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Palmyra Wanderley: a pioneira no jornalismo potiguar

Até hoje existem poucas mulheres nas redações potiguares, mas a gente só conseguiu entrar no mercado graças à Palmyra Wanderley e vamos contar a sua história a seguir, além de escrever contos e poemas. Ela nasceu em Natal no dia 6 de agosto de 1894. Trilhou os caminhos da poesia quando ainda criança. Colaborou em…

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Até hoje existem poucas mulheres nas redações potiguares, mas a gente só conseguiu entrar no mercado graças à Palmyra Wanderley e vamos contar a sua história a seguir, além de escrever contos e poemas. Ela nasceu em Natal no dia 6 de agosto de 1894. Trilhou os caminhos da poesia quando ainda criança. Colaborou em jornais e revista da época, do Estado e de outros. Em reconhecimento ao seu talento, a sua produção literária, ao seu nome, é considerada como a “poetisa oficial” da cidade do Natal. Ocupou a cadeira nº 20 da Academia Norte-rio-grandense de Letras. Era uma das mais conceituadas intelectuais da terra, possuía uma cultura elevada, vinha de uma família de intelectuais.

Era uma das mais conceituadas intelectuais da terra, possuía uma cultura elevada e filha do desembargador Celestino Carlos Wanderley e de Ana de Freitas Guimarães Wanderley, neta de Luiz Carlos Lins Wanderley, primeiro médico do RN, formado pela Faculdade de Medicina da Bahia.

Palmyra iniciou seus estudos de primeiras letras no ano de 1902, no Colégio Imaculada Conceição, que era uma das poucas escolas femininas existentes no Rio Grande do Norte. Depois, viajou para Recife no Colégio das Damas Cristãs. Aos 20 anos começa a escrever no jornal A República.

Foi precursora do jornalismo feminino no RN que resultou, junto com poetisas e escritoras do Estado, no lançamento da revista Via Láctea, em 1914.

Publicou seu primeiro livro, “Esmeralda”, em 1918, aos 25 anos de idade, que foi bastante aceito pelo público e mídia. Em 1929 foi a vez de “Roseira Brava”, que lhe valeu menção honrosa no Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Além disso, o livro foi entregue por Florence Carll, em Limois (Estados Unidos), um pedido do Roseira Brava, para figurar na sua tese sobre poetas latino-americanos.

Ainda colaborou no teatro, com a opereta “Festa das Cores”.

Havia casado com Raimundo França, Diretor Regional dos Correios e Telégrafos do RN, e não tiveram filhos. Faleceu no dia 19 de novembro de 1978, pobre e esquecida, vítima de insuficiência cardiorrespiratória e vascular.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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