A Festa de Santos Reis é um evento que faz parte do calendário de Natal, assim como seu parque de diversão.
A festa começou de manhã com uma missa e procissão pelo bairro que recebe homenagem ao trio Gaspar, Baltazar e Belchior. Posteriormente, “os pandeiros de fita carregam sempre na mão” durante o dia com apresentação de pastoril. Por fim, veio a missa para abençoar a padroeira. Posteriomente, começou a festa para celebrar o fim das comemorações da ilha.
Na festa de Santos Reis, “eles chegam tocando sanfona e violão”, mas um samba animado tocando o melhor das rodas que a gente escuta nos bairros vizinhos, como Mãe Luiza e Rocas. As pessoas dançavam e celebravam ao som de “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, clássico da Império Serrano, ou “É Hoje”, da União da Ilha.
Fotos: Lara Paiva
Enquanto isso estava uma disputa para ir aos brinquedos do Parque de Diversão. O parque está lá dias antes, desde o início das comemorações. Um carro de som na vizinha sempre anuncia que o parque chegou. E ele realmente estava lá.
Algo que mais me chamou atenção foi pelo fato de que as pessoas estavam se lixando por entrar no brinquedo que era segurado por apenas um bloco de tijolo ou que o operador brigava com o pessoal da fila.
E ficava rezando para que não ocorresse alguma coisa. Ainda refletia o porquê da prefeitura ou a Arquidiocese de Natal ter liberado um parque assim, que está nem aí com os seus clientes.
Mesmo assim, as pessoas estavam procurando algum tipo de adrenalina. Era comum ouvir frases como “Bora na roda gigante” ou “Bora comprar as senhas”.
Momento que um operador brigou com os clientes
Estava eu andando para saber o que tinha de brinquedo. Da clássica roda-gigante, tinha o carrinho de bate-bate, a barca viking e também as xícaras que rodavam em torno de um eixo. Ainda tinha os carrinhos e patinhos que circulavam no mesmo sentido. Mas, se você quisesse adrenalina mesmo tinha o Ciclone Dance.
Como descrevo esta máquina? Sabe quando você quer fazer um coquetel e coloca todos os ingredientes numa coqueteleira e balança por todas as direções para fazer um drink perfeito? Acho que foi essa a melhor comparação que pensei ao ver o brinquedo ao vivo.
As pessoas entravam numa espécie de gaiola e, ao som do Graffith (era o que estava tocando no momento), ficavam balançando o tempo todo. As pessoas gritavam freneticamente.
“Parece que estão batendo suco no liquidificador”, pensei alto.
Do nada, a máquina parou e as pessoas começaram a questionar. Até que meus olhos direcionaram para o operador de máquina brigando com a mãe de um dos meninos que estava dentro da gaiola e estava passando mal.
“Minha senhora, deixa eu fazer meu trabalho. Nem ele sabe decidir, deixa eu desligar a máquina para ele sair” e do nada começou um tumulto do povo pedindo para entrar no lugar.
Rapidamente, minha atenção foi para esta confusão que queria saber o desfecho. Após uns cinco minutos de muído, o boy resolveu ficar e a máquina voltou a funcionar para as suas atividades iniciais.
Noite acabando
Alternando entre parque e shows, você podia ver um pouco das tradições de festa religiosa, como aquele sorvete de cores fortes para tomar nos dias de calor ou comer pipoca na Turma da Pipoca, que tinha como mascotes os personagens de Mauricio de Sousa.
Se quisesse pegar uma Bokus, hora de saber se você era bom de mira no tiro ao alvo. Ou comer aquele cachorro-quente bem recheado e a batata-feira numa cumbuca por apenas 10 reais.
Enquanto isso, algumas pessoas ainda entravam na igreja para fazer promessa e pedir proteção ao ano de 2025. E, lá fora, pessoas vendendo a imagem dos Reis Magos, imagens e terços para ajudar na fé das pessoas.
Acabou a noite, hora de começar 2025.
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