Já é 2024, 20 anos da minha entrada ao Ensino Fundamental II, onde estava me descobrindo e tentando entender a funcionalidade do meu corpo. Queria compreender o porquê de ter cabelos cacheados, de ter que usar sutiã e esconder meus seios ou até mesmo entender o porquê não ser a mais inteligente.
A partir em diante foi uma montanha-russa com a autoestima, de emagrecer demais, engordar, usar maquiagem em demasia ou até tentar andar de uma forma mais natural.
Também foi o período que mais me estressei ao estudar, no qual ficava com crises severas de psoríase nas vésperas da prova. Período que chorava muito e se tirasse uma nota baixa lembrava de quando me chamavam de burra na primeira série. Como se fosse um fantasma. Pior, era a porta aberta para mais julgamentos.
O corpo era visto com julgamento, porém nunca parei para perguntar se era aquilo que queria ou os outros. No entanto, uma voz interna dizia que era para seguir em frente e manter a resiliência.
Era uma vontade natural de ir ao caminho mais difícil, porém o mais verdadeiro. Hoje, perto de começar a cursar meu segundo mestrado posso dizer que eu orgulhei a criança e que quanto mais julgamento, mais força você vai fazer o que quiser.
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