pittadas de Maluf, da editora Boitempo, que compilava uma seleção de desenhos que publicara na capa do jornal Folha da Tarde desde 1996. Publicou charges na Tribuna do Norte e atualmente é chargista do jornal Folha da Tarde., de SP.
Ivan Cosenza – Filho de Henfil e Gilda, é produtor cultural e presidente do Instituto Henfil. Quando criança, acompanhou as andanças do pai através dos desenhos que ele lhe mandava. Costumava ir muito a São Paulo para visitá-lo. Quando ele se mudou para os Estados Unidos, descobriu uma nova maneira de manter mais contato, mandando desenhos e histórias pelo correio. Muitas delas se transformaram na série de livros sobre o Sapo Ivan. “Ele mandou a primeira história quando eu tinha uns 3 anos e continuou criando tramas para o Sapo Ivan até o fim dos anos 1970”, lembra o produtor. As tirinhas Ivan transformou em série de livros, um dos títulos é “O Sapo que queria beber leite” (Nova Fronteira), “Sapo Ivan e a aranha Arabela”, “Sapo Ivan e o Bolo”.
21h – Tenda dos Autores
MESA 3: Xica da Silva, a Cinderela Negra
Ana Miranda, Marlui Miranda e Angela Almeida
Ana Miranda (Fortaleza, 1951) é autora de romances históricos e biografias. Estreou com Boca do inferno (Companhia das Letras,1989), que tem o poeta Gregório de Matos e o jesuíta Antônio Vieira como personagens. Seguiram-se títulos como A última quimera (Companhia das Letras, 1995), sobre Augusto dos Anjos, Dias e Dias, em torno de Gonçalves Dias, e Semíramis (Companhia das Letras, 2016), em que figuram José de Alencar e Bárbara do Crato. O mais recente é Xica da Silva: a Cinderela negra (Record, 2017), biografia da escrava que se tornou poderosa senhora das minas de diamante.
Marlui Miranda – Nascida em Fortaleza e criada em Brasília, mudou para o Rio de Janeiro na década de 70 e estudou violão clássico com professores renomados como Turíbio Santos, Paulo Bellinati e outros. Tocou com Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Jards Macalé, e em 1979 lançou o disco “Olho d’Água”. Compôs trilhas para cinema e teatro e atua também como compositora. Suas músicas já foram gravadas por Ney Matogrosso, Sá & Guarabyra e outros. A partir da década de 70 passou a pesquisar e estudar a música dos índios brasileiros, atividade a que se dedicou por diversos anos. Ganhou bolsa de uma instituição nova-iorquina e realizou um projeto de preservação e recriação da música indígena da Amazônia brasileira. Com esse trabalho atuou como consultora de música indígena em filmes e eventos, gravou discos para o Brasil e para o exterior e produziu espetáculos, como a missa indígena criada a partir de músicas de tribos e apresentada na Catedral da Sé, em São Paulo em 1997 com a participação de orquestra jazz sinfônica e coral. Desde 1996 é integrante do grupo Pau Brasil. Em 1998 participou do disco “O Sol de Oslo” com Gilberto Gil, Bugge Wesseltoft, Trikot Gurtu, Rodolfo Stroeter e Toninho Ferragutti.
Ângela Almeida – Natural de Natal-RN. Ângela Almeida é jornalista, fotógrafa e pesquisadora na área das artes visuais. É ligada ao Grecom – Grupo de Estudos da Complexidade, na UFRN. Publicou livros e expôs trabalhos de pesquisa fotográfica, entre deles o mais recente é “Quando a pele incendeia a memória”, coletânea fotográfica do acervo de José Ezelino, o primeiro fotógrafo negro do Rio Grande do Norte, nascido no século XIX. .
22h – Show: Antônio Nóbrega em
“Um Recital para Ariano Suassuna”
22h – Show: Antônio Nóbrega em
“Um Recital para Ariano Suassuna”
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