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Esta igreja é uma das pioneiras do protestantismo brasileiro

A igreja surgiu em meados de 1880 quando Francisco Filadelfo de Sousa Pontes e João Mendes Pereira Guerra saíram de Recife com missão de converter os católicos natalenses.

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A foto acima mostra o início da Igreja Presbiteriana de Natal, que fica na atual Avenida Câmara Cascudo, conhecida pelos mais antigos por Junqueira Aires. Fica por trás da sede da Prefeitura do Natal. O espaço foi pioneiro da manifestação dos protestantes e teve como fiéis o ex-presidente da República Café Filho. Mas, a sua história é um pouco mais antiga. 

A igreja surgiu em meados de 1880 quando Francisco Filadelfo de Sousa Pontes e João Mendes Pereira Guerra saíram de Recife com missão de converter os católicos natalenses. Neste período, também tinha Antônio Eustáquio, irmão de um padre, começou a discordar do catolicismo e queria uma religião que experimentasse o evangelho de “forma real”. 

Passaram oito anos sem que ninguém visitasse o campo do RN. Em 1887, os Rev. Belmiro de Araújo César e o De Lacy Wardlaw estiveram em Natal, realizando uma série de conferências no Teatro Santa Cruz e na residência do Dr. Hermógenes Joaquim Tinoco. Surgiu a primeira conversão, o professor Joaquim Lourival Soares da Câmara, filho ilegítimo do capitão Joaquim Lourival, o qual estudara a Bíblia ao entrar em contato com Antônio Eustáquio, resolveu tornar-se protestante com a visita do Rev. Belmiro César.

Em 1893, chegaram a Natal o Rev. Calvin Porter, a convite de Joaquim Lourival e um grupo de congregados. Permaneceu por oito dias em Natal, celebrando cultos num armazém na avenida Rio Branco e em casa dos crentes Genésio Xavier da Silva Brito e Joaquim Lourival. Após o regresso de Porter a Recife, o professor Panqueca (apelido do irmão Joaquim Lourival) continuou a celebrar cultos aos domingos. 

Surgimento da Igreja Presbiteriana

Após um tempo em Fortaleza, o Reverendo Porter mudou-se para Natal. Como resultado, no dia 24 de janeiro de 1895, pisava em solo natalense o “Missionário de Cabelos Brancos”, recebido com alegria pelos irmãos. Começou a pregar nas casas dos crentes, em pouco tempo as salas e janelas estavam cheias de gente. Receberam autorização das autoridades para usar as escolas públicas e, num desses cultos ao pregarem sobre Jesus e a mulher samaritana, o advogado Diógenes Nóbrega converteu-se ao evangelho.

No dia 08 de abril de 1895, converteram 33 adultos e 18 crianças. Ou seja, receberam o batismo, dentre elas estavam. E, muitos deles, pertenciam à elite potiguar, tais como: Diógenes Nóbrega, Coronel Joaquim Soares Raposo da Câmara, José Alexandre Seabra de Melo (conferente da alfândega e hoje nome de fórum), Coronel Pedro Lima, professor Joaquim Lourival e João Pereira Nobre.

Criação do prédio

O Sr. Gaspar Monteiro alugou o prédio onde foi posteriormente construída a Prefeitura Municipal, a fim de serem celebrados os cultos no local. Ao lado, existia um terreno desocupado, pertencente ao Sr. James O’Grady. Montou uma comissão para falar com o Sr. O’Grady, que cordialmente recebeu os irmão e os orientou a criar uma pessoa jurídica, pois faria a doação do terreno. 

No dia 11 de maio de 1895, foi lavrada a escritura do terreno. Deu-se início a mobilização para a construção do templo. Instalou-se oficialmente, portanto, no dia 3 de fevereiro de 1896, por uma comissão composta do Rev. Henderlite e do Presbítero Minervino Lins.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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