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Aniversário da cidade: Dia que tentei conhecer o trenzinho Carreta Furacão

Poderia estar descansando no feriado de 25 de dezembro, mas resolvi tentar encarar um passeio de trenzinho na Árvore de Mirassol.

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Comemorar o aniversário da fundação da cidade é um fenômeno social, no mínimo, interessante, pois é como se fosse um grande baile de debutante sendo que o aniversariante é a população. Além disso, ao mesmo tempo, toda cidade, mesmo sendo a capital, seu aniversário pode ser uma grande festa estilo dos municípios do interior do Brasil.

Natal completou 426 anos nesta quinta-feira (25) e comemorou de forma parecida com uma festa de interior, com uma praça para a gente se encontrar, espaços instagramáveis e atrações nacionais, como o trenzinho estilo Carreta Furacão. O espaço, ademais, tem comida farta, espaço para boa música, lembrancinha para comprar e também parque de diversão.

Quem estava cansado de comer aquele RO (Resto de ontem, para os íntimos) e queria respirar, ou recuperar aquela ressaca pós-ceia, era o momento para ver se a Árvore de Mirassol estava divertida.

Eu e as pessoas, no entanto, tinham uma missão: ir no trenzinho estilo Carreta Furacão.

O que é trenzinho?

A grande marca da Carreta Furacão são os personagens fantasiados de forma exagerada, inspirados em figuras do cinema, da TV, de desenhos animados e da cultura pop. Eles dançam coreografias animadas, interagem com o público, fazem poses, acenos e brincadeiras, transformando o trajeto em uma experiência festiva e performática.

Com música alta, coreografias exageradas e humor escrachado, o trenzinho mistura passeio turístico com performance popular, atraindo principalmente crianças, jovens e curiosos. Mais do que um meio de transporte recreativo, a Carreta Furacão (nome oficial não é esse, mas uma referência ao estilo) virou um fenômeno cultural de rua, frequentemente registrada em vídeos virais nas redes sociais, onde seu estilo irreverente e espontâneo ganha ainda mais visibilidade.

E, claro, as pessoas se interessaram em passear pelas ruas de Mirassol dançando com Naruto rebolativo em um trem gigante de dois andares, com música gritando o sucesso (top 1 era “Vai no Trem”, de Graffith) e mais gente entrando para ter doses de felicidades.

Como foi a fila?

Centenas de pessoas (sem brincadeira!) se aglomeram, encarando pacientemente uma fila que ultrapassava trinta minutos de espera. Entre risos, curiosidade e celulares em punho, o desejo de entrar no trem transformava a espera em parte do espetáculo daquela noite festiva.

“Moça, você tem que ir na fila da frente, pagar 20 reais por pessoa”, disse uma atendente do parque de diversão para mim.

A fila da frente, a quem essa moça se refere, é simplesmente a calçada principal, que fica na marginal da BR-101. Na verdade, eram duas: uma para entrar no trem e outra no ônibus (que fazia algo similar).

“A fila do busão está mais rápida. Tinha até comprado a do trenzinho, porém, tá o dobro dessa e mais caro. Desisti!”, falou uma das desistentes para mim e apontou onde ficava a fila do trenzinho.

Resultado: Não deu Certo

Realmente, as pessoas queriam viajar de trenzinho. A filhinha estava cheia de gente, com adultos e crianças procurando uma diversão no restinho de feriado. A fila estava tão bagunçada que não sabia qual era para pagar e aquela para entrar no brinquedo.

Logo, deixei para os próximos dias e resolvi jantar na Praça de Alimentação, pegar bichinhos de pelúcia (não consegui) na máquina, tomar aquele sorvete com recheio de garrafa e voltar para casa.

Por fim, não desistirei até o último dia da árvore ligada na cidade.

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Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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